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A crise ética e as reflexões de Byung-Chul Han. Artigo de Robson Ribeiro de Oliveira Castro Chaves

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10 Dezembro 2024

"A proposta de resgatar as virtudes, revalorizar os vínculos humanos e promover narrativas coletivas oferece um caminho para enfrentar a crise moral da modernidade", escreve Robson Ribeiro de Oliveira Castro Chaves, teólogo, filósofo e professor. Robson é formado em História, Filosofia e Teologia, áreas nas quais trabalha como professor em Juiz de Fora (MG).

Eis o artigo.

A cultura do emotivismo, delineada por Alasdair MacIntyre em Depois da Virtude (1981), representa uma característica marcante da sociedade contemporânea: a fragmentação dos juízos morais. Nessa perspectiva, afirmações éticas deixam de ser fundamentadas em critérios racionais ou objetivos, reduzindo-se à mera expressão de sentimentos ou preferências subjetivas. Essa redução evidencia um problema central da modernidade: a ausência de uma base comum para os valores éticos, resultando em relativismo e desagregação social.

No âmago do emotivismo, os juízos morais perdem qualquer pretensão de universalidade. Afirmações como "isso é certo" ou "isso é errado" não possuem um significado intrínseco, apenas refletem os gostos individuais de quem as profere. Esse subjetivismo fragmenta o tecido moral das sociedades e transforma o debate público em um campo de manipulação emocional, onde argumentos racionais são substituídos por retórica persuasiva. Assim, em vez de promover uma ética compartilhada, o emotivismo fomenta o individualismo e a competição por interesses particulares.

Byung-Chul Han, filósofo sul-coreano, apresenta sua análise ao discutir como a lógica neoliberal intensifica a crise ética contemporânea. Em sua obra A Sociedade do Cansaço, Han explora como o hiperindividualismo e a pressão por desempenho corroem os fundamentos éticos e relacionais da sociedade. Para ele, o ser humano moderno é condicionado a enxergar a si mesmo como um projeto em constante aperfeiçoamento, o que acentua a competitividade e a solidão. Essa busca incessante pelo sucesso pessoal enfraquece os vínculos comunitários e promove a instrumentalização das relações humanas. Assim como no emotivismo, a moralidade perde sua dimensão coletiva e se transforma em uma questão de conveniência individual.

Um aspecto relevante e essencial é compreender que a análise de Han ao aponta para a reflexão de como a sociedade contemporânea intensifica a crise ética por meio da lógica da performance e da hipertransparência. Para Han, vivemos em uma era onde o valor do ser humano é frequentemente reduzido à sua produtividade e visibilidade, sufocando as dimensões éticas e relacionais da existência. O imperativo de “mostrar-se” e de ser constantemente avaliado promove uma ética do sucesso individual que mina a possibilidade de vínculos autênticos e reflexões éticas profundas. Nesse contexto, as relações humanas são instrumentalizadas, e o espaço para a formação de caráter e virtudes é substituído pela busca incessante de resultados.

Além disso, Han critica o paradigma da hipertransparência, que reduz a complexidade das interações humanas à lógica da exposição e da performance. Esse fenômeno reflete uma sociedade que privilegia o visível e o mensurável, negligenciando valores como empatia, introspecção e compromisso ético. A educação, nesse contexto, é reduzida a um espaço de preparação para o mercado, reforçando o utilitarismo e esvaziando sua função ética e formadora.

As raízes históricas dessa crise moral, segundo MacIntyre e Han, estão na rejeição de tradições que ofereciam narrativas éticas consistentes e na adoção de uma racionalidade técnica que fragmenta o sentido da vida. O afastamento da teleologia – a ideia de que o ser humano tem um propósito ou fim natural – e a ascensão do neoliberalismo como paradigma dominante reforçam essa crise, tornando difícil articular um bem comum que ultrapasse as fronteiras do interesse individual.

As consequências dessa fragmentação são profundas. A ausência de um sentido coletivo de bem comum e a prevalência do individualismo exacerbado corroem os vínculos sociais. Além disso, a autoridade moral das instituições é constantemente contestada, dificultando a transmissão de valores éticos duradouros. Nesse contexto, a educação enfrenta desafios particularmente graves, uma vez que opera em um ambiente cultural marcado pelo subjetivismo, pela competitividade e pela superficialidade das relações humanas.

Destarte esse processo cultural tem sua origem na rejeição da tradição aristotélica e ao fracasso do Iluminismo em estabelecer um consenso moral universal. A modernidade afastou-se de concepções teleológicas do ser humano – a ideia de que os indivíduos possuem um propósito ou fim natural – e substituiu as narrativas religiosas por fundamentos supostamente racionais. Entretanto, como MacIntyre argumenta, essa tentativa resultou na erosão de uma visão ética integrada e na ascensão de um relativismo moral que reforça a crise contemporânea.

As consequências dessa fragmentação são profundas. A ausência de um sentido coletivo de bem comum e a prevalência do individualismo exacerbado corroem os vínculos sociais. Além disso, a autoridade moral das instituições é constantemente contestada, dificultando a transmissão de valores éticos duradouros. Nesse contexto, a educação enfrenta desafios particularmente graves, uma vez que opera em um ambiente cultural marcado pelo subjetivismo e pela instrumentalização das relações humanas.

Como alternativa, MacIntyre propõe um retorno a uma ética das virtudes, fundamentada na tradição narrativa e na busca do bem comum. Ele defende que as virtudes devem ser cultivadas em práticas sociais significativas, que conectem os indivíduos a uma visão compartilhada de humanidade e propósito. Byung-Chul Han complementa essa visão ao destacar a necessidade de resgatar valores como a contemplação, o cuidado e o cultivo de vínculos significativos, que resistam à lógica da produtividade e do imediatismo.

A relevância dessas críticas é evidente no cenário contemporâneo, onde os debates éticos são frequentemente polarizados e marcados pela instrumentalização emocional. A proposta de resgatar as virtudes, revalorizar os vínculos humanos e promover narrativas coletivas oferece um caminho para enfrentar a crise moral da modernidade. Apenas com uma base ética sólida, capaz de resistir às forças fragmentadoras da sociedade do desempenho, será possível promover uma educação e uma convivência social verdadeiramente humanas e transformadoras.

Leia mais

  • Os loucos e o homem justo. Resenha do novo livro de MacIntyre “Ética nos conflitos da modernidade”
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  • O poder, os valores morais e o intelectual. Entrevista com Michel Foucault
  • O vírus capitalista do cansaço incessante. Artigo de Byung-Chul Han
  • A ansiedade por resultados em 'A sociedade do cansaço', de Byung-Chul Han.
  • Sociedade do cansaço. Artigo de Luiz Marques
  • Byung-Chul Han: Sobre a esperança radical
  • Para Byung-Chul Han, vivemos em uma era “pós-narrativa”
  • Tudo o que é sólido se funde em informação. Entrevista com Byung-Chul Han
  • Artigo de Robson Ribeiro de Oliveira Castro Chaves
  • Ética para um novo humanismo. Artigo de Giannino Piana
  • “A ética? É cultivada como uma planta”

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