25 Abril 2019
Mais de doze mil escoteiros abusados pelos líderes da maior associação de voluntariado dos Estados Unidos, a Boy Scout of America. Que, após 109 anos, poderia desaparecer, enterrada pelos processos milionários de milhares de vítimas. O número dos abusos foi citado por uma professora da Universidade da Virgínia, Janet Warren, chamada como perita em um processo por um caso de abusos sexuais em um teatro para crianças em Minneapolis. Warren relatou que foi contratada pela associação Boy Scouts of America e, por cinco anos, teve acesso a dados chamados de "arquivos da perversão" com informações sobre voluntários expulsos da associação por seu envolvimento em casos de abusos contra menores. Os dados acompanham o período de 1944 a 2016 e contêm os nomes dos voluntários. As vítimas foram 12.254.
A informação foi publicada por Repubblica, 24-04-2019. A tradução é de Luisa Rabolini.
Uma parte da história dos abusos surgiu em 2012, mas a novidade está no número exato de pessoas envolvidas e nas novas histórias que apareceram. O advogado Jeff Anderson, que defende as vítimas no processo, publicou no site de seu estudo os nomes dos 180 voluntários acusados de pedofilia no estado de Nova York. Anderson convidou as vítimas que vivem em Nova York e Nova Jersey a se apresentarem e denunciarem, graças também às leis aprovadas nos dois estados que estendem os prazos de prescrição dos crimes.
"Estamos profundamente entristecidos - explicou a associação com um comunicado - e pedimos sinceras desculpas a qualquer um que tenha sofrido abusos durante o período de escoteiro. Nada pode ser mais importante do que a segurança e a proteção das crianças".
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EUA, escândalo dos abusos: "Mais de 2 mil escoteiros molestados" - Instituto Humanitas Unisinos - IHU