Múcio, um ministro ideológico de um país indefeso. Artigo de Luís Nassif

José Múcio | Foto: Isadora de Leão Moreira / Governo do Estado de SP

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10 Outubro 2024

Múcio atribui às Forças Armadas a manutenção da democracia em 2023 e não apresenta nem um relatório sequer dos militares que estimularam o golpe.

O artigo é de Luís Nassif, jornalista, em artigo publicado por Jornal GGN, 09-10-2024.

Eis o artigo.

Um dos princípios básicos da estrutura militar é a disciplina, subordinar-se ao poder civil, que é o único eleito. Por tudo isso, a postura do ministro da Defesa, José Múcio, é descabida. Em discurso, questiona a diplomacia brasileira, apresentando-a como ideológica, ao melhor estilo bolsonarista.

Teria desguarnecido o país, ao impedir que adquirisse tanques de Israel em função do massacre de Gaza. É uma preocupação fantástica, de um ministro que aceita transitar as mensagens das Forças Armadas por satélites da Starlink – diretamente ligada ao Departamento de Estado. Um ministro que não moveu nem uma palha sequer para preservar a Avibrás. Em suma, um ausente total dos pontos centrais de defesa do país.

Fala mais. “Acusa” seja lá quem for – diplomacia? Governo Lula? TCU? – de impedir as Forças Armadas de vender munição para a Alemanha, porque poderia ser transferida para a Ucrânia e afetar o fornecimento de insumos agrícolas da Rússia para o Brasil, como se esses insumos fossem uma extravagância ideológica.

Faz mais: atribui às Forças Armadas a manutenção da democracia em 2023 e não apresenta nem um relatório sequer dos militares que estimularam o golpeMúcio é o retrato pungente do ministério Lula.

Aliás, seria interessante que o Tribunal de Contas da União analisasse mais a fundo a razão dessa ansiedade de Múcio. Ele sustentou que não foi permitida a vitória do segundo colocado. Só não disse que não havia segundo colocado porque apenas os tanques israelenses cabiam nas condições da licitação.

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