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Portugal. A ascensão do Chega e a crise da democracia dos cravos

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23 Mai 2025

Pela primeira vez, nestas eleições, a soma de centro-esquerda e centro-direita não alcança dois terços do Parlamento. Um reflexo a mais da erosão da democracia portuguesa nascida dos cravos.

A informação é de Miguel Urbán Crespo, publicada por El Salto, 22-05-2025. 

Neste domingo foram realizadas as segundas eleições legislativas portuguesas em pouco mais de um ano, dando origem ao parlamento mais inclinado à direita desde a conquista da democracia. Embora não pareça que essa repetição precoce das eleições vá oferecer cenários estáveis de governabilidade para a crise que, em novembro de 2023, derrubou António Costa e seu governo — um dos poucos em que os socialistas ainda governavam com maioria absoluta —, Portugal entrou desde então em uma espiral de instabilidade política, cujo último episódio foi registrado no domingo passado, com a antecipação eleitoral provocada pela controvérsia em torno do primeiro-ministro, Luís Montenegro, devido à sua decisão de manter ativa a empresa da família, Spinumviva, após assumir o cargo em abril do ano passado.

O resultado eleitoral aprofunda as tendências já evidenciadas há um ano, quando os socialistas perderam o poder para a direita conservadora da Aliança Democrática (AD). Apesar da antecipação das eleições e do escândalo que envolveu Montenegro, a AD melhora seus resultados às custas do Partido Socialista, que pode até perder a segunda colocação em número de assentos após a contagem dos votos do exterior. A esquerda desmorona, ficando quase sem representação, enquanto a ultradireita do Chega, apesar de suas múltiplas polêmicas, emerge como a grande beneficiada da crescente crise de legitimidade do sistema político português.

De fato, pode-se afirmar que, mais uma vez, o grande vencedor da antecipação eleitoral foi André Ventura, líder do partido de ultradireita Chega (que significa "basta"). Ventura obteve 22,56% dos votos, tornando-se a terceira força política e alcançando seus melhores resultados desde sua entrada no Parlamento em 2019, quando obteve apenas 1,3%. E esses números ainda podem melhorar após a contagem dos votos do exterior: se a tendência das eleições do ano passado se mantiver, o partido se tornará a segunda força parlamentar, e Ventura, o líder da oposição — como ele mesmo se proclamou na noite da eleição. Uma ascensão meteórica para uma formação de extrema direita que, desde a Revolução dos Cravos de 1974 — que pôs fim à ditadura militar de António de Oliveira Salazar —, mal havia tido presença na vida pública portuguesa. Uma situação que, sem dúvida, mudará a partir de agora: o Chega está em posição de desempenhar um papel mais do que relevante nos próximos anos.

No início da década de 1970, a maioria dos europeus acreditava que o renascimento das organizações de ultradireita ocorreria a partir dos escombros das ditaduras mediterrâneas (Portugal, Grécia e Espanha). O tempo demonstrou o contrário. Com exceção do caso particular da Grécia, tanto em Portugal quanto na Espanha, as opções partidárias de extrema direita haviam obtido, até agora, alguns dos piores resultados do continente. Foi apenas em 2019 que, em ambos os países, a ultradireita conseguiu representação autônoma em seus respectivos parlamentos. A internacional reacionária que sacode meio mundo, especialmente a Europa, finalmente chegava à Península Ibérica com alguns anos de atraso em relação aos seus homólogos continentais.

O Chega foi fundado nesse mesmo 2019, sob a liderança de André Ventura, um político ultraconservador que se tornou conhecido como comentarista esportivo na televisão. Um projeto personalista, cuja base ideológica combina referências religiosas com posições políticas extremas: Ventura chegou a afirmar que Deus lhe confiou a missão de transformar Portugal. “Eu acredito que Deus me colocou neste lugar, neste momento.” Ganhou notoriedade política como candidato do Partido Social-Democrata (PSD) à prefeitura de Loures (periferia de Lisboa), onde centrou sua campanha em ataques xenófobos e na estigmatização da comunidade romani do município.

Assim como o Vox, seu homólogo espanhol, o Chega nasceu como uma dissidência da direita tradicional — neste caso, do PSD. Seu nome vem do movimento interno que Ventura liderou dentro do partido, em oposição ao então líder Rui Rio, a quem acusava de moderado (“Chega de Rui Rio”). Seu sucesso, o mais vertiginoso da história democrática portuguesa, consolidou-se como expressão local da onda reacionária global, sustentado em propostas e declarações abertamente racistas e polêmicas. Algumas delas incluem a castração química para agressores sexuais, o confinamento específico da população cigana durante a pandemia, ataques aos beneficiários de auxílios sociais e discursos anti-imigração, antifeministas e anti-LGBTQIA+, além da difusão de teorias conspiratórias como a do “grande substituição”.

Um dos pilares centrais de seu discurso é o combate à corrupção. O programa do Chega inclui um pacote de propostas que prevê a tipificação do enriquecimento ilícito como crime, reformas no sistema de embargo e confisco de bens derivados de crimes econômicos e financeiros, além de modificações para agilizar a Justiça. Seu lema de campanha em 2024 — “Limpar Portugal” — não deixava dúvidas, com cartazes que apontavam os políticos socialistas como o inimigo a ser erradicado. A sucessão de escândalos de corrupção — desde o protagonizado pelo ex-presidente José Sócrates até o que provocou a queda de António Costa — alimentou o voto de protesto que impulsiona a ascensão do Chega.

Apesar das constantes disputas internas — próprias de um partido personalista, com pouca estrutura, fraca implantação territorial e escândalos frequentes entre seus dirigentes (de furtos em aeroportos e condução sob efeito de álcool a casos de abuso sexual de menores) —, seu discurso ultraconservador conseguiu evitar o desgaste. A guinada trumpista de Ventura, com o aumento dos ataques à imigração, especialmente a proveniente da Índia e do Paquistão, e a defesa de deportações em massa, permitiu-lhe redirecionar a indignação popular para os de baixo, blindando assim sua marca eleitoral dos sucessivos escândalos.

Na verdade, o combustível eleitoral do Chega é o profundo mal-estar de uma cidadania golpeada pela perda de poder de compra, pela escalada de preços — especialmente dos alimentos — e por uma crise imobiliária galopante. É uma expressão política de protesto diante das promessas não cumpridas pelos sucessivos governos, especialmente desde a crise de 2008 e o progressivo desgaste do já precário Estado de bem-estar português. Pela primeira vez, nestas eleições, a soma entre centro-esquerda e centro-direita não alcança dois terços do Parlamento. Um reflexo a mais da erosão da democracia portuguesa nascida dos cravos.

Nesse contexto, o Chega intensificou seu ataque à “classe política parasitária” que — segundo Ventura — governou o país durante meio século, “enriquecendo-se enquanto empobrece o povo, que já não consegue pagar luz, gás, combustível nem moradia”. Assim, o líder de ultradireita trocou o lema anticorrupção “Limpar Portugal” por “Salvar Portugal”, com ressonâncias tanto trumpistas quanto salazaristas, apelando aos medos de uma classe média empobrecida. Ventura se apresenta como porta-voz desse “Portugal de baixo” que já não consegue chegar ao fim do mês.

Ainda não está claro se Luís Montenegro cumprirá sua promessa de não pactuar com o Chega ou se, finalmente, seguirá o caminho de seu homólogo espanhol (PP) e firmará acordos com a extrema direita em troca de estabilidade. O que parece certo é que o Chega, entre ou não no governo, condicionará boa parte da agenda pública portuguesa no próximo período.

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