• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

A extrema-direita venceu na Áustria. Mas será que poderá governar? Artigo de Barbara Tóth

Mais Lidos

  • As primeiras reações ao Papa Leão XIV podem enganar ou distorcer a compreensão. Artigo de Michael Sean Winters

    LER MAIS
  • Da imensa vida de Pepe Mujica nasce a centelha de esperança para um futuro diferente para a humanidade. Destaques da Semana no IHU Cast

    LER MAIS
  • Jesus não era sacerdote: a falácia progressista da “desclericalização” por meio da via feminina. Artigo de José Carlos Enríquez Díaz

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    5º domingo de páscoa – Ano C – A comunidade do ressuscitado

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Arte. A urgente tarefa de pensar o mundo com as mãos

Edição: 553

Leia mais

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais
Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

03 Outubro 2024

A campanha eleitoral acabou, mas as lutas pelo poder estão apenas começando. Falar de uma Terceira República pode parecer exagero, mas se tomarmos como base da Segunda República da Áustria a grande coalizão, a democracia de consenso e o equilíbrio de interesses entre os dois antigos partidos majoritários, os social-democratas e conservadores, tudo isso se desmoronou com estas eleições para o Conselho Nacional.

O artigo é de Barbara Tóth, publicado por IPG, e reproduzido por Nueva Sociedad, 30-09-2024.

Barbara Tóth, é jornalista e reside em Viena e escreve sobre política austríaca.

Eis o artigo. 

A extrema-direita venceu nas recentes eleições gerais austríacas, mas uma coalizão tripartida poderia bloquear sua ascensão ao poder. Os resultados mostraram até que ponto os social-democratas e os conservadores caíram.

O resultado era, afinal, esperado em Viena. Por isso, ninguém se surpreendeu. Mas foi necessário que manchetes da imprensa internacional descrevessem a dimensão histórica e política da clara vitória eleitoral do Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ, na sigla em alemão) no domingo como o que realmente é: "um ponto de virada" (Neue Zürcher Zeitung) e uma "explosão da direita" (Bild-Zeitung).

Com 29% dos votos, o FPÖ se mostrou mais forte do que nunca nas eleições parlamentares. O líder do partido, Herbert Kickl, que é tudo menos carismático, superou o que, até agora, era o melhor resultado histórico obtido por essa força: os 27% de Jörg Haider em 1999. Para os populistas de direita europeus, Haider foi e continua sendo o modelo a seguir.

Kickl, por sua vez, começou sua carreira como redator de discursos e até agora era considerado mais um estrategista do que um candidato com projeção real. No entanto, ninguém poderá tirar-lhe essa clara vitória. Independentemente de se isso o levará ao governo ou à oposição, o ímpeto está ao seu lado. "Nossa mão está estendida a todos os partidos", disse na noite das eleições. As eleições para o Conselho Nacional (câmara baixa do Parlamento) de 2024 estão cheias de tons históricos – tanto positivos quanto negativos – e marcam um ponto de virada na Segunda República, talvez rumo à Terceira.

Que sucesso o FPÖ teria tido se contasse com um candidato carismático? Essa é a primeira lição que se pode tirar da vitória da extrema-direita na Áustria: o projeto inconformista, antielite, autoritário e, de certo modo, antidemocrático do FPÖ já não depende tanto de um líder forte. O FPÖ finalmente se tornou o "verdadeiro partido do povo", com uma base sólida de eleitores, transversal em termos de gênero e classe. Ele só fraqueja nas áreas urbanas.

Um mínimo histórico para os social-democratas

Em 1999, quando o FPÖ de Haider decolou, quem venceu as eleições foi o Partido Social-Democrata da Áustria (SPÖ). Apenas um quarto de século depois, a correlação de forças se inverteu. Os social-democratas ficaram agora em terceiro lugar, com pouco menos de 21% dos votos. Esse resultado marca um mínimo histórico para o SPÖ. O líder social-democrata, Andreas Babler, tentou animar seu partido com um discurso populista de esquerda, mas não conseguiu. Ele mal conseguiu superar a barreira dos 20%, algo que, em termos psicológicos, ainda é importante. A social-democracia austríaca sempre teve sucesso quando adotou uma linha mais centrista e moderada do que outros partidos social-democratas da Europa. E é por isso que a guinada à esquerda de Babler não teve bons resultados.

Paradoxalmente, o candidato nascido e criado no mundo operário, com seu estilo de escrita influenciado pelo francês Didier Eribon [1] e carregado de anedotas autobiográficas sobre o "orgulho" que pretende devolver à classe trabalhadora, não somou pontos entre os trabalhadores que migraram para a extrema-direita. O SPÖ quase não recebeu votos diretos do FPÖ (apenas 29 mil de seus 1,03 milhão de eleitores mudaram seu voto). A social-democracia ganhou principalmente nos distritos urbanos onde vivem os "bobos", os "burgueses boêmios" progressistas, educados e cosmopolitas que tendem a votar nos verdes, mas que desta vez apostaram no SPÖ por razões táticas.

O poderoso SPÖ vienense já havia manifestado, na véspera das eleições, que preferia encerrar o experimento de Babler o quanto antes. No entanto, isso não será tão fácil. Babler conseguiu aprovar uma emenda nos estatutos do partido que prevê a eleição direta do líder partidário pela base. Quem quiser destituí-lo deve primeiro organizar uma espécie de referendo dentro do partido. Se 10% dos membros assinarem uma petição nesse sentido, a direção do partido pode propor um candidato da oposição interna. Nesse caso, qualquer um pode se candidatar se conseguir reunir 1.500 assinaturas. Se nenhum candidato obtiver a maioria na primeira rodada, será realizada uma segunda.

Conclusão: uma social-democracia que se deixa levar por lutas faccionais e apresenta um candidato dos extremos e não do centro, não poderá se posicionar como uma alternativa forte ao populismo de direita. A imagem que os oponentes criaram de Babler como um extremista de esquerda deu resultado. Talvez um candidato moderado fosse a melhor opção. Pelo menos na Áustria, precisamos deixar de acreditar que podemos conquistar votos diretamente dos populistas de direita.

Um distante segundo lugar

O conservador Partido Popular Austríaco (ÖVP, na sigla em alemão) também teve que lidar com os resultados, pois no domingo passado sofreu a maior derrota de sua história: apenas 19 mil eleitores mudaram diretamente do FPÖ para o ÖVP, apesar de seu líder, Karl Nehammer, ter se aproveitado de seu cargo de chanceler e, ao mesmo tempo, adotado os slogans da extrema-direita sobre segurança e migração, embora em um tom mais aceitável.

No fim, o voluntarismo do ÖVP não adiantou nada. No último ato de campanha, realizado na sexta-feira antes das eleições, ainda se falava em esperar a "foto final" em uma "corrida para recuperar o terreno perdido". Mas a luta corpo a corpo entre o ÖVP e o FPÖ nunca realmente existiu. Com 26%, o ÖVP ficou em um distante segundo lugar. Obteve 11 pontos a menos do que em 2019 e o resultado foi uma queda vertiginosa. Sempre ficou claro que Nehammer não conseguiria o "ímpeto de Sebastian Kurz", jovem ex-primeiro-ministro e ex-presidente do partido. No entanto, ao contrário do SPÖ, a lealdade ao líder dentro do partido permanece inabalável.

E agora? Herbert Kickl é o vencedor, mas ao mesmo tempo não é, porque ninguém quer formar uma coalizão com ele. Nem mesmo o conservador ÖVP, que não descarta uma coalizão com "seu partido", mas descartou firmemente trabalhar com ele como candidato. Na opinião dos conservadores, Kickl se "radicalizou" durante a pandemia e representa um risco para a segurança da democracia.

Um potencial "cordão sanitário"

Na Áustria, existe um "cordão sanitário" que pode assumir a forma de uma coalizão tripartida formada por conservadores, social-democratas e os liberais do partido Nova Áustria e Fórum Liberal (NEOS, na sigla em alemão). Tal como as coisas estavam no dia seguinte às eleições, o ÖVP e o SPÖ também poderiam se unir com uma maioria extremamente apertada de 93 dos 183 assentos do Parlamento e formar uma espécie de MiGroKo (coalizão de tamanho médio) contra o autoproclamado VoKaKi (o "chanceler do povo" Kickl). Parece mais provável que o ÖVP e o SPÖ contem com o apoio do fortalecido NEOS (9%) e não com o dos derrotados Verdes (8%), com quem o ÖVP tem governado até agora em uma coalizão que não deu frutos.

Áustria: bem-vinda ao mundo da coalizão tripartida! O chanceler Nehammer terá agora que apresentar uma sólida agenda de reformas para não parecer o chanceler de uma coalizão de perdedores. Mas até agora ele não demonstrou muita visão nem impulso criativo.

Não se pode descartar que, na hora de formar governo, o ÖVP acabe por abandonar sua posição baseada na premissa "de preferência, não com Kickl" e chegue à conclusão de que Kickl, que representa um risco para a segurança, poderia ser aceito como parceiro menor, desde que o FPÖ deixe para o ÖVP as pastas de Finanças, Interior e Justiça, que são essenciais do ponto de vista político. Já antes das eleições, a indústria austríaca estava claramente a favor de um projeto econômico liberal e de tendência azul-negra (em referência às cores do ÖVP e do FPÖ). O presidente da Federação das Indústrias Austríacas, Georg Knill, considera "prejudicial" a social-democracia de Babler.

A campanha eleitoral acabou, mas as lutas pelo poder estão apenas começando. Falar de uma Terceira República pode parecer exagero, mas se tomarmos como base da Segunda República da Áustria a grande coalizão, a democracia de consenso e o equilíbrio de interesses entre os dois antigos partidos majoritários, os social-democratas e conservadores, tudo isso se desmoronou com estas eleições para o Conselho Nacional.

Notas

[1] Filósofo francês, autor do ensaio Retorno a Reims [2009] (Livros del Zorzal, Buenos Aires, 2017).

Leia mais

  • Partido fundado por antigos nazistas sai vitorioso de eleição legislativa na Áustria
  • Extrema direita sabe capturar insatisfação global com o sistema político, diz professor
  • A base estrutural das novas direitas. Artigo de Eleutério F. S. Prado
  • Extrema-direita: 50 tons de cinza e um desejo de transgressão. Artigo de Joseph Confavreux e Ellen Salvi
  • “A extrema direita conseguiu implantar a ideia de que as elites são de esquerda”. Entrevista com Pablo Stefanoni
  • A ultradireita argentina tem seu Bolsonaro. Artigo de Pablo Stefanoni
  • Bitcoin mais mão de ferro: o fantasma de Bukele que percorre a América Latina. Artigo de Pablo Stefanoni
  • Uma grande desordem sob o céu. Artigo de Pablo Stefanoni
  • “Há algo nessas novas direitas de retorno do reprimido”. Entrevista com Pablo Stefanoni
  • Lula lá? Vitória progressista e direita subterrânea. Artigo de Pablo Stefanoni
  • “A esquerda hoje tem medo de ser acusada de utópica”. Entrevista com Pablo Stefanoni
  • “A direita está travando sua batalha cultural antiprogressista”. Entrevista com Pablo Stefanoni
  • “As novas direitas expressam insatisfações e raivas de parte da sociedade”. Entrevista com Pablo Stefanoni
  • A internacional dos moralistas nascidos no Leste. Artigo de Marco Ventura
  • Ultraliberalismo é a revolução da barbárie – de Hayek, o “moderado”, a Guedes, o radical
  • No Capitalismo Indigno, raiz da extrema-direita. Artigo de Fabrício Maciel
  • Labirinto da extrema-direita. Artigo de Luiz Marques
  • 'A extrema-direita ganhou tração com as pesquisas de opinião e o apoio internacional. Musk à frente'. X-Tuitadas
  • Derrubada do PL das Fake News favorece discurso de ódio da extrema direita. Entrevista com Orlando Silva
  • “A extrema-direita reivindica o realismo da ‘crueldade’ do mundo”. Entrevista especial com Moysés Pinto Neto
  • Ao peitar Moraes, Musk cria narrativa de censura para fortalecer extrema direita em eleições, diz professora da UFPI
  • Caiado e Tarcísio disputam com armas a herança da extrema-direita
  • Steve Bannon e aliados de Donald Trump comemoram “Capitólio brasileiro”
  • A invenção da “primavera brasileira” por Steve Bannon
  • A derrota “providencial” de Donald Trump: Steve Bannon conhece os planos de Deus
  • Itália. “A cultura está à esquerda, mas o país à direita. Agora Meloni precisa imitar Draghi”. Entrevista com o Cardeal Ruini
  • Itália. Giorgia Meloni e a citação incorreta de São Francisco, mas o Cardeal Ravasi caiu no mesmo erro
  • Um desafio para a Europa: Giorgia Meloni e seu partido de extrema-direita, Fratelli D’Italia
  • Trono e altar. O putinismo como religião de Estado. Mas a direita clerical se divide sobre a Rússia cristã
  • Trump usa roteiro de Putin para cortejar a direita religiosa
  • Trump-Viganò: o Rasputin italiano

Notícias relacionadas

  • Getúlio e Lula: aproximações, distanciamentos, ganhos e limites de duas Eras. Entrevista especial com Maria Izabel Noll

    LER MAIS
  • Teólogos conservadores lançam-se contra qualquer mudança na moral sexual da Igreja

    Um grande grupo de professores, patrocinado pela Universidade Católica da América, saiu em defesa da Humanae Vitae depois do man[...]

    LER MAIS
  • Cardeal Wuerl, de Washington, aos críticos da Amoris Laetitia: “Por acaso, vocês estão acima do magistério?”

    Ele afirma que é “um documento de consenso fundamentado na tradição da Igreja”.A reportagem é de Cameron Doody e publicada[...]

    LER MAIS
  • Esses católicos anti-Francisco, mas que adoram o Putin

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados