“A brincadeira do Roberto Campos em aumentar a Selic equivale a um ano de emendas”, diz parlamentar

Roberto Campos Neto | Foto: Vinicius Loures / Câmara dos Deputados / FotosPúblicas

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16 Dezembro 2024

Luiz Hauly criticou ainda o sistema tributário brasileiro, descrevendo-o como "o mais iníquo, injusto, caótico e canalha do mundo"

A reportagem é de Camila Bezerra, publicada por Jornal GGN, 15-12-2024.

O programa TVGGN 20H da última sexta-feira (13) contou com a participação do deputado federal Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR), para falar sobre o aumento da taxa Selic estipulada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) na última quarta-feira (11).

Na ocasião, o Copom decidiu elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, surpreendendo até mesmo o mercado, cuja expectativa era de que a alta não passasse de 0,75 ponto percentual.

Defensor das emendas parlamentares, o deputado federal garante que o boicote que atinge o governo Lula não vem da Câmara, mas que é preciso saber dialogar com o Congresso – coisa que Lula não está fazendo ao “tirar tudo” dos parlamentares.

“Claro que o Congresso, a essência são as emendas individuais, que já são emendas obrigatórias, e as de bancada e as regionais. Mas isso tudo dá menos do que 1% de juros ao ano, da taxa de juros primários. Toda brincadeira de todas as emendas dá 1% que a canetada do Campos Neto, vale por todas as emendas de um ano de todo o deputado que atende todos os municípios, 5.570 municípios e 27 unidades federadas”, pontuou o parlamentar.

Diante de um orçamento restrito, já comprometido com a previdência privada, saúde pública, assistência social e educação, a única alternativa que resta ao Brasil é crescer – tarefa difícil quando o sistema tributário é, nas palavras do entrevistado, “o mais iníquo, injusto, caótico e canalha do mundo”.

“Passamos a viver essa exploração da taxa de juros do Banco Central, e agora, independente do quê? Ele sai da mão do Estado para cair na mão da raposa? Que estão influenciando a imprensa como se fosse uma campanha política?”, aponta.

Na esperança de minimizar a situação, Luiz Hauly está arquivando todas as matérias econômicas dos últimos meses, a fim de enviá-las para o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e ao Ministério Público Federal.

“Para mim, tem crime contra a ordem econômica e contra a economia do Brasil. Não tenho dúvida nenhuma. No meu feeling, eu sinto a economia na pele. Claro, o governo do Lula não é um Brastemp, mas a economia está crescendo, está razoável. Estão lutando desesperadamente para controlar o déficit público”, continua o deputado.

Hauly comparou os indicadores do país aos de outras economias e demonstrou que o Brasil tem um desempenho econômico diferente do que é retratado pela mídia tradicional.

Ao longo da entrevista com o jornalista Luis Nassif, Hauly falou ainda sobre a reforma tributária. Veja o debate completo aqui:

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