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A vitória das mulheres indianas contra o obscurantismo

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07 Janeiro 2019

No último 2 de janeiro Bindu Ammini e Kanakadurga, duas mulheres de 42 e 41 anos, respectivamente, escoltadas por policiais à paisana conseguiram entrar no templo hindu de Sabarimala, no estado indiano de Kerala. 

Esta é a primeira entrada de mulheres em idade menstrual no complexo do templo desde a sentença proferida pelo Supremo Tribunal da Índia em setembro, em resposta à petição apresentada em 2006 por seis advogadas da Indian Young Lawyer’s Association.

A reportagem é de Matteo Miavaldi, publicada por Il manifesto, 05-01-2019. A tradução é de Luisa Rabolini.


Fotos: Resumen Latinoamericano

Na sentença, o Tribunal impôs à administração do templo de derrubar a proibição de entrada para as mulheres em idade menstrual imposta para evitar que o deus Ayyappan - de acordo com a crença, preso ao voto de celibato hindu - pudesse cair em tentação na presença de mulheres entre os 10 e os 50 anos de idade, em idade fértil.

Desde outubro, inúmeras tentativas de entrada do templo por mulheres em idade fértil foram impedidas por grupos de fiéis reunidos sob a égide da Sangh Parivar, união de grupos extremistas hindus, próxima ao partido conservador do primeiro-ministro Narendra Modi, o Partido Bharatiya Janata (BJP), tornando impraticável a aplicação da sentença.

Diante da posição dos extremistas hindus, o governo local de Kerala, liderado pela coalizão de esquerda do Left Front, em 1º de janeiro respondeu organizando uma corrente humana de 620 km formada por cinco milhões de mulheres, para reafirmar os princípios constitucionais de liberdade e igualdade que deveriam estar em vigor no país.

No dia seguinte, Bindu e Kanakadurga cruzaram o limiar do templo, fazendo história e provocando a fúria dos extremistas hindus de Kerala. A Sabarimala Karma Samiti, que administra o templo de Ayyappan, fechou o lugar de culto para oficiar um “rito de purificação” e restaurar a santidade do santa sanctorum, “violada” pelas duas mulheres; enquanto isso, do lado de fora do templo, os protestos organizados pela Sangh Parivar, apoiados tanto pelo BJP como pelo Congresso Nacional Indiano (INC) de Rahul Gandhi, se espalhavam pelas ruas de Kerala.

Grupos de manifestantes, atacaram as sedes dos partidos rivais e vandalizaram carros, ônibus e edifícios da administração pública, entrando em confronto com policiais enviados pelo ministro-chefe de Kerala, Pinarayi Vijayan, 74 anos, figura histórica do Partido Comunista Marxista da Índia (CPI -M).

De acordo com vários analistas indianos o apoio oferecido por Vijayan à mobilização das mulheres em Kerala foi um golpe de mestre em termos de política local, uma guinada muito ambiciosa que, embora certamente irá angariar dividendos de consenso no curto prazo, expõe o CPI-M a um risco de excesso de vanguardismo colocando-se em oposição a instâncias tradicionalistas duras de morrer mesmo em Kerala, estado que possui níveis de progresso, abertura e bem-estar de média muito mais elevada que o resto do país.

Os milhões de mulheres e homens que participaram da corrente humana de 1º de janeiro e o ministro-chefe Vijayan referem-se explicitamente a um período glorioso do final do século XIX, o chamado "Renascimento do Kerala", marcado pela influência de intelectuais reformistas de baixa casta em agitação contra a elite bramânica de alta casta. Em outras palavras, progressistas anti-intocáveis e anti-sistema de castas - considerado uma abominação irreformável, a ser abolida - contra tradicionalistas conservadores hindus.

Um legado que o CPI-M abraçou em fases alternadas, mas agora, com Vijayan, parece mais inclinado a assumir, colocando-se na vanguarda de uma luta pela emancipação feminina que, embora por enquanto limitada ao caso de Sabarimala, representa uma tomada de posição do alto valor simbólico. Se o apoio do CPI-M às instâncias das fiéis hindus keralesas é genuíno, ou apenas funcional para um cálculo eleitoral em vista das próximas eleições nacionais, previstas no primeiro semestre, será visto no futuro próximo, quando o progressismo de Vijayan irá colidir com os cálculos matemáticos de um estado onde os votos ainda dependem, em grande parte, do favor dos ambientes religiosos.

Em Keral, em especial, também pela mediação entre as encorpadas minorias cristãs, muçulmanas e ateia, embora recordando um ditado indiano famoso que afirma que na Índia é impossível dizer-se ateus, no máximo "ateus cristãos, ateus muçulmanos, ateus hindus" e assim por diante.

Após a tomada de posição do governo de Kerala, o medo é que a polarização da população que foi vista nos confrontos dos últimos dias possa aumentar ainda mais a estratégia do divide et impera típica do BJP dos últimos cinco anos, liderado pela dupla Narendra Modi (primeiro-ministro) e Amit Shah (presidente do BJP), mestres em incitar e galgar para fins eleitorais o ódio ora inter-castas, ora anti-muçulmano, ora "anti-maoísta", ora anti-progressista.

Um primeiro sinal desta estratégia, que do Kerala poderia ser projetada como um símbolo pan-indiano acoplado à luta pela construção de um grande templo de Ram sobre as cinzas da mesquita de Ayodhya, demolida por extremistas hindus na década de 1990, veio precisamente pela boca de Narendra Modi durante uma entrevista concedida à agência de notícias Ani alguns dias atrás.

Diferentemente da abolição do "triplo talaq” - uma espécie de divórcio imediato aplicado por uma minoria da comunidade islâmica indiana, recentemente julgado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal - defendido pelo governo, "tendo em conta a igualdade de gênero", a questão do templo de Sabarimala para Modi tem a ver com a "tradição": "Na Índia, acreditamos que todos têm o direito à justiça. Existem alguns templos com tradições específicas, onde os homens não podem entrar. E os homens não entram ... Quanto a Sabarimala, uma juíza mulher do Supremo Tribunal fez algumas declarações [em oposição à sentença, ndr]. É preciso analisá-las com cuidado.

Não há necessidade de atribui-las a este ou aquele partido político. Como mulher, fez algumas sugestões. E deveria haver uma discussão sobre isso, mais cedo ou mais tarde".

O mesmo temor de gerar desagrado no eleitorado hindu levou o Inc de Kerala "para o lado errado da história", que nestes dias está posicionado ao lado do BJP e dos extremistas hindus em defesa da tradição.

Uma posição contra-tendência com as últimas aparições públicas de Rahul Gandhi, residente do Inc, empenhado em marcar uma guinada progressista no “partido da família” na esperança de evitar o resultado catastrófico das eleições nacionais em 2014, quando o partido de Modi infligiu a Rahul Gandhi a pior derrota eleitoral de todos os tempos.

Entre cálculos eleitorais, deprimentes hipocrisias de botequim e a ameaça de uma nova onda ultra-hindu, desta vez, inclusive, sem o aceno de um crescimento econômico, o único dado positivo continua sendo a extraordinária mobilização feminina de Kerala. Mulheres que, no meio de uma Índia nunca como agora assolada pelo obscurantismo fanático, reivindicam espaço, desafiam a tradição, fazem ouvir a própria vozes. E que, em Sabarimala, venceram.

5 million women participate in 385-mile-long (620 km) human chain in Kerala on New Year’s Day. Exceeded the attendance in the Jan 2017 Women’s March in Washington, DC. Defining moment for women’s rights in Kerala #Womenswall pic.twitter.com/AXrlQjZ2tN

— John Medamana (@JohnMedamana) 1 de janeiro de 2019

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