Em São Paulo, projeto no interior do estado consegue reduzir consumo de água em até 40% no cultivo de alimentos

Foto: Wikimedia Commons

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28 Março 2018

Consumido em todo o mundo, o suco de laranja é um dos principais itens produzidos no Brasil. Entre julho e dezembro do ano passado, que corresponde aos seis primeiros meses da safra 2017/2018, foram exportadas mais de 584 toneladas de suco concentrado, um aumento de 23% em comparação com o mesmo período da safra anterior. A receita alcançou mais de um bilhão de dólares, valor 26% superior à safra 2016/2017. As informações são da Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR).

A reportagem é de Victor Fernandes, publicada por Agência Rádio Mais, 26-03-2018. 

O Estado de São Paulo tem participação ativa nessa produção, já que concentra 90% da produção nacional. Por ser um plantio que depende de temperaturas mais altas, o cultivo de laranja depende da água para obter frutos de qualidade. De acordo com o coordenador da Coordenadoria de Assistência Integral (Cati), João Bruneli Júnior, ainda falta conscientização aos produtores rurais. Para isso, já existem projetos de proteção de nascentes e recuperação de áreas impróprias para plantações.

Um deles se chama Microbacias Hidrográficas. Essa ação consiste em minimizar os problemas de erosão de alguns locais e melhorar o uso de água. Cerca de 50 famílias são acolhidas por este projeto desde o ano passado. O extensionista rural Alcides Almeida pôs o modelo em prática na região de Bragança Paulista. Ele ressalta que o principal objetivo é mostrar aos agricultores familiares a necessidade de se reaproveitar a água, sempre que possível.

“A valorização da quantidade e da qualidade da água. Quer dizer, manter as nascentes jorrando o ano todo e não nascentes intermitentes. Sobrava água e chegava na seca e essa nascente secava. E a água é a base de tudo, sem água não tem vida na propriedade, não tem criação ou agricultura em si”, disse.

Melhor utilização da água

A agricultura familiar, segundo o coordenador da Cati de São Paulo, representa 88% das propriedades rurais no estado. Além disso, projetos como esse fazem com que os pequenos produtores consigam reduzir o desperdício hídrico de 30% a 40% no cultivo de alimentos. João Bruneli Júnior comenta que as práticas utilizadas para reutilizar a água começam no solo, e podem beneficiar também quem mora na área urbana.

“A partir do momento em que ele faz o manejo correto de solo, você faz com que quando a chuva cai, ao invés de a chuva escorrer totalmente, ela vai infiltrar o máximo possível no solo. É isso que faz com que aumente o nível das reservas exatamente para os períodos de seca. Então, a conservação correta de solo no meio rural, é um serviço que o agricultor está prestando para o pessoal que mora na cidade”, explicou.

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