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Cardeal Marx: uma verdadeira reforma da Igreja para enfrentar os abusos

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07 Outubro 2018

A crise dos abusos sexuais pode ter o paradoxal efeito de ajudar a Igreja a fazer “uma verdadeira reforma” e produzir uma mudança sistemática que até agora não foi capaz de realizar sozinha. Poderia atingir este objetivo graças às críticas e à “pressão” das pessoas e da mídia. O cardeal Reinhard Marx, arcebispo de Munique e de Freising e presidente da Conferência Episcopal da Alemanha, disse, durante a abertura do mestrado interdisciplinar organizado pelo Centro para a Proteção dos Menores da Pontifícia Universidade Gregoriana.

A reportagem é de Iacopo Scaramuzzi, publicada por Vatican Insider, 05-10-2018. A tradução é de André Langer.

Ele também indicou a possibilidade de que o conselho dos nove cardeais de que faz parte (o chamado C9 que auxilia o Papa na reforma da cúria e no governo da Igreja universal) ou a reunião dos presidentes de todas as conferências episcopais do mundo inteiro convocada pelo Papa Francisco para fevereiro do próximo ano, com o objetivo de discutir a emergência dos abusos sexuais, levem em consideração a atualização do Código de Direito Canônico, tendo em conta as experiências negativas dos “abusos sexuais e financeiros” que a Igreja viveu nesses anos.

O cardeal recordou em seu discurso que quando em 2002 explodiu o caso da pedofilia clerical em Boston, nos Estados Unidos, e ele era bispo de Tréveris, a Igreja pela primeira teve de confrontar-se seriamente com o escândalo dos abusos sexuais perpetrados por padres pedófilos. Depois, em 2010, aconteceu novamente, quando a questão surgiu na Alemanha, e, desde então, “aprendemos, aprendemos, aprendemos, mas não chegamos ao fim” e, como demonstram os últimos casos que surgiram, assim como o recente relatório encomendado pela Conferência Episcopal da Alemanha sobre os abusos cometidos entre 1946 e 2014 nas dioceses do país, a Igreja enfrenta “uma situação de emergência”. E “depois de tantos anos é surpreendente e incompreensível que estes crimes tenham acontecido e nestas proporções dentro da Igreja”.

Marx indicou uma série de erros cometidos pela Igreja, desde os abusos até seu acobertamento, passando pela falta de investigação e a ausência, no passado, de normas adequadas: os “líderes da Igreja foram ambíguos” quando se tratava de enfrentar o problema. “Para alguns – recordou – era um complô da imprensa hostil à Igreja. Lembro-me claramente quando, em 2010, alguns diziam: ‘Os meios de comunicação são um problema para nós”. Outros, por sua vez, consideravam que “não era um problema que acontecia só na Igreja, mas, por exemplo, na família e, portanto, se perguntavam por que havia tanta pressão sobre a Igreja”.

Não houve um reconhecimento da real dimensão do fenômeno e recorreu-se a “pretextos frágeis”, referindo-se a erros isolados por parte de cada padre abusador. Alguns usaram inapropriadamente categorias teológicas como “a reconciliação, a misericórdia e a clemência como uma desculpa para não fazer nada contra os abusos”. O cardeal destacou que “é um perigo, e eu faço parte disso: eu sou bispo há 32 anos, não posso dizer ser alheio a esta mentalidade autorreferencial, uma mentalidade de estar juntos, ajudar-se e proteger-se mutuamente, muito forte na Igreja”. Tudo isso levou a uma “falta de ação” que “agora não existe mais”.

Todos esses erros, segundo Marx, devem ser decisivamente rechaçados, como demonstrou o recente estudo alemão. Em primeiro lugar, os casos são “muito mais do que eu teria imaginado em 2002 ou 2010”, assim como falar em “erros individuais”, o que vai contra “as evidências, além de ir contra um princípio da boa administração”. A Igreja, além disso, não contava com padrões suficientemente elevados, como foi reconhecido durante a primeira sessão de trabalho do Sínodo dos Bispos sobre os jovens, quando um dos bispos fez um discurso muito bom de dizer claramente: “Peço perdão pelo que aconteceu”.

Em relação aos pretextos frágeis usados no passado, indicou que representam uma “banalização do sofrimento das vítimas, e a Igreja falha em seu dever para com as vítimas, os sobreviventes e a dignidade dos menores”.

Então, o que devemos fazer? “Devemos colocar as crianças e os adolescentes no centro da nossa atenção, aceitar plenamente as responsabilidades, escutar as vítimas: se a Igreja falhar, se falharmos, perderemos a credibilidade como autoridade moral, e as pessoas não mais quererão ouvir a voz da Igreja em relação a outros temas morais, perde sua força missionária na evangelização, na construção do Reino de Deus, que é também reino de justiça”.

Em relação à pressão pública, que “sentimos muito fortemente”, as pessoas “aceitam cada vez menos o silêncio da Igreja em relação aos abusos, não aceitam que trate de evitar o problema. Não se pode colocar em discussão que a não aceitação e a constante pressão da sociedade ajudaram consideravelmente a encontrar novas maneiras de conceber a Igreja. A capacidade da Igreja de mudar-se a si mesma é limitada. Alguns dizem que somente de fora, somente quando há perigos, pressões, há uma verdadeira reforma dentro. A pressão externa é uma ajuda para nós: nem sempre, se olharmos a história da Igreja, ela foi capaz de se reformar”.

“Há – prosseguiu Marx – um medo fundamental, medo da mudança, medo da desestabilização, medo de perder poder: tudo isso é compreensível, mas não aceitável. A Igreja deve ser sal da terra e luz do mundo, ter um efeito profético no mundo; pelo contrário, é triste, mas certamente não ajuda em nada uma Igreja interessada na sobrevivência, não ‘missionária’, como disse o Papa. A renovação pelo Espírito é possível e, talvez, está se manifestando através da pressão pública; talvez possamos sentir nela o Espírito que nos anima a fazer algo que não saberíamos fazer sozinho”.

“Penso que sem essas vozes – disse ainda – não haveria mudança e, portanto, devemos ser gratos à pressão pública, às vozes críticas e à voz dos sobreviventes que se tornaram mais fortes, pois nos ajudam a mudar, a desenvolver, a sermos melhores. Não deveríamos ver aqueles que nos criticam como adversários, mas como cooperadores do Espírito Santo. Quando eu vejo os últimos 16 anos, diria que todas essas reações foram uma ajuda para mim. E creio que tudo isso é necessário”.

Uma vez que “não se pode recuperar a credibilidade da Igreja sem uma mudança fundamental, sistêmica”, é necessário, de acordo com Marx, envolver “especialistas” de todo o mundo e das “ciências humanas”, além de uma “abordagem sistêmica e sistemática”, porque “para ter mudanças substanciais e duradouras”, para “mudar o sistema”, “necessita-se de mudanças morais, mas também instituições para estabilizar essas mudanças; do contrário, não teremos resultados”.

Marx fez referências a diversas questões, desde a seleção e formação dos seminaristas e dos sacerdotes até as investigações necessárias e os mecanismos para prevenir os abusos. Ressaltou que se trata de questões que caem “em duas áreas problemáticas principais: o poder e a sexualidade”, questões sobre as quais é oportuno fazer uma “discussão aberta”, que aborde temas como os abusos de poder e o clericalismo, a sexualidade e a moral sexual, o celibato e a formação sacerdotal, o apoio às vítimas e a punição dos abusadores, além da possibilidade de mudar o Direito Canônico.

O cardeal recordou que durante as congregações gerais prévias ao Conclave de 2013 que elegeu o Papa Francisco falou sobre a necessidade de haver uma “discussão aberta” e que também em relação à questão dos abusos é preciso fazer o mesmo.

De acordo com o arcebispo de Munique, necessita-se de “boa governança”, do “respeito às normas para salvaguardar as crianças e os adolescentes” e uma “maior atribuição de responsabilidades” (‘accountability’): com estes critérios, “muito do que aconteceu poderia ter sido evitado” em termos de abusos, de falta de liderança e de cultura do silêncio. “O escândalo dos abusos é uma das crises mais difíceis para a Igreja, é um desafio, é extenuante, mas não tem alternativas. Devemos promover juntos uma série de iniciativas construtivas e criar sinergias sobre este tema. Nesse sentido, continuaremos apoiando financeiramente o Centro de Proteção dos Menores da Pontifícia Universidade Gregoriana”.

Destacou, após convidar os presentes a fazerem o mesmo, que o centro dirigido pelo jesuíta Hans Zollner, vinculado à Pontifícia Comissão para a Proteção dos Menores, “oferece oportunidades tanto para apropriadas medidas de formação para a prevenção dos abusos, como impulsos efetivos para mudanças sistêmicas, que no final somente a Santa Sé pode implementar”.

Durante a coletiva de imprensa que aconteceu após a abertura do curso, Marx explicou a sua sugestão para alterar o Código de Direito Canônico: “A última revisão do código é de 1983; as anteriores são dos anos setenta”. Portanto, precisamos refletir sobre o que “aconteceu na Igreja e como podemos enfrentar os abusos sexuais e financeiros” para verificar se os instrumentos existentes são “bons e apropriados” ou se, ao contrário, é preciso “desenvolver” o direito canônico.

Enviaram seu apoio ao evento de abertura do mestrado interdisciplinar, precedido por uma missa celebrada pelo próprio Marx, tanto o Papa Francisco como o Papa Emérito Bento XVI, além do superior dos jesuítas, o padre Arturo Sosa. O Papa Francisco enviou sua bênção pelo cardeal Marx, ao passo que Joseph Ratzinger enviou ao padre Zollner uma mensagem para expressar seu próprio “apoio” para o trabalho de promoção da “proteção das crianças e dos adolescentes na Igreja e na sociedade”.

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