Papa condena assassinato de católico ativista ambientalista em Honduras

Foto: Vatican News

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24 Setembro 2024

O Papa Francisco expressou sua tristeza pelo assassinato de um agente pastoral em Honduras, demonstrando solidariedade com aqueles "que veem seus direitos fundamentais violados" e são alvo por sua defesa dos pobres e do cuidado com o planeta.

A reportagem é de Justin McLellan, publicada por National Catholic Reporter, 23-09-2024.

"Soube com tristeza que Juan Antonio López foi assassinado em Honduras", disse o papa após rezar o Angelus em 22 de setembro. "Coordenador da pastoral social na Diocese de Trujillo, ele foi membro fundador da Pastoral de Ecologia Integral no país".

López, ativista católico de direitos humanos e ambientalista, foi assassinado em seu carro por um pistoleiro em 14 de setembro, após assistir à missa, informou a Vatican News. O marido e pai de dois filhos, de 46 anos, vinha trabalhando recentemente para fechar uma mina de óxido de ferro em um parque nacional, que supostamente estava contaminando dois rios da região e ameaçando o abastecimento de água da população local.

"Uno-me à dor dessa Igreja e condeno toda forma de violência", disse Francisco aos visitantes reunidos na Praça São Pedro. "Estou próximo de todos aqueles que veem seus direitos fundamentais violados e daqueles que trabalham pelo bem comum em resposta ao clamor dos pobres e da terra".

Em uma declaração após o assassinato, a Conferência Episcopal Hondurenha afirmou: "Repudiamos veementemente esse assassinato vil e pedimos às autoridades que não apenas falem sobre justiça, mas que trabalhem diligente e sinceramente no dever de garanti-la a todos os cidadãos".

O conselho episcopal latino-americano disse, em 15 de setembro, que o assassinato de López "reflete uma pequena parcela da sociedade que é intolerante, injusta e que quer impor sua vontade pela força".

O Escritório de Direitos Humanos da ONU em Honduras afirmou, em comunicado, que as "medidas adotadas pelo Estado de Honduras foram insuficientes" para proteger a vida de López, apesar de ele estar sob proteção governamental após ter recebido ameaças, e pediu ao governo que conduza uma investigação rápida e imparcial para responsabilizar os culpados.

Após o Angelus, Francisco também saudou um grupo que trabalha para conscientizar sobre as condições dos prisioneiros, observando que os presos devem ser mantidos em condições dignas, já que "qualquer um pode cometer um erro". Ele também pediu paz na Ucrânia, Palestina, Israel, Mianmar e "nos muitos países que estão em guerra".

"Infelizmente, as tensões estão altas nas frentes de guerra", disse ele. "Que a voz dos povos, que clamam por paz, seja ouvida".

Nota do IHU

No Encontro Mundial dos Movimentos Populares em Roma, com a presença do Papa Francisco, foi apresentado em vídeo sobre a vida e a luta de Juan Antonio López que pode ser visto clicando aqui 3:11:46

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