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Não é possível enfrentar a crise climática sem mudança de paradigma civilizatório. Artigo de Cândido Grzybowski

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06 Dezembro 2024

"O desenvolvimento não respeita os limites da vida e da natureza. É antropocêntrico, excludente e destruidor, ao mesmo tempo. A mudança climática é causada pelo desenvolvimento como paradigma dominante", escreve Cândido Grzybowski, doutor em Sociologia pela Sorbonne e ex-diretor do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas – Ibase, em artigo publicado por seu blog Sentidos e Rumos, 04-12-2024.

Eis o artigo.

Apesar da multiplicação de eventos climáticos extremos e devastadores pelo mundo, além do acumulado em termos de conhecimento científico de suas causas, não estamos conseguindo, como humanidade, enfrentar a mudança climática. Estamos caminhando para um beco sem saída, pois ainda não criamos as condições políticas para mudar profundamente a economia e o modo de vivermos. O problema é de ordem planetária, devido à interdependência como condição da integridade natural do funcionamento dos sistemas climáticos que regulam as condições de toda a vida na Terra. As responsabilidades dos povos, porém, são diferenciadas pelo acumulado ao longo da história. Mas os próprios territórios em que vivemos são diversos e exigem soluções também diversas, apesar de todos eles serem afetadas e nós juntos, de algum modo, pela mudança climática.

Desde a Conferência da ONU sobre o Desenvolvimento Sustentável, no Rio, em 1992, quando foi acordada a Convenção Sobre o Clima, já foram realizadas 29 COPs – Conferências das Partes. A próxima, em 2025, será realizada no Brasil, em Belém. Em todas, com dificuldades, se chega a algum acordo mas... são apenas uma espécie de compromisso de boa vontade dos países, não obrigações para mudar efetivamente. E as divergências maiores no interior das COPs são sobre o tamanho do financiamento para mitigação e adaptação nos países mais pobres por parte dos países desenvolvidos, que acumulam as maiores responsabilidades históricas pelas emissões de efeito climático. É uma agressão o fato que as últimas tenham sido realizadas em países produtores de petróleo, cujo consumo e emissão de co² na atmosfera é um dos maiores vilões da mudança climática. E quem tem petróleo quer extrair até a última gota em nome de seu direito. Mesmo o nosso Brasil, que quer se apresentar como líder no enfrentamento da mudança climática, não abre mão da exploração de petróleo para financiar o seu desenvolvimento.

Aqui chegamos ao ponto. O beco sem saída das negociações sobre mudança climática é o “mantra do desenvolvimento”[i], entendido como crescimento econômico e fundamental até para cuidar de gente e da natureza. Se voltarmos à ONU e as Conferências sobre Desenvolvimento Sustentável dá para entender o tamanho da confusão. Ainda mais que, em 2015, foram estabelecidos os 17 ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – como Agenda até 2030 para os países membros. O engodo do desenvolvimento sustentável é um mantra de caráter mundial e oficial. Sem dúvida os ODS expressam uma boa intenção política, mas não mudam a essência do desenvolvimento, que é a base de uma economia que funciona se atende aos interesses privados de acumulação capitalista a qualquer custo. Além de busca de acumulação privada, o desenvolvimento depende de exploração de trabalho, extrativismo sem limites, tecnologias predatórias e consumismo. Produz riqueza e, ao mesmo tempo, desigualdades, pobreza, fome e exclusões, além da mudança climática. Na sua origem, o desenvolvimento capitalista submeteu povos inteiros à exploração colonial, escravidão e destruição dos seus territórios. Foi e continua sendo patriarcal. O desenvolvimento não respeita os limites da vida e da natureza. É antropocêntrico, excludente e destruidor, ao mesmo tempo. A mudança climática é causada pelo desenvolvimento como paradigma dominante.

Desde as últimas décadas do século passado, quando a expansão da globalização capitalista tomou conta do mundo inteiro e se declarava sem alternativas, mas condição indispensável para a humanidade e seus problemas, comecei a me engajar em iniciativas brasileiras e mundiais em busca de alternativas. Comecei militando contra a criação da OMC a partir do antigo GATT e contra o BM e FMI e suas políticas impositivas a todos os países, como condição de desenvolvimento. Participei de muitos eventos de organizações sindicais, movimentos sociais e ONGs desde que abandonei a vida acadêmica e me tornei diretor do IBASE, a convite do Betinho, em 1990. Fui totalmente engajado no Comitê Organizador que deu origem, em 2001, ao FSM com a ideia de que “outro mundo é possível”. Mas é partir dos impasses no FSM, sobretudo depois de 2009, que passei a me engajar mais em redes e fóruns, especialmente mundiais, que discutem Novos Paradigmas Civilizatórios, já não mais o “desenvolvimento” e sim de crítica e superação dele enquanto tal. É esta busca em que continuo engajado até hoje. E é como parte dela que vejo a questão da mudança climática.

Foi em 2011, num processo de debate em rede mundial para intervir politicamente na Rio+20 sobre o Desenvolvimento Sustentável, que sintetizei num texto o acumulado de críticas e de buscas até então. O texto incorpora como central a ideia de “biocivilização” para outro mundo possível.[ii] O impacto das análises, reflexões e propostas contidas no texto foi quase nulo, tanto na Conferência Oficial da Rio+20, no Riocentro, como no evento da sociedade civil no Aterro do Flamengo. Mas animou uma rede latinoamericana sobre a busca de transição de paradigma civilizatório.

Volto a este tema depois de ler um texto nesta semana sobre a conferência do ativista e escritor indígena Ailton Krenak na abertura de evento recente na ENSP, no Rio, sobre Mudança Climática e Saúde. Concordo inteiramente com a sua análise sobre a mudança climática e a transformação profunda de perspectiva que precisamos fazer. Segundo Krenak “As mudanças climáticas precisam ser observadas da relação de nosso corpo humano com o corpo da Terra, que é nossa mãe. Se olharmos as mudanças nessa perspectiva biocêntrica, não antropocêntrica, vamos aprender mais e vamos nos tornar mais resilientes a elas. As mudanças climáticas virão, não adianta esperar, e quem tem que mudar somos nós”. Questiona os “direitos humanos” como posição de superioridade, que chama como especismo humano. O sujeito Terra, como organismo vivo, hoje revindica seu próprio direito. Enfim, olha para as mudanças climática com um olhar de centralidade da vida, de toda vida. Não poderia ser mais claro.[iii]

Enfim, volto à questão dos impasses, limitações e beco sem saída das negociações sobre enfrentamento das mudanças climáticas nas COPs. Sou taxativo em afirmar que onde as negociações acabam enquadradas pela busca de desenvolvimento sustentável nada de virtuoso virá e nem poderá vir. Mas existem propostas virtuosas em que muita gente está engajada e numa busca coletiva continua, inspirados em lutas e propostas territoriais muito potentes e transformadoras, com respeito à integridade e possibilidades dos próprios territórios e da vida da gente que os compartem. Buscar o desenvolvimento como solução é aprofundar as próprias mudanças climáticas, que podem ser devastadoras de toda vida e do planeta Terra, nosso comum maior.

Notas

[i] Sob o título de Mantra do Desenvolvimento, fiz uma série de postagens no meu blog “Sentidos e Rumos”.

[ii] O meu texto original recebeu o título de “Caminhos e Descaminhos para a Biocivilização: que fundamentos filosóficos, éticos e políticos”. Rio de Janeiro, Ibase, 2011. Foi escrito como subsídio para o Ateliê Internacional Biocivilização para a Sustentabilidade da Vida e do Planeta, realizado no Rio de Janeiro , de 9 a 12 agosto de 2011. Depois, produzi diferentes versões dele, atendendo demandas de eventos mundiais sobre o tema.

[iii] A fala está destacada no texto de Barbara Souza. “A saúde acontece na fricção entre nosso corpo e a Terra; Ailton Krenak plesta sobre mudanças climática na ENST. Informe Ensp. Acesso obtido pela postagem no Combate Racismo Ambiental, de 28 de novembro de 2024.

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