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19 Julho 2018

Monimbó acordou de sobressalto, despertado pelo repicar de sinos. Os badalos alertaram os habitantes do distrito indígena de Masaya da invasão dos paramilitares, as 'turbas'. São o braço armado da “Operación limpieza” (operação de limpeza) lançada pelo governo nas últimas semanas para abafar os protestos, que chegam hoje ao terceiro mês consecutivo. A Monimbó, reduto de resistência, agiram com um zelo todo especial.

A reportagem é de Lucia Capuzzi, publicada por Avvenire, 18-07-2018. A tradução é de Luisa Rabolini.

As "turbas" dispararam contra pessoas que tentavam defender as barricadas, a paróquia de Santa Maria Madalena ficou debaixo de fogo durante horas. Pelo menos um agente morreu, dezenas de pessoas foram presas.

A meia hora de distância de carro, na Plaza de la Fé, em Manágua, ao contrário, ferviam os preparativos para a festa, vigiados pelos kalashnikov da polícia. O Presidente Daniel Ortega, trancado na casa-bunker de Colônia del Carmen, disse com clareza irrevogável aos seus fieis partidários: nada deve estragar, amanhã, a celebração do aniversário da revolução que, 39 anos atrás, colocou um fim à dinastia sangrenta do clã Somoza.

Em 19 de julho de 1979, a coluna sul do exército rebelde, a Frente Sandinista de Libertação Nacional, entrou triunfalmente em Manágua. Daniel Ortega chegou no dia seguinte, junto com o resto da junta do governo. Retórica à parte, porém, é difícil ver o comandante de então no atual presidente-dinossauro. No poder há 11 anos e decidido a permanecer no cargo, depois de mudar a Constituição, criou grupos paramilitares para reprimir a dissidência, atribuindo aos familiares os principais cargos institucionais. Começando com sua esposa, Rosario Murillo, vice e "eminência parda" do inteiro aparato.

Não surpreende, portanto, que, aos olhos do povo, tornou-se cada vez mais semelhante ao deposto Anastásio Somoza do que ao herói nacional Cesar Augusto Sandino, a cuja luta pela liberdade contra a dominação estrangeira e à justiça se reporta o movimento sandinista. No entanto, o governo de Ortega pareceu, por mais de uma década, inamovível. Graças ao apoio do setor empresarial, atraído por um mix insólito feito de políticas neoliberais, oportunidades de investimento e silêncio imposto aos sindicatos. “Uma aliança corporativa” assim foi rebatizada por Carlos Fernando Chamorro, militante sandinista, filho do mais famoso oponente de Somoza, e agora diretor do jornal independente El Confidencial.

O que desencadeou uma súbita reação em cadeia, em 18 de abril, foi uma reforma de previdência, logo em seguida, retirada. A intervenção brutal das 'turbas' contra uma passeata de pensionistas, em León, suscitou a indignação geralizada, trazendo milhares de pessoas às ruas. Logo, a solicitação dos manifestantes se tornou a retirada do duo Ortega-Murillo. Mais de trezentos e setenta mortes – dos quais mais de 300 do lado dos manifestantes - 2.100 feridos, 261 desaparecidos mais tarde, de acordo com os dados da Associación Pró-Derechos Humanos, a “Primavera nicaraguense” continua. "Por muito tempo o país viveu uma crise latente. De triplo nível. Político, em primeiro lugar: nas eleições de 2016, que viram a enésima reconfirmação de Ortega, a abstenção foi de cerca de 70 por cento. Um sinal de desconfiança não entendido - explica Óscar René Vargas, sociólogo e economista. Desde o final daquele ano, a economia começou a desacelerar por causa da retirada das ajudas venezuelanas: 500 milhões de dólares por ano" Tal "quantia" a disposição do governo, era usada pelo governo para atender os empresários e garantir subsídios em troca de consentimento. "Migalhas que não resolveram os problemas estruturais do país, onde 42 por cento das pessoas são pobres e 79% trabalham informalmente", explica Vargas. A soma desses três fatores criou o magma da revolta. Justamente como os vulcões que pontuam a sua paisagem, a Nicarágua manteve esse magma aprisionado em suas entranhas. Com a repressão de abril, a lava chegou à superfície. Destruindo o equilíbrio do sistema Ortega.

Em primeiro lugar, a parceria com os empresários, que passaram com uma rapidez muito suspeita, para a oposição, junto com os estudantes e camponeses. Para tentar fazer uma ponte entre os dois lados e encontrar uma saída não violenta, entrou em jogo a Igreja nicaraguense. A Conferência Episcopal aceitou o pedido para ser testemunha e avalista de um difícil diálogo nacional. E não desistiu, apesar das agressões de que padres e bispos foram vítimas. Até mesmo o cardeal Leopoldo Brenes e o núncio Waldemar Stanislaw Sommertag foram espancados, enquanto os ataques a igrejas são diários: ontem foi incendiada a sede da Cáritas em Sébaco, perto de Matagalpa. Ortega é obstinado: recusa-se a antecipar as eleições e aumenta a violência para esmagar a revolta, apesar das censuras internacionais.

Inclusive o Secretário-Geral da ONU, Antonio Guterres, e 13 países latino-americanos criticaram a brutalidade da repressão. Uma violência que a Igreja, entre as poucas instituições independentes, tenta conter. Sustentados pela proximidade e pelos apelos do Papa Francisco, os pastores nicaraguenses se colocam fisicamente entre as ‘turbas’ e as pessoas, e oferecem asilo àqueles que fogem da violência. Novamente ontem, a denúncia via Twitter de Dom Silvio Baez, bispo auxiliar de Manágua, contribuiu para evitar um massacre em Monimbó. Bem como o apelo do núncio, em nome do Papa.

Aquela deste 19 de julho, para o governo, mais que uma celebração, portanto, será uma demonstração de força. Pelo menos na aparência. Agora, como 39 anos atrás, porém, os manifestantes não estão dispostos a "voltar à ordem". “Que se renda tua mãe!” gritam em cada manifestação. Frase simbólica: foi pronunciada, em 15 de janeiro de 1970, pelo poeta sandinista Leonel Rugama enquanto a Guarda Nacional de Somoza intimava-o a render-se. Naquele dia, Rugama foi morto. Nove anos depois, a revolução venceu.

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