13 Janeiro 2025
A Basílica de São Bartolomeu na Ilha, memorial dos “Novos Mártires” por vontade de São João Paulo II, receberá duas preciosas memórias da irmã Dorothy Stang, religiosa estadunidense da Congregação de Nossa Senhora de Namur assassinada, em Anapu, no Estado do Pará, em 2005. Trata-se de um punhado de terra da Amazônia proveniente do local do assassinato e uma camisa usada pela religiosa, cuja figura foi lembrada no recente Sínodo para a Amazônia.
A informação é publicada por Vatican News, 09-01-024.
A Comunidade de Santo Egídio realiza na sexta-feira, 10 de janeiro, uma vigília de oração em memória da irmã Dorothy Stang, na Basílica de São Bartolomeu na Ilha Tiberina, em Roma.
Na ocasião, a Basílica de São Bartolomeu na Ilha, memorial dos “Novos Mártires” por vontade de São João Paulo II, receberá duas preciosas memórias da irmã Dorothy Stang, religiosa estadunidense da Congregação de Nossa Senhora de Namur assassinada, em Anapu, no Estado do Pará, em 2005. Trata-se de um punhado de terra da Amazônia proveniente do local do assassinato e uma camisa usada pela religiosa, cuja figura foi lembrada no recente Sínodo para a Amazônia.
No Brasil desde 1966, irmã Dorothy, como era conhecida por todos, promoveu a construção de escolas, fundou um sindicato de agricultores e ensinou aos indígenas técnicas de agricultura sustentável, fazendo-os entender a importância de lutar por seus direitos.
O seu trabalho em defesa dos pobres e seu compromisso corajoso contra o desmatamento levaram a irmã Dorothy a desafiar proprietários de terras e grupos empresariais sem escrúpulos, dedicados à abertura de novas plantações para agricultura intensiva e ao comércio de madeira. Ameaçada diversas vezes, ela declarou: "Não fugirei e não abandonarei a luta desses camponeses que não têm proteção, no meio da floresta. Eles têm o direito sacrossanto a uma vida melhor, numa terra onde possam viver e produzir com dignidade, sem devastar o meio ambiente." Em 12 de fevereiro de 2005, a irmã Dorothy foi assassinada com seis tiros.
A vigília, que será presidida por dom Fabio Fabene, arcebispo e secretário do Dicastério para as Causas dos Santos, contará com a presença de alguns familiares da irmã Dorothy, com a presença da irmã Mary Johnson, membro do Conselho Geral da Congregação de Nossa Senhora de Namur, de algumas irmãs, do monsenhor Marco Gnavi, secretário da Comissão dos Novos Mártires, instituída pelo Papa Francisco em vista do Jubileu de 2025, e de muitos jovens da Comunidade de Santo Egídio, que todas as noites animam a oração na basílica.
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