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O aquecimento global atual é 10 vezes mais rápido do que os eventos anteriores. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves

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21 Abril 2020

"A biodiversidade da Terra está ameaçada. Como disse o famoso jornalista e ambientalista David Attenborough: “os humanos são uma praga na Terra”", escreve José Eustáquio Diniz Alves, doutor em demografia e professor titular do mestrado e doutorado em População, Território e Estatísticas Públicas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE, em artigo publicado por EcoDebate, 20-04-2020.

Eis o artigo.

“Há 10.000 anos os seres humanos e seus animais representavam menos de um décimo de um por cento da biomassa dos vertebrados da terra. Agora, eles são 97 por cento” - Ron Patterson (maio de 2014).

O ritmo de avanço do aquecimento global atual é um fenômeno nunca visto na história geológica da Terra e supera os eventos semelhantes que aconteceram na história. O Planeta já passou por outros momentos de extinção em massa provocado pelo calor excessivo, mas nunca uma ameaça existencial ocorreu de forma tão veloz.

Steve Hampton, em post do site The Cottonwood Post (10/12/2019) compara o aquecimento global atual com as outras ocasiões quando o aquecimento global, devido a liberação “repentina” de carbono na atmosfera, provocou um aumento de pelo menos 5º C na temperatura média do Planeta e levou a eventos de extinção em massa das espécies e a uma regressão das condições gerais de vida. A figura abaixo mostra 3 das 5 extinções em massa das espécies ao longo da história.

(Reprodução: EcoDebate)

Como se sabe, a Terra tem cerca de 4,5 bilhões de anos e os animais terrestres com espinha dorsal não evoluíram antes de 300 milhões de anos atrás. Como mostra a figura acima, o evento de extinção em massa mais maciço da história da Terra foi o evento de extinção do Permiano Final (também conhecido como o evento de extinção Permiano-Triássico ou o Grande Morrer) ocorrido há 252 milhões de anos. Foi causado por uma liberação maciça de carbono, provavelmente em função de uma série de erupções vulcânicas. A extinção ocorreu durante um período inicial de 60.000 anos, que é “repentino” em termos geológicos.

O segundo grande evento de extinção ocorreu no fim do Triássico, há cerca de 201 milhões de anos. Também foi associado à atividade vulcânica e à liberação maciça de carbono. Provavelmente, desencadeou um loop de feedback positivo, com o derretimento do permafrost liberando toneladas de metano. O período de extinção, afetando plantas e animais, durou cerca de 10.000 anos e abriu o caminho para a ascensão dos dinossauros.

Os dinossauros dominaram a Terra depois disso, até que todos, exceto os dinossauros aviários (os que evoluíram para pássaros), foram exterminados por outro evento de extinção em massa, 66 milhões de anos atrás. Isso pode ter sido causado por um cometa ou asteroide que atingiu a Terra, criando um aquecimento global semelhante aos outros eventos (atingindo 8 graus Celsius ao longo de 40.000 anos). Não mostrado na figura.

Finalmente, houve o Máximo Térmico Paleoceno-Eoceno (PETM), evento de extinção ocorrido há cerca de 56 milhões de anos. Provavelmente causado por uma combinação de liberações de carbono e metano, esse evento de aquecimento global é o mais recente, oferece mais evidências e informações e é mais análogo às mudanças climáticas atuais. Os continentes estavam em posições aproximadamente semelhantes às de hoje. O aquecimento, de 5 graus Celsius em cerca de 5.000 anos, destruiu muita vida marinha e terrestre.

Segundo o autor, as altas temperaturas duraram cerca de 20.000 anos. Eventualmente, o Oceano Ártico ficou coberto de algas. Essas algas absorveram lentamente o CO2. E quando morreram, afundaram, levando o carbono consigo para o fundo do mar, diminuindo o carbono na atmosfera e resfriando a Terra de volta ao normal. Esse processo levou 200.000 anos.

As mudanças climáticas durante esses eventos passados, consideradas rápidas no tempo geológico, dificilmente seriam notadas pelos animais locais. Os animais não foram extintos por cair mortos; eles apenas tiveram uma taxa reprodutiva mais baixa, de modo que suas populações diminuíram lentamente até não sobrar nenhuma. Além disso, eles evoluíram. De fato, houve um pulso de evolução após o PETM, produzindo, entre outras coisas, os primeiros primatas.

Se todos estes eventos foram provocados por causas naturais – internas ou externas ao Planeta – o aquecimento atual é 10 vezes mais rápido do que durante o PETM. É perceptível na vida útil de um animal individual e a adaptação através da evolução não é uma opção. A morte acontece em poucas gerações.

Ele mostra que as atuais tendências de aquecimento, RCP 8.5 e RCP 4.5, referentes às estimativas de emissões de carbono sob projeções altas e moderadamente baixas pelo Painel Internacional sobre Mudanças Climáticas (IPCC) indicam um aquecimento sem igual na história.

Steve Hampton, mostra os dados científicos que indicam que a atual taxa de liberação de carbono não tem precedentes nos últimos 66 milhões de anos. O PETM elevou a temperatura média da superfície da terra em 5º C. Atualmente, o aquecimento já ultrapassou 1,1º C em relação ao período pré-industrial e tem acelerado o ritmo. Mantendo as tendências recentes, podemos atingir os níveis de aquecimento do PETM em 140 anos.

Tudo isto vem ocorrendo em função do crescimento das atividades antrópicas. No início do Holoceno a humanidade respondia apenas por 0,1% da biomassa terrestre. Hoje em dia, os seres humanos e seus animais domesticados ocupam a maior parte do espaço terrestre. As áreas ecúmenas ocupam 97% da área global, deixando apenas 3% para a áreas anecúmenas.

O Relatório Planeta Vivo (2018) divulgado pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF), mostra que o avanço da produção e consumo da humanidade tem provocado uma degradação generalizada dos ecossistemas globais e gerado uma aniquilação da vida selvagem: as populações de vertebrados silvestres, como mamíferos, pássaros, peixes, répteis e anfíbios, sofreram uma redução de 60% entre 1970 e 2014.

Confirmando o impacto devastador das atividades humanas sobre a natureza, a Plataforma Intergovernamental para Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES, na sigla em inglês), da ONU, mostrou que há 1 milhão de espécies ameaçadas de extinção. O relatório elaborado nos últimos três anos, e divulgado em maio de 2019, fez uma avaliação do ecossistema mundial, com base na análise de 15 mil materiais de referência.

O documento afirma que, embora a Terra tenha sofrido sempre com as ações dos seres humanos ao longo da história, nos últimos 50 anos os arranhões se tornaram cicatrizes profundas. A população mundial dobrou desde 1970, a economia global quadruplicou e o comércio internacional está dez vezes maior. Para alimentar, vestir e fornecer energia a este mundo em expansão, florestas foram derrubadas num ritmo surpreendente, especialmente em áreas tropicais. Entre 1980 e 2000, 100 milhões de hectares de floresta tropical foram perdidos, principalmente por causa da pecuária na América do Sul e plantações de palmeira de dendê no sudeste da Ásia.

A situação dos pântanos é ainda pior – apenas 13% dos que existiam em 1700 estavam conservados no ano 2000. O aumento dos plásticos nos oceanos é de tal ordem que em um futuro próximo haverá mais plásticos do que peixes nos oceanos. Portanto, toda a ação humana está matando mais espécies do que nunca. Cerca de 25% dos animais e plantas se encontram agora ameaçados. A Revista científica Science (25/07/2014) fala em defaunação em larga escala.

As tendências globais em relação às populações de insetos ainda não são totalmente conhecidas, mas foram registrados declínios acelerados em algumas regiões. O desaparecimento das abelhas, por exemplo, é não só um crime de ecocídio, mas também uma ameaça à própria alimentação humana, que depende dos polinizadores para viabilizar montantes crescentes de comida para a população mundial. A biodiversidade da Terra está ameaçada. Como disse o famoso jornalista e ambientalista David Attenborough: “os humanos são uma praga na Terra”.

Como constatou Justin McBrien, em artigo no site Truthout (14/09/2019), as atrocidades que se desenrolam nos diversos biomas da Terra não tem nenhum análogo geológico e chamá-lo de “sexta extinção em massa” é fazer com que, aquilo que é uma erradicação ativa e organizada, pareça algum tipo de acidente passivo. Estudos que mostram o “apocalipse de insetos”, a “aniquilação biológica” ou o “holocausto biológico” confirmam a perda de 60% de todos os animais selvagens nos últimos 50 anos.

A humanidade já ultrapassou diversas “fronteiras planetárias” e está promovendo uma “Grande Morte” no Planeta. Não se trata de uma erupção vulcânica de grandes proporções, a caída de um asteroide gigantesco ou a liberação lenta de oxigênio na atmosfera devido à fotossíntese das cianobactérias.

McBrien diz: “O que acontece atualmente é o 1º Evento de Extermínio, que está levando a Terra à beira do NECROCENO, a era da nova morte necrótica”. E, sem dúvida, o extermínio das espécies não humanas culminará e reverterá no extermínio dos próprios seres humanos.

O Dia da Terra, criado em dia 22 de Abril de 1970, completa 50 anos em 2020, e em meio à emergência global de saúde pública, não podemos esquecer a emergência climática e ambiental que é a maior ameaça existencial à humanidade e à civilização que progride à custa da queima de combustíveis fósseis que é a principal causa das mudanças climáticas. Precisamos achatar não só a curva da pandemia de covid-19, mas também achatar a curva do aquecimento global.

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