Papa Leão recebe vítimas de abuso sexual do clero: "Nos sentimos ouvidos"

Foto: Vatican Media

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21 Outubro 2025

A audiência com a associação internacional Ending Clergy Abuse é a primeira de seu pontificado. Prevost já havia dito: "O abuso deve ser enfrentado, não ignorado."

A informação é de Iacopo Scaramuzzi, publicada por La Repubblica, 20-10-2025.

O Papa Leão XIV recebeu pela primeira vez durante seu pontificado algumas vítimas de abusos sexuais cometidos por padres.

Prevost recebeu por uma hora a associação internacional Ending Clergy Abuse (ECA Global), que reúne vítimas e sobreviventes de três países diferentes. Seis vítimas estiveram presentes na audiência e relataram que "se sentiram ouvidas".

“Sentimo-nos ouvidos” "Esta foi uma conversa profundamente significativa", disse Gemma Hickey, presidente do conselho da organização e também uma vítima canadense de abuso clerical. "Ela reflete um compromisso compartilhado com a justiça, a cura e a mudança real. Os sobreviventes há muito buscam um lugar à mesa, e hoje nos sentimos ouvidos."

Ending Clergy Abuse escreveu uma carta ao novo Papa solicitando uma audiência, e Prevost aceitou.

Os precedentes de Prevost O Papa Leão XIV se manifestou repetidamente contra o abuso sexual de menores por clérigos ("O abuso deve ser abordado, não varrido para debaixo do tapete"), agradecendo aos jornalistas que trouxeram o escândalo à tona. Como bispo no Peru e chefe da comissão antiabuso da Conferência Episcopal Peruana, ele participou ativamente do desmantelamento da Congregação da Vida Cristã, uma organização católica conservadora que cometeu inúmeros abusos sexuais e de consciência. Há poucos dias, a Pontifícia Comissão para a Proteção de Menores publicou um relatório anual no qual, entre outras coisas, observou a "resistência cultural" na Itália à denúncia de abusos.

A questão dos “adultos vulneráveis” "Viemos não apenas para expressar nossas preocupações, mas também para explorar como poderíamos trabalhar juntos para garantir a proteção de crianças e adultos vulneráveis ​​em todo o mundo", disse Janet Aguti, vice-presidente do conselho de administração da filial de Uganda da associação. "Acreditamos que a colaboração é possível e necessária."

"A Igreja tem a responsabilidade moral de apoiar os sobreviventes e prevenir danos futuros", acrescentou Tim Law, cofundador e membro do conselho da seção americana. "Nosso objetivo não é o confronto, mas a responsabilização, a transparência e a disposição de trabalhar juntos em busca de soluções."

“Um passo em direção à verdade” Durante a reunião, a ECA Global compartilhou sua Iniciativa de Tolerância Zero, enfatizando a importância de padrões globais consistentes e políticas focadas nas sobreviventes. "Como sobrevivente de uma escola residencial, carrego o fardo do trauma intergeracional causado por instituições que deveriam nos proteger. A reunião de hoje é mais um passo em direção à verdade e à reconciliação", disse Evelyn Korkmaz, cofundadora e membro do conselho da associação, que também sofreu abuso no Canadá.

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