14 Junho 2018
Representantes de cinco denominações se encontraram
em Roma para discutir a Declaração Conjunta sobre a
Doutrina da Justificação
(Foto: Federação Luterana Mundial)
“Estamos testemunhando um impulso em nossa jornada ecumênica compartilhada”, afirmou uma autoridade da Federação Luterana Mundial.
A reportagem é de La Croix International, 12-06-2018. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Líderes protestantes e autoridades do Vaticano que se reuniram recentemente em Roma dizem que agora existe um novo "ímpeto" na promoção da unidade ecumênica.
Líderes de cinco denominações cristãs se reuniram para discutir as implicações em curso da Declaração Conjunta sobre a Doutrina da Justificação, que dizem ter resolvido a principal disputa doutrinal que desencadeou a Reforma.
Essa declaração foi assinada pela Federação Luterana Mundial e pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos em 1999.
“Temos agora cinco signatários dessa declaração ecumênica”, disse Kaisamari Hintikka, secretário-geral adjunto da Federação Luterana Mundial para as Relações Ecumênicas, de acordo com o Anglican News Service.
“Sentimos que somos chamados a perguntar juntos que tipo de consequências espirituais e eclesiásticas a Declaração Conjunta sobre a Doutrina da Justificação pode ter para as nossas Igrejas. Estamos testemunhando um impulso em nossa jornada ecumênica compartilhada. Esta consulta se destina a apreciar e a usar esse dom, que nos chama a curar as feridas no corpo de Cristo”, disse Hintikka.
“Essa consulta será o início de um processo que visa a responder às aspirações das pessoas que estão nos bancos das nossas igrejas. Queremos oferecer às nossas Igrejas recomendações para crescerem na comunhão”, acrescentou Hintikka.
Em sua recente reunião em Roma, representantes das cinco Igrejas concordaram em realizar uma consulta em março do ano que vem, para incluir uma palestra pública ou um painel de discussão sobre as relações ecumênicas.
A Declaração Conjunta sobre a Doutrina da Justificação é vista como a chave que ajuda a desbloquear a questão doutrinal central desde a Reforma.
O secretário-geral da Comunhão Anglicana na época, o cônego John L. Peterson, descreveu-o como “um evento que encoraja os cristãos de todas as tradições e é motivo de alegria para todos os que rezam e trabalham pela unidade da Igreja de Cristo”.
Desde então, o Conselho Metodista Mundial, a Comunhão Mundial das Igrejas Reformadas e o Conselho Consultivo Anglicano adotaram formalmente ou de alguma forma se associaram à Declaração.
A assinatura da Declaração Conjunta sobre a Doutrina da Justificação em Augsburg, em 1999, foi um marco no diálogo católico-luterano e foi construída em 30 anos de diálogo ecumênico contínuo entre as duas Igrejas.
Ela foi “afirmada e acolhida” pelo Conselho Consultivo Anglicano em sua reunião em Lusaka, em 2016.
Em outubro do ano passado, no 500º aniversário da Reforma, o arcebispo de Canterbury, Justin Welby, apresentou uma cópia assinada pelo Conselho Anglicano ao secretário-geral da Federação Luterana Mundial, Martin Junge, e ao secretário do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Dom Brian Farrell, durante um culto na Abadia de Westminster.
Esse evento contou com a presença dos secretários-gerais do Conselho Metodista Mundial e da Comunhão Mundial das Igrejas Reformadas.
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Líderes cristãos veem novo ''impulso'' para a busca da unidade - Instituto Humanitas Unisinos - IHU