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Gregos e cristãos entre pecado e redenção. Artigo de Piero Boitani

Foto: _Marros/Pixabay

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18 Setembro 2025

"A tese central de Moeller é que, enquanto os gregos elaboraram uma 'sabedoria' incapaz de superar as ambiguidades e os conflitos de sua própria imaginação, os cristãos, explorando o paradoxo da loucura inaugurado por Paulo, enfrentaram plenamente o problema do mal e do sofrimento, representando-os nas obras de Shakespeare, Dostoievski e Dante".

O artigo é de Piero Boitani, literato italiano e professor emérito de Literatura Comparada da Universidade de Roma La Sapienza, publicado em Il Sole 24 Ore, 14-09-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo. 

A editora Morcelliana publica pela enésima vez um clássico (Saggezza greca e paradosso cristiano [Sabedoria grega e paradoxo cristão], 288 páginas, € 22) que nunca perdeu interesse: publicado em 1948 (a editora poderia ter aproveitado a oportunidade para atualizar as traduções, muitas das quais são francamente indigestas hoje), é a obra-prima de um padre belga, dedicada às diferenças entre a literatura grega e a cristã, um volume inspirado na famosa frase de Tertuliano, “Que tem Atenas a ver com Jerusalém”, retomado por Lev Shestov em Atenas e Jerusalém e por Sergei Averintsev com o mesmo título. Moeller posteriormente estendeu sua abordagem à literatura moderna com os seis volumes de Littérature du XXe Siècle et Christianisme.

Reprodução da capa de Saggezza greca e paradosso cristiano (Foto: Ed. Morcelliana)

O que, realmente, Atenas, ou pelo menos Roma, e Jerusalém têm a ver uma com a outra? Digo Roma porque o livro se abre com quatro monumentos da Roma cristã primitiva, as basílicas de Santa Maria Maggiore, Santa Sabina, São João e São Paulo e São Clemente, que parecem reproduzir em si a harmonia "humanística" dos templos gregos. Roma, sempre excluída das comparações diretas entre judaísmo e civilização grega, é então o lugar onde, certamente não sem conflitos iniciais, as duas culturas se entrelaçam numa nova síntese. A tese central de Moeller é que, enquanto os gregos elaboraram uma "sabedoria" incapaz de superar as ambiguidades e os conflitos de sua própria imaginação, os cristãos, explorando o paradoxo da loucura inaugurado por Paulo ("Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias"), enfrentaram plenamente o problema do mal e do sofrimento, representando-os nas obras de Shakespeare, Dostoievski e Dante.

A princípio, devo dizer, parece cometer alguns descuidos, em parte porque não pôde ler "Os Gregos e o Irracional", de Dodds, publicado apenas em 1951, em parte porque usa "pecado" igualmente para gregos e cristãos, enquanto sabe-se que a palavra hamartia, que no grego do Novo Testamento significa "pecado", no grego clássico significa "erro". Basta ler Il dannato e l’eletto, de Friedrich Ohly para perceber a diferença. Édipo é culpado de parricídio e incesto, mas não é pecador, visto que as ações que o levam à culpa não são determinadas por sua consciência e vontade, mas pelo destino. Édipo comete erros que demonstram a falibilidade humana, mas não é pecador como Judas.

Judeus e cristãos acreditam em um "pecado original", os gregos têm Prometeu que rouba o fogo, mas Prometeu é um semideus, que dá o fogo aos homens para libertá-los de sua selvageria. Os gregos atribuem aos deuses a responsabilidade pelos males que afligem o mundo. Assim, Príamo fala a Helena na Ilíada III, a respeito da guerra causada por sua beleza e adultério: "Você não é responsável por mim, os deuses são". Da mesma forma, ainda mais clamorosa, Alcíno diz a Odisseu, quando o vê chorando ao ouvir a canção do aedo sobre a Guerra de Troia: "Os deuses lhe deram um bem e um mal, era dono de um belo canto". Esses versos são extraordinariamente paradoxais, fato não acaso várias vezes observado por Borges, pois atribuem uma culpa às divindades com propósitos até mesmo estético-poéticos.

Mas os versos contrariados pelo próprio Zeus no início da Odisseia, quando, mencionando o caso de Egisto, declara na assembleia no Olimpo: "Meus caros, os homens costumam incriminar os deuses. De nós, dizem, vêm os males. Não consideram que eles padecem aflições causadas por desmandos próprios." A teologia moral e a teodiceia de Homero são complexas.

No entanto, apesar dessa presbiopia, Moeller tem algumas páginas penetrantes sobre a épica homérica, é em sua leitura dos trágicos que sua perspicácia apaixonada mais brilha, como quando examina o Agamenon de Ésquilo, definindo-o como "drama da angústia diante de uma presença secreta e maléfica... uma força do mal que espreita pelas menores brechas", ou quando fala de Orestes, Hipólito e Fedra, da hybris, do "crime de desespero", de Medeia e sua "paixão pelo assassinato" e, acima de tudo, usando as Bacantes, de "pecado no espírito dos deuses". De fato, dessa forma ele realiza uma grande recuperação, concluindo com o coro final desconsolado das Coéforas de Ésquilo: "Na casa real / essa é a terceira tempestade que assola a estirpe. Agora tudo está consumado. / Uma refeição com as carnes dos filhos, assim começaram / as miseráveis desventuras (de Tiestes). / Então veio o tormento de um homem, o rei: / esfaqueado no banho, morreu o líder dos aqueus. / Agora finalmente chega a terceira... deveria dizer salvação ou ruína? / Quando isso acabará, quando diminuirá, / e a fúria de Atena se aplacará?"

Agora, tomemos o dramaturgo moderno por excelência, Shakespeare, que apresenta, em Troilo e Créssida, um Aquiles degenerado, que reivindica a vitória no duelo com Heitor após ter incitado seus homens a matá-lo. Ao mesmo tempo, Shakespeare inventa heróis totais do mal: Edmundo no Rei Lear; Cláudio no Hamlet; Ricardo III de Macbeth, talvez superado apenas por sua esposa; por fim, Iago, a Serpente do Otelo. Todos são pecadores, ninguém se arrepende. Mas há as vítimas, a misericórdia em O Mercador de Veneza e, citando diretamente o Evangelho, a justiça em Medida por Medida: junto com Edmundo, há Edgar, que o mata no duelo final; e há o pai de ambos, Gloucester, e Cordélia e Lear, Jó reencarnado, as vítimas que assumem o mistério das coisas como se fossem "espiões de Deus". Há uma esperança de salvação, como testemunham as luminosas figuras femininas dos dramas românticos — Marina e Taissa, Imogen, Hermione e Perdita, Miranda — prefigurando o que chamei de O Evangelho segundo Shakespeare. O mesmo pode ser dito de Dostoievski, cuja penetração nos mistérios do sofrimento e do mal é de uma profundidade sem igual: Stavróguin, sim, mas ao lado dele O Idiota, o Príncipe Míchkin, que proclama que a beleza salvará o mundo; Smerdyakov, em Os Irmãos Karamazov, mas também Aliócha, e o beijo silencioso de Jesus nos lábios exangues do Grande Inquisidor.

Pecado, sofrimento, mansidão, misericórdia, redenção. É o novo mundo cristão que, passando pelos três reinos de Dante, dá cumprimento ao antigo "justo sofredor" com o escândalo da Cruz.

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