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27 Fevereiro 2025

"Enfim, a união e o entrosamento dos Povos nas lutas por terra, território e por todos os direitos é o que garantirá que a humanidade tenha futuro", escreve Frei Gilvander Moreira, 25-02-2025.

Gilvander Moreira é frei e padre da Ordem dos carmelitas; doutor em educação pela FAE/UFMG; licenciado e bacharel em filosofia pela UFPR; bacharel em teologia pelo ITESP/SP; mestre em exegese bíblica pelo Pontifício Instituto Bíblico, em Roma, Itália; agente e assessor da CPT/MG, assessor do CEBI e Ocupações Urbanas; professor de Teologia Bíblica no Serviço de Animação Bíblica – SAB, em Belo Horizonte.

Eis o artigo.

No último fim de semana de fevereiro de 2025, foi maravilhoso ver Sem-Terra do MST [1], Indígenas de vários Povos e Negros conspirando em comunhão na luta por terra, território e por muitos direitos. Dia 22 de fevereiro, estivemos em missão no Quilombo Campo Grande, do MST, no sul de Minas Gerais, no município de Campo do Meio, onde mais de 500 famílias Sem-Terra, em onze acampamentos [2], há 27 anos, lutam aguerridamente pela conquista das terras da ex-usina Ariadnópolis, 3.900 hectares.

Já sofreram onze despejos, mas sempre foram acolhidos no Assentamento Primeiro do Sul, ao lado do latifúndio da ex-usina Ariadnópolis, no Assentamento Santo Dias, no município de Guapé e no Assentamento Nova Conquista II, os três Assentamentos do MST no sul de MG. Sem nunca perder a esperança de conquistar a terra, sempre após os cruéis despejos, os Sem-Terra se reorganizavam e voltavam a reocupar o latifúndio que já foi palco de devastadora monocultura de cana-de-açúcar, de trabalho escravo contemporâneo e de violações dos direitos humanos. Após falência da Usina Ariadnópolis, em 1996, milhares de trabalhadores ficaram sem o pagamento de seus salários e com seus direitos trabalhistas violados. Ocupar as terras da Ariadnópolis se tornou uma questão de justiça agrária, trabalhista e social. A luta contra o trabalho escravo no sul de Minas Gerais desaguou na luta pela terra com a ocupação do latifúndio da ex-usina Ariadnópolis.

Que beleza ver mais uma vez com nossos olhos como na prática os onze acampamentos que constituem o Quilombo Campo Grande já são assentamentos construídos na raça, em luta coletiva, enfrentando o Estado brasileiro, o agronegócio e latifundiários, pois as famílias seguem unidas e organizadas, produzindo alimentos saudáveis: feijão, milho, mandioca, hortaliças e mais de 17 mil sacas de café por ano. E se construindo como pessoas humanas, socialistas, libertadas da ideologia dominante. Há doze anos o MST funciona a Cooperativa Camponesa que incentiva e promove uma significativa produção agroecológica, como o Café Guaií agroecológico, que é vendido nos Armazéns do Campo, do MST, em muitas capitais do Brasil. Em horta comunitária, o Grupo Mulheres Raízes da Terra produz ervas medicinais, pomada milagrosa e remédios fitoterápicos imprescindíveis para ajudar as pessoas a resgatar a saúde com terapias naturais. Em viveiro coletivo dezenas de espécies de mudas de árvores do Cerrado e da Mata Atlântica e frutíferas são produzidas alavancando processos de agrofloresta, ou seja, produção de alimentos em harmonia com a natureza. Tudo isso no paradigma da agroecologia.

Emocionante também foi ver que onde a tropa de choque da polícia militar do Governador Zema, durante a pandemia da covid-19, em três dias e três noites, disseminou o terror, ao prender Sem-Terra, demolir 14 casas e destruir a Escola Eduardo Galeano, agora a Escola Agroecológica Eduardo Galeano está sendo reconstruída e já funcionando como filial de uma escola municipal de Campo do Meio. Marcante também foi ouvir o atual prefeito de Campo do Meio elogiar o MST e mostrar o tanto que as famílias Sem-Terra contribuem com a cidade de Campo do Meio e com a região sul de Minas Gerais.

No entanto, as famílias do Quilombo Campo Grande estão indignadas porque nem o Governo de Minas Gerais e nem o Presidente Lula ainda assinou o Decreto de desapropriação definitiva das terras ocupadas há 27 anos. De forma uníssona, ouvimos o clamor: “Não esperaremos mais além de março. Que o presidente Lula tenha a coragem e a sensatez de assinar sem tardar mais o Decreto que já está na mesa do presidente para ser assinado, para assentar definitivamente as quase quinhentas famílias Sem-Terra nas terras da ex-usina Ariadnópolis. Após este Decreto, as famílias poderão acessar vários créditos da Política de Reforma Agrária do Governo Federal.”

Dia 23 de fevereiro, na Aldeia Arapowanã Kakyá, do Povo Indígena Xukuru-Kariri, na fazenda Bruma, em Brumadinho, MG, participamos da celebração dos três anos de Retomada do Território. Dia-a-dia, o Povo Xukuru-Kariri segue se enraizando, florescendo e já colhendo frutos no Território que continua sendo disputado judicialmente pela mineradora Vale S/A. Em 25 famílias, com cinco crianças nascidas na aldeia, com Escola Indígena filial de uma Escola Estadual da cidade de Brumadinho, os Xukuru-Kariri seguem cultivando a terra, plantando hortas comunitárias, fazendo agrofloresta, cuidando das matas e das águas, produzindo lindas peças de artesanato indígena e exigindo que a criminosa reincidente Vale S/A libere pelo menos 165 hectares de território para a Aldeia, o mínimo necessário para comunidade indígena Xukuru-Kariri viver em paz. A Rede de Apoio aos Xukuru-Kariri se ampliou muito. Os povos indígenas Kamakã Mongoió, Puri, Pataxó e os Kaxixó estavam presentes na festa de celebração dos três anos de Retomada, também professores e estudantes de várias universidades, CIMI [3], CPT [4], e aliados/as, de perto e até do México e da Guatemala.

Com o Povo Xukuru-Kariri na celebração dos três anos de luta pelo território, estava também uma representação do povo negro organizado, que sob a liderança de dois mestres de capoeira, partilhou axé, energia de vida, tocou o berimbau, cantou e dançou Capoeira alegrando a todos/as e revelando a presença da ancestralidade e dos bons espíritos que nos guiam. Toca no mais profundo do nosso ser uma roda de Capoeira jogando e cantando: “Abençoa esta aldeia e todo o povo presente... na roda de Capoeira. Abolição custou sangue. Viva Zumbi que foi herói lá em Palmares. O negro se transformou em luta cansado de ser infeliz...” E ver na camiseta a inscrição: “Sou capoeira. Quando o berimbau me chama eu vou...” “A Capoeira foi e continuará sempre sendo resistência a vários tipos de escravidão. Repudiamos a intolerância religiosa que ataca impiedosamente nossos espaços sagrados violando nossa espiritualidade”, disse um veterano mestre de capoeira.

Enfim, a união e o entrosamento dos Povos nas lutas por terra, território e por todos os direitos é o que garantirá que a humanidade tenha futuro. Feliz quem se torna aprendiz dos Povos Indígenas, do Povo Negro e dos Sem-Terra que testemunham pelo seu jeito de lutar o caminho para a construção de uma sociedade justa economicamente, democrática politicamente, socialmente solidária e com responsabilidade socioambiental e geracional. Gratidão aos Povos que caminham coletivamente, esperançando, verdadeiramente, com resiliência, resistência e união! Só assim para alcançar a "terra prometida", direito de todos e todas. 
Viva a luta justa e necessária dos Povos por terra, território e todos seus direitos! 

Notas

[1] Movimento dos Trabalhaores/as Rurais Sem-Terra 

[2] Os 11 acampamentos que constituem o Quilombo Campo Grande são: Tiradentes, Vitória da Conquista, Rosa Luxemburgo, Sidney Dias, Girassol, Fome Zero, Resistência, Betim, Chico Mendes, Irmã Dorothy e Campos das Flores.

[3] Conselho Indigenista Missionário (CIMI) 

[4] Comissão Pastoral da Terra (CPT) 

1 - MST no Sul de MG, Quilombo Campo Grande: 11 acampamentos, + de 500 famílias, 17.000 sacos de café/ano

2 - Três anos da Retomada Xukuru-Kariri, Brumadinho/M: Festa, 25 famílias, Escola e Território no anzol

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