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19 Setembro 2019

"O poeta Charles Péguy escreveu, com razão, que, quando nos recusamos a sujar as mãos no cuidado da vida, acabamos bem rapidamente ficando sem as mãos. É um fato: muitas vezes vivemos sem as mãos, as perdemos lá atrás em alguma etapa do caminho, esquecemos seu significado, sua função, sem ter consciência disso por anos e anos", escreve José Tolentino Mendonça, arquivista do Arquivo Secreto do Vaticano e bibliotecário da Biblioteca Apostólica Vaticana, e recém nomeado cardeal, e que foi professor e vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa, em artigo publicado por Avvenire, 17-09-2019. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o texto.

Certa vez ouvi pela boca de um monge que a maneira mais rápida de se adaptar a uma nova situação é pegar uma vassoura na mão.

Ele contava com realismo que durante sua vida tudo lhe custara esforços: chegar a um novo mosteiro, iniciar um novo ciclo, uma estação diferente, iniciar uma nova etapa do caminho. Mas que em cada um daqueles momentos a vassoura (no sentido literal ou figurado) foi para ele, mais do que qualquer outra coisa, a indispensável facilitadora.

Fiz uma pausa para pensar sobre isso. É um aprendizado importante o que nos faz preferir a vassoura à cadeira, à cela ou ao cetro.

A vassoura é um elemento humilde, é verdade. E, não raro, deixa desarmadas nossas expectativas e as idealizações das quais começamos, bem como as disposições tão ordenadas do protocolo social. O conhecimento, no entanto, que ela nos oferece é imediato, evidente, concreto, focado no minúsculo, atento aos detalhes, aderente ao espaço da existência e ao seu ritmo cotidiano.

Podemos conhecer uma dada realidade de muitas maneiras, mas nunca a conheceremos de modo tão preciso como quando lhe dedicamos todo o nosso cuidado. É o tomar conta, no fundo, que nos permite conhecer. Os planos que engendramos de um ponto de vista mais teórico ou mais distanciado - como exige, por exemplo, uma leitura crítica - certamente têm sua relevância e oportunidade, mas não podemos esquecer que, por si só, são apenas mapas aproximados.

As ideias valem muito; no entanto, elas não valem sozinhas. Necessitam daquelas adaptações que somente a prova de sua aplicabilidade pode garantir. Uma relação mais completa, mais dialógica e mais incisiva começa quando, com um gesto mínimo como o de pegar uma vassoura, passamos da posição de espectadores para a de atores. Existe um saber que pode vir unicamente da dedicação voluntária ao serviço. Em momentos diferentes da nossa vida, quando não nos parece claro o que podemos fazer ou por onde começar, vamos pegar na mão uma vassoura.

A vassoura vai sujar as nossas mãos e assim nos ensinará tantas coisas às quais dificilmente teríamos acesso de outra maneira. O poeta Charles Péguy escreveu, com razão, que, quando nos recusamos a sujar as mãos no cuidado da vida, acabamos bem rapidamente ficando sem as mãos. É um fato: muitas vezes vivemos sem as mãos, as perdemos lá atrás em alguma etapa do caminho, esquecemos seu significado, sua função, sem ter consciência disso por anos e anos. A vassoura - e o que ela simboliza - também realiza um movimento providencial de resgate em relação a nós mesmos. Na realidade, as mãos que se entregam também redescobrem a si mesmas como mãos, como operadoras do dom, como protagonistas da história.

As mãos que se entregam finalmente ouvem seu próprio idioma; entendem que elas se realizam não como afasia, mas como linguagem. É por isso que a vassoura tem tanta sabedoria para nos transmitir: revela que o exercício prático do cuidado (começando pelo cuidado mais ínfimo, elementar) nos permite saber em que ponto do mundo nos encontramos e, ao mesmo tempo, em que ponto nós mesmos nos encontramos. Pode acontecer que acabamos desistindo de pensar na felicidade porque a consideramos condicionada por uma longa e exorbitante lista de fatores.

A lista dos “se” que vamos somando torna a felicidade inacessível, e isso tem um custo: o de padronizar nossa visão para essa declaração de impossibilidade. No entanto, fazemos um passo decisivo quando temos a coragem de redefinir nossas razões de gratidão e admiração.

Lembro-me de um poema antigo que diz: “Non potrei essere più felice. / Vado a prendere l’acqua al pozzo. / E spazzo le foglie nel mio cortile” (Eu não poderia ser mais feliz. / Vou pegar água do poço. / E varro as folhas no meu jardim”).

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