Hegseth dá as boas-vindas aos generais: "Preparem-se para a guerra, não para a defesa"

Foto: 4x6/Canva

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01 Outubro 2025

No comício da liderança militar na Virgínia: "Vamos reverter décadas de declínio 'woke'. Chega de barbas longas e oficiais gordos".

A reportagem é de Paolo Mastrolilli, publicada por La Repubblica, 30-09-2025.

A era do politicamente correto nas Forças Armadas americanas acabou. Agora, precisamos "nos preparar para lutar e vencer a guerra" para evitá-la. Essa foi a mensagem enviada pelo chefe do Pentágono, Pete Hegseth, aos generais americanos em uma reunião de emergência em Quantico, onde o presidente Trump também discursou. Hegseth ordenou uma revolução na política interna e na cultura das Forças Armadas, em vez de uma nova direção estratégica, após renomear o próprio ministério, que se tornou Departamento de Guerra. Mas, justamente no cerne da nova estratégia nacional, segundo o Washington Post, os líderes militares têm dúvidas sobre as escolhas do governo.

"Nosso trabalho é nos preparar para a guerra e vencê-la", após "décadas de declínio" causadas por políticas de diversidade e inclusão. "Nos tornamos o departamento "consciente", mas não mais". Hegseth disse que "a era da liderança politicamente correta, hipersensível e sem ofensas acabou". O governo Trump quer a aplicação "implacável, imparcial e sensata" dos padrões. A nova "regra de ouro" é tratar sua unidade como você trataria a unidade do seu filho. Você o gostaria servindo com tropas obesas, inaptas ou mal treinadas? Ou com pessoas que não atendem aos padrões básicos? Ou em uma unidade onde os padrões foram rebaixados para permitir que certos tipos de soldados tenham sucesso? Em uma unidade onde os líderes foram promovidos por razões que não são mérito, desempenho e experiência em combate? A resposta não é simplesmente não, é absolutamente não". Ele então acrescentou algumas diretrizes estéticas: "Chega de barbas, cabelos longos e expressão pessoal superficial. Será necessário cortar o cabelo, raspar a barba e aderir aos padrões". Não é possível ter "um exército cheio de pagãos nórdicos".

A questão também diz respeito ao papel das mulheres nas forças armadas: "Se alguém não consegue atingir os padrões físicos masculinos para o combate, não consegue passar em um teste, é hora de procurar uma nova posição ou uma nova profissão".

A cruzada política contra a cultura woke talvez tenha sido o principal objetivo de Hegseth desde o início de seu mandato, mas os generais que ele reuniu estão especialmente preocupados com a nova estratégia nacional que está sendo desenvolvida pelo Pentágono e pelo Departamento de Estado, de acordo com o Washington Post. Entre os céticos está até Dan Caine, chefe do Estado-Maior Conjunto, que afirma que o plano é "miopia e potencialmente irrelevante, dada a abordagem altamente pessoal e, às vezes, contraditória de Donald Trump à política externa". As críticas se concentram, em particular, na ênfase dada às ameaças internas, enquanto a China continua a fortalecer seu poderio militar, e na redução da presença americana na Europa e na África.

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