21 Novembro 2018
O gesto é entendido como um protesto pela comparação proferida pelo Papa Francisco.
A informação é publicada por www.tto.ch, 19-11-2018. A tradução é de Luisa Rabolini.
Seis ilustres mulheres suíças deixaram a Igreja Católica para protestar contra a comparação feita pelo Papa Francisco entre a interrupção da gravidez e o uso de um "matador de aluguel". A União Suíça das Mulheres Católicas (SKF) lamenta a decisão, mas mostra compreensão.
As duas ex-conselheiras nacionais Cécile Bühlmann e Ruth-Gaby Vermot, a co-fundadora da "Erklärung von Bern" ("Declaração de Berna") Anne-Marie Holenstein, a política ativa na esfera social Monika Stocker e as teólogas feministas Doris Strahm e Regula Strobel anunciaram que "não apoiarão mais o sistema de poder patriarcal da Igreja Católica romana", indica a SKF em comunicado divulgado ontem. Essas seis mulheres vêm lutando há décadas por mudanças, escreve a união. Como organização de mulheres católicas, a SKF entende a sua frustração e resignação.
"Da mesma forma que essas seis mulheres, nós também ficamos chocadas com a comparação feita pelo Vaticano entre o aborto e assassinato por encomenda e decidimos assinar uma petição dirigida ao Papa Francisco", ressalta o comunicado.
A SKF também rejeita a atual distribuição de poder na instituição Igreja Católica e pede mudanças profundas, que abram o caminho para a igualdade de participação tão esperada das mulheres. A SKF exorta homens e mulheres "a continuar teimosamente a aproveitar todas as oportunidades para mudar a Igreja a partir de dentro".
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O aborto e o ‘matador de aluguel’: seis eminentes mulheres suíças deixam a Igreja Católica - Instituto Humanitas Unisinos - IHU