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A Igreja sob pressão: reforma ou contrarreforma? Artigo de Massimo Faggioli

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27 Março 2019

Ao longo da história, não houve nenhuma mudança na Igreja sem pelo menos alguma pressão externa.

A opinião é do historiador italiano Massimo Faggioli, professor da Villanova University, nos Estados Unidos, em artigo publicado em La Croix International, 26-03-2019. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

O bispo Charles Morerod, que é reconhecido como um dos principais intelectuais da hierarquia católica da Europa, disse recentemente ao La Croix que “a Igreja reforma a si mesma sob a influência de forças aparentemente adversas”.

O dominicano suíço de 57 anos, bispo da Diocese de Lausanne-Genebra-Friburgo desde 2011, estava se referindo à crise dos abusos sexuais e a como ela está pondo pressão na mudança da Igreja Católica.

A pressão crescente é um fator-chave a ser levado em consideração nos debates dentro da Igreja sobre as reformas institucionais que são necessárias para abordar o modo como os bispos fracassaram ao lidar com os casos de abuso sexual. Mas essa pressão sobre a Igreja institucional inegavelmente é diferente hoje que no passado.

Primeiro, há uma pressão do debate interno (dentro da Igreja), assim como de forças externas (a mídia, a sociedade e a cultura, o Estado e o judiciário).

Essa pressão é mais visível e pública do que no passado. E também é algo muito mais difícil de controlar para a Igreja institucional, não por medidas coercitivas, mas no sentido de controlar a narrativa.

É aí que a fronteira entre o debate interno e as forças externas fica borrada. Os meios de comunicação de massa e as mídias sociais mudaram a conversa dentro da Igreja Católica, criando consequências profundas que estão realmente além da compreensão de qualquer um.

Segundo, o debate interno mostrou grandes divisões entre os católicos de um modo nunca antes público. Alguns católicos pensam que o debate sobre a reforma eclesial deveria incluir uma reconsideração da teologia do sacerdócio e da formação no seminário, o papel dos leigos e das mulheres, e do ensino da Igreja sobre a sexualidade.

Outros têm uma agenda restauracionista e puritana que vê a homossexualidade como a causa da crise atual e que vê como cúmplices aqueles que não concordam com seu chamado a uma “caça às bruxas” contra os gays.

Essa tensão causada por essas polaridades não é necessariamente ruim. O Papa Francisco acredita que as polaridades são necessárias a fim de ajudar que a verdade possa emergir plenamente.

O problema é que, em algumas Igrejas locais, como nos Estados Unidos, o debate intraeclesial tende a ser mais polarizado do que o papa provavelmente pode imaginar.

Tudo isso faz com que o ponto de vista de Dom Morerod sobre a necessidade de pressionar a Igreja seja ainda mais importante, especialmente a partir de uma perspectiva histórica.

No longo curso do desenvolvimento doutrinal, por exemplo, as heresias desempenharam um papel importante ao empurrar os teólogos e os pastores da Igreja na direção de um entendimento correto e mais completo sobre Deus.

De maneira semelhante, as reformas institucionais dentro da Igreja nasceram principalmente via negativa; isto é, a partir de uma reação contra algo. A Igreja raramente mudou espontaneamente. Ela fez isso quase sempre por causa da pressão.

Na maioria das vezes, isso vem de fora – da pressão, repressão e perseguição política e cultural, e da indignação causada pela revelação do escândalo.

O problema é que nem todas as mudanças constituem uma reforma real. Por exemplo, o Concílio Vaticano I (1869-70) modernizou o poder papal sem realmente introduzir muita coisa no caminho da reforma doutrinal.

A história do catolicismo do século XIX nos lembra dos efeitos negativos que a pressão externa pode criar em uma instituição religiosa que se percebe sob cerco.

O período do ultramontanismo, entre os anos 1820 e o Vaticano I, criou uma cultura política e religiosa na Igreja de resistência e de reação contra a pressão externa. O liberalismo e a modernidade foram as derrotas contra as quais ela elaborou uma nova estratégia de sobrevivência.

Ao longo da história, não houve nenhuma mudança na Igreja sem pelo menos alguma pressão externa. E a atual crise dos abusos provocou uma enorme pressão externa para que ela mude novamente - Massimo Faggioli

Em uma Igreja dominada por uma “mentalidade de cerco”, falar de reforma muitas vezes soa como traição ou até mesmo como heresia. E, mesmo assim, o catolicismo do “longo século XIX”, que terminou em 1958 com a morte de Pio XII, estava desenvolvendo a sua própria modernização ao mesmo tempo em que lutava contra as forças da modernização secularista e totalitária, como aponta James Chappel em seu recente livro intitulado “Catholic Modern”.

No entanto, esse não foi exatamente um momento de reforma institucional.

Uma das diferenças no modo como a pressão funciona na Igreja atualmente, em comparação com o passado, é que, até recentemente, “a Igreja Católica” era entendida mais ou menos como uma entidade sob um rígido controle institucional.

Pelo menos isso era verdade em princípio e de modo perceptível. Havia um ajuste natural com a mentalidade de cerco. Por um lado, isso tornava a reforma eclesial muito mais difícil.

Mas, por outro lado, isso também mostrava claramente o único caminho pelo qual a reforma podia seguir em frente – por meio do Vaticano, dos bispos, do clero e dos teólogos que eram ouvidos pelos tomadores de decisão da Igreja. Esse sistema, agora, em grande parte, desapareceu.

A reconsideração teológica que levou ao Concílio Vaticano II (1962-1965) foi possível ao abandonar essa mentalidade de cerco, que reduzira a Igreja a uma postura defensiva, triunfalista em sua retórica, mas insegura em suas relações com o mundo moderno.

No Vaticano II, a Igreja se abriu ao diálogo com o mundo e à renovação teológica e espiritual.

Ela fez isso seguindo dois princípios: o ressourcement (uma redescoberta das fontes da tradição) e o aggiornamento (uma abertura aos recursos da modernidade).

Mas essa abertura ao mundo teve custos inegáveis. Claramente, o Vaticano II ainda pertencia a um padrão de relação Igreja-mundo que agora não existe mais. Até alguns anos atrás, era muito mais difícil para um católico individual saber o que estava acontecendo do outro lado do mundo.

Também era muito mais difícil para essa pessoa ser alcançado por “narrativas” e agendas particulares relativas à Igreja contemporânea.

Até o fim do século XX, a pressão externa criou uma contrapressão interna em uma Igreja que era mais controlada pela instituição eclesiástica, mas também pelo sistema social e cultural, em que se assumia que a Igreja podia cuidar de si mesma.

A Igreja institucional, desde então, perdeu o seu monopólio sobre a reforma. Há muitas razões para isso. Alguns são teológicos, mas, principalmente, eles têm a ver com o papel mutante da Igreja em um mundo moderno e pluralista.

Assim, tornou-se discutível se o ressourcement e o aggiornamento – e de que tipo – ainda podem levar a Igreja Católica de hoje a um caminho rumo à reforma institucional e teológica ou não.

Isso porque a Igreja que está passando pela crise dos abusos é a mesma que passou pela renovação do Vaticano II.

A crise dos abusos sexuais do clero criou novas tensões e novas possibilidades. Mas despertou a tentação do entrincheiramento. A pressão de grupos católicos e de forças externas, que não confiam na capacidade da Igreja de policiar a si mesma, é uma espada de dois gumes – a favor ou contra a genuína reforma eclesial.

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