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Política de inovação brasileira deveria ser mais intensa. Entrevista especial com Mário Salerno

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04 Setembro 2013

“O Brasil é hoje um dos poucos países do mundo que cresce segundo a renda. Na Europa, a renda está regredindo. A situação brasileira é muito ruim, mas há distribuição de renda com programas como o Bolsa Família, política de salário mínimo etc. É quase impossível casar a política de inovação com a política de distribuição de renda”, diz o engenheiro.

Foto: http://bit.ly/1ah7KW9

Confira a entrevista.

Concentradora de renda, a “política industrial não é distributiva por si só. Ela precisa de políticas complementares” para distribuir a renda, pontua o engenheiro Mário Salerno em entrevista concedida à IHU On-Line por telefone. Segundo ele, a estrutura da indústria brasileira ainda segue os moldes elaborados no governo Juscelino Kubitschek, ou seja, há um conjunto expressivo de indústrias multinacionais atuando no mercado interno, mas pouco investimento em ciência e tecnologia para as empresas nacionais. “Essa política não trouxe o dinamismo do projeto do produto de pesquisa de desenvolvimento e de inovação dessas empresas para o país”, lamenta.

Segundo ele, “hoje as principais cadeias de valor da indústria brasileira são dominadas por empresas multinacionais. Falamos muito do agronegócio, mas é nítido que as empresas de alimentação também são dominadas por empresas cujo centro decisório está no exterior”.

Mário Salerno abordará o tema desta entrevista na conferência de hoje à noite, intitulada Tecnologia e trajetória recente da política industrial brasileira, às 19h30, na sala Ignacio Ellacuría e Companheiros, no IHU. O evento faz parte do II Seminário em preparação ao XIV Simpósio Internacional IHU – revoluções tecnocientíficas, culturas, indivíduos e sociedades.

Mário Salerno é graduado em Engenharia de Produção pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo - USP, mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, especializado em Inovação Tecnológica e Desenvolvimento pela University of Sussex, Inglaterra, e doutor em Engenharia de Produção pela USP. É professor do Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica da USP, onde coordena o Laboratório de Gestão da Inovação.

Foto: http://bit.ly/14gVG4B

Confira a entrevista.

IHU On-Line - Nas últimas gestões governamentais, pelo menos desde a última década, o Brasil vem implementando políticas públicas de distribuição de renda e inclusão social. A atual política industrial brasileira converge com estas políticas sociais no sentido de fomentar um modelo de desenvolvimento mais inclusivo e sustentável?

Mário Salerno - A política industrial normalmente é concentradora. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA fez um trabalho utilizando as grandes bases de dados das cidades brasileiras, utilizando-se dos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, do Ministério do Trabalho etc, relacionando salário e inovação. Constataram que as empresas que inovam mais, pagam salários maiores. O diferencial salarial no Brasil é de 23%. Então, há algum indício de que as indústrias brasileiras que recebem políticas de apoio à inovação não seriam concentradoras de renda. Pelo contrário, elas poderiam ajudar no aumento salarial.

Entretanto, a política industrial não é distributiva por si só. Ela precisa de políticas complementares, porque é focada para gerar renda. Cabe a outras políticas ajudarem a desconcentrar e a distribuir a renda. A questão é que, sem uma política industrial forte, a geração de renda ficará comprometida.

IHU On-Line - Quais são as principais características da estrutura industrial brasileira?

Mário Salerno - As políticas industriais em geral tendem a concentrar renda. Foi assim com Getúlio Vargas, com Juscelino Kubitschek, com os planos nacionais de desenvolvimento dos militares etc.

A estrutura da indústria brasileira nasceu com Getúlio Vargas, mas foi moldada nos anos de Juscelino. Ele investiu em uma política explícita, muito acelerada e optou por atrair empresas multinacionais para o Brasil, as quais passaram a produzir seus produtos no país. Essa política trouxe para o Brasil um conjunto expressivo de indústrias, e a automobilística é a mais conhecida delas. Entretanto, essa política não trouxe o dinamismo do projeto do produto de pesquisa de desenvolvimento e de inovação dessas empresas para o país.

Hoje as principais cadeias de valor da indústria brasileira são dominadas por empresas multinacionais. Falamos muito do agronegócio, mas é nítido que as empresas de alimentação também são dominadas por empresas cujo centro decisório está no exterior. O problema disso é que, para aumentar a inovação, é preciso ter um centro de ciência e tecnologia no país, ter um centro de desenvolvimento do produto.

IHU On-Line - Em termos de políticas públicas, é possível apontar diferenças marcantes entre os governos da última década e as gestões anteriores no que se refere à inovação e à produção industriais?

Mário Salerno - Antes do governo Lula, o governo Sarney fez algumas tentativas mais fortes para incentivar a inovação da indústria. Ele sancionou a Lei 8661, que criou o Plano de Desenvolvimento Tecnológico Industrial e o Plano de Desenvolvimento Tecnológico Agropecuário, os quais davam incentivo fiscal para as empresas que investissem em projetos de pesquisa e desenvolvimento. A tentativa foi boa, porém o resultado não, porque, quando o Brasil “quebrou” por causa de uma das crises extremas da época, o governo criou o pacote 51, que cortava isenções de benefícios fiscais etc. Então, na prática, essa lei ficou inócua.

Depois, no final do segundo governo Fernando Henrique, quando o Ministério de Ciência e Tecnologia foi relativamente ativo, tentou-se fazer algumas ações para reverter o declínio do Fundo Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico, que financiava a ciência no Brasil. Porém, esse fundo estava sendo descapitalizado e perdendo valor. Então, durante a privatização, a equipe de desenvolvimento científica bolou o esquema dos fundos setoriais, para que tivesse possibilidade de manter um padrão de financiamento.

Posteriormente, com o governo Lula, vieram mudanças mais significativas, como a criação da lei de inovação e a recomposição dos investimentos da Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP. Então, hoje, tem um arcabouço para a inovação que é relativamente moderno se for comparado aos padrões de outros países.

IHU On-Line - Os impactos da inovação tecnológica na organização da produção e do trabalho têm gerado melhorias na vida das pessoas? Quais são os principais desafios neste sentido?

Mário Salerno - Essa discussão é muito difícil, porque se discute isso desde a revolução industrial na Inglaterra. Há várias vertentes quando o tema é inovação: a inovação mais nobre, que cria novas necessidades, como as empresas de softwares, que criam telefones celulares diferentes; mas também temos a inovação de processos, que economiza recursos de matéria-prima, de pessoal etc.

A economia cresce por aumento de produtividade. E aumentar a produtividade significa produzir menos com o mesmo recurso. Desse ponto de vista, a indústria independe de uma política de inovação. Você pode não ter uma política de inovação, mas as empresas vão importando equipamentos mais modernos para disputar no mercado. Então, mesmo sem uma política de inovação, é possível ter problemas de incorporação de progressos técnicos e de inovação tecnológicas que foram projetadas e produzidas em outros lugares.

Décadas atrás, o sistema bancário foi muito automatizado. Quando isso aconteceu, estava havendo uma expansão de emprego no país e, principalmente, no setor de serviços, mas gerou uma redução drástica do emprego bancário. Então, tem um conjunto de mediações que precisariam ser feitas para definir o impacto.

IHU On-Line - O Estado brasileiro cumpre seu papel de indutor da inovação tecnológica e de distribuidor da riqueza gerada? Que entraves podem ser constatados neste aspecto?

Mário Salerno - São duas políticas diferentes e independentes. É possível ter uma política de inovação sem ter uma política redistributiva. Também é possível ter uma política de inovação e ter uma política redistributiva.

No Brasil, existem as duas. Tem uma política de inovação que, em minha opinião, poderia ser mais intensa, e tem uma política redistributiva clara. Elas são independentes. Uma política de inovação é uma política de longo prazo, e a redistributiva é de curto prazo.

O Brasil é hoje um dos poucos países do mundo que cresce segundo a renda. Na Europa, a renda está regredindo. A situação brasileira é muito ruim, mas há distribuição de renda com programas como o Bolsa Família, política de salário mínimo etc. É quase impossível casar a política de inovação com a política de distribuição de renda.

IHU On-Line - Quais são os impactos possíveis e desejados sobre a estrutura industrial brasileira de conceitos e práticas como os da economia verde e da economia criativa?

Mário Salerno - O impacto que vai ter na economia brasileira está para ser visto. Há muitos países que estão bem mais a frente do Brasil, como o Japão, a Alemanha, os quais estão lançando um conjunto de produtos com um apelo ambiental, mas ninguém diz o que vai ser feito com as baterias, que são altamente poluentes. Enfim, genericamente falando, os países que se engajam em uma corrida para avançar e inovar em termos de produtos mais sustentáveis, com um apelo mais verde, tendem a ganhar e começar a criar hegemonias para liderar essas cadeias de valor que vão sendo criadas com esses novos produtos e setores.

A economia criativa é mais complicada, porque é mais polêmico o impacto que possa vir a ter. Muitas das atividades da economia criativa passam ao largo do aparelho estatístico, mas é quase consenso que um conjunto de atividades ligado à economia criativa aumentou muito de tamanho e tende a aumentar ainda mais. São dois conjuntos de atividades que tendem a ter maior peso na geração de riqueza para o futuro.

Veja também:

  • A política social brasileira e o estado de bem-estar
  • O trabalho mediado pelas inovações tecnológicas. Impactos e desafios
  • Catadores. Modelo prevê R$ 70 milhões para inovação tecnológica

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