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15 Junho 2018

“Precisamos reinventar as formas de nos alimentar e as formas de nos relacionar. Inovar não pode significar se adaptar às tecnologias e concentrações que o atual regime alimentar impõe, sustentado por instituições públicas. São tempos para um Biosindicalismo alimentar: organizar-se e organizar a produção alimentar a partir do direito à alimentação e à nutrição saudáveis e adequadas”, escreve Ángel Calle Collado, professor de sociologia da Universidade de Córdoba e estudioso de temas como agroecologia política, sustentabilidade, bens comuns e novos movimentos globais, em artigo publicado por El Diario, 13-06-2018. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

Como teríamos que nos organizar para nos alimentar de outra forma? O recente Congresso Internacional de Agroecologia, ocorrido em Córdoba, com cerca de 500 pessoas de 12 diferentes países, propôs-nos (re)politizar nossos sistemas agroalimentares. Assumir a alimentação como um fato social do qual depende a reprodução de nossas vidas, nossa cultura, nossos territórios. Não é, portanto, redutível a um novo nicho de consumo, a uma produção crescentemente industrializada ou a uma busca reduzida para facilitar (cada vez para menos gente e em condições menos saudáveis) uma ingestão diária de duas mil e poucas calorias.

A falta de (re)politização alimentar impõe vários cerceamentos aos habitantes do Sul global e cria uma situação de crise ao conjunto da humanidade. Os monopólios de campos para alimentar a dieta concentrada em carne de uma minoria são cerceamentos físicos. São cerceamentos políticos a intensificação produtiva com incentivos públicos; ou a “ajuda” alimentar que propicia um controle social daqueles que são situados mais abaixo em nossas sociedades duais.

Também sabemos de cerceamentos econômicos: você terá que beber de pacotes tecnológicos cada vez mais caros, alheios e “inteligentes” e venderá para a grande distribuidora como única saída. Não faltam os cerceamentos transversais: fundamentalmente mulheres e majoritariamente as camponesas e camponeses distantes das grandes urbes terão que sustentar as cadeias que vão do plantio à mesa, para que os corpos e seus laços sigam se sustentando.

E aqueles que habitamos algum Norte, algum espaço social com certas condições para a escolha e o acesso regular a comida, também receberemos nossa parte da praga: nutrição não adequada, participação em um consumo que não para de retroalimentar a mudança climática; desinformação midiática e publicitária que nos impede de rescindir o negócio da comida, distanciando-nos do direito a uma alimentação saudável, de um meio rural que nos sustente e de tecnologias não baseadas nos interesses exclusivos de elites e pseudociência.

O que fazer? Soubemos neste e em outros encontros sobre agroecologia que, mesmo em condições adversas, a produção e não só a alimentação ecológica estão encontrando fôlego em novas iniciativas, em novos perfis de simpatizantes e consumidoras que se aproximam por problemas de saúde ou sensibilidade ambiental. Somos conscientes de que necessitamos disputar esferas de legitimação, pesquisa e apoio com o regime organizado de desnutrição do planeta. Temos que frear os epistemicídios que apagam saberes fundamentais para a nutrição: sobre biodiversidade, na cultura gastronômica, no conhecimento e valorização de nossos meios rurais e suas formas diversas e específicas de produzir de forma sadia.

Ficamos impressionados com os testemunhos de organização de milhares de agricultores e agricultoras da Via Campesina, com a visibilização de redes de mulheres por meio de projetos como Ganaderas en Red, em saber de renovadoras escolas agroecológicas que seguem Paulo Freire ou Ivan Illich por toda a Europa e América Latina, em entender que a escala não é um problema, quando se contam com membros de comunalidades (laços e comunidades) que constroem cooperativismo, como Tozepan no México, para mais de 30.000 famílias, junto com outras iniciativas que trabalham a intercooperação e a defesa de nossa casa comum, como são os mercados sociais-solidários, as agriculturas (peri)urbanas ou as plataformas em defesa do território e em apoio a manejos agroecológicos, próprias neste país de uma Agroecologia em 3 C: aquela centrada em circuitos curtos, cooperação local, cuidados da casa e dos laços sociais.

Precisamos reinventar as formas de nos alimentar e as formas de nos relacionar. Inovar não pode significar se adaptar às tecnologias e concentrações que o atual regime alimentar impõe, sustentado por instituições públicas. São tempos para um Biosindicalismo alimentar: organizar-se e organizar a produção alimentar a partir do direito à alimentação e à nutrição saudáveis e adequadas; fomentar a relocalização de produções e mercados frente a um previsível colapso (energético, econômico e social) de nossos regimes agroalimentares; assim como impulsionar nossas economias vivas, aquelas enraizadas conjuntamente em economias sociais, solidárias, ecológicas, feministas. Em definitivo, a alimentação como eixo de luta frente às vidas que são arrebatadas, invisibilizadas, desnutridas, desempregadas, agonizadas em prol de alguns benefícios monetários que não podem ser comidos e que nos suicidam ambientalmente.

E por quem e para quem? A produção agroecológica que concebe uma vinculação sustentável com nossos territórios, os mundos rurais que lutam para seguirem vivos e as excluídas alimentares de qualquer Sul global, assim como as pessoas atingidas pelas consequências ambientais e nutricionais do atual negócio da comida, deveriam ser os quatro pilares principais de uma articulação que se ancora em territórios, mas que quer disputar conjuntamente regimes agroalimentares.

Falo de sindicalismo para recordar as bases de produção, circulação e consumo que os alimentos possuem no marco de economias capitalistas. Trata-se de organizar cadeias de outra forma: biorregiões no lugar de logísticas definidas por mercados centralizadores; circuitos curtos e diretos como base para difundir outras relações entre produção e consumo. Em definitivo, um novo hardware. Para o qual também necessitamos de um novo software alimentar: algumas cidades que reivindicam o direito à alimentação, demandando equipamentos essenciais onde assentar esses direitos, assumindo que devem ceder privilégios em sua ingestão de matéria e energia para territórios mais autônomos; um mundo rural que precisaria guardar tais territórios para que continuem sendo bens comuns, nutrindo ciclos que aumentam a fertilidade e não a diminuem.

O Bio, por último, não só como expressão de fechamento de ciclos e produção ecológica, também como esferas de contrapoder que vão de mãos dadas com as lutas pela justiça ambiental ou pela cogestão solidária de territórios. Bio que é planetário, articulador entre economias centrais e periféricas onde o Sul global sucumbe, já muito instalado nos próprios países europeus. Bio que nega e contesta os rótulos de “ecológico” entendidos como um certificado, como um novo código de barras. Bio que articula o campo alimentar a partir de demandas de saúde, de justiça ambiental, de radicalização da democracia e de reproduções centradas na vida.

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