20 Setembro 2024
A reportagem é de José Lorenzo, publicada por Religión Digital, 17-09-2024.
A segunda sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, a se realizar em Roma de 2 a 27 de outubro, será precedida, como a primeira, de “dois dias de retiro espiritual”, nos dias 30 de setembro e 1 de outubro, no Vaticano, guiada pelas meditações do padre dominicano Timothy Radcliffe e da madre beneditina Ignazia Angelini, que animarão a oração durante os dias do Sínodo, juntamente com o padre camaldulense Matteo Ferrari, encarregado das liturgias, e o monges de Camaldoli, como destacou ontem o cardeal Mario Grech, secretário-geral do Sínodo, em entrevista coletiva.
Neste sentido, a grande novidade, anunciada ontem, será, no encerramento do retiro, uma vigília penitencial na tarde de terça-feira, 1º de outubro, na Basílica de São Pedro, presidida pelo Papa Francisco, que "pedirá perdão" pelos pecados da Igreja e onde poderão ser ouvidos os testemunhos de três vítimas, incluindo o de uma de abuso sexual, segundo informações da EFE.
Organizado pela Secretaria Geral do Sínodo e pela Diocese de Roma, em colaboração com a União dos Superiores Maiores (USG) e a União Internacional dos Superiores Maiores (UISG), pode ser acompanhado através dos meios de comunicação do Vaticano e está aberto a todos, especialmente aos jovens, “porque é a eles que é confiada a mensagem da Igreja”, disse o cardeal, e porque “os jovens sofrem pelos nossos pecados e pelos pecados da Igreja”, acrescentou o relator geral da assembleia, o cardeal Jean-Claude Hollerich, arcebispo de Luxemburgo, segundo o Vatican News.
Iniciadas as sessões do Sínodo, na tarde do dia 11 de outubro, será oferecida uma oração ecumênica na qual participarão, com Francisco, os delegados fraternos e outros representantes das Igrejas e Comunidades Eclesiais presentes em Roma, que acontecerá em a Praça dos Protomártires, no Vaticano, onde, segundo a tradição, ocorreu o martírio de Pedro, e que pretende também comemorar a abertura, naquele mesmo dia há 62 anos, do Concílio Vaticano II.
Finalmente, no dia 21 de outubro haverá mais um dia de retiro espiritual com vistas ao discernimento sobre o projeto do Documento Final, com o qual, segundo o Cardeal Grech, haverá “uma alternância de momentos de oração pessoal, diálogo e comunhão entre nós, a comunhão fraterna na escuta e no amor mútuo, e a comunhão na oração”.
Outra novidade que foi destacada na conferência de imprensa em que foi apresentada oficialmente esta segunda sessão do Sínodo sobre a Sinodalidade serão os quatro fóruns teológico-pastorais abertos a todos e também aos jornalistas credenciados na Sala de Imprensa da Santa Sé.
“Duas terão lugar no mesmo horário, no dia 9 de outubro, às 18h00, sobre “O Povo de Deus, sujeito da missão”, na Sala da Cúria Jesuíta, e “O papel e a autoridade do Bispo numa Sinodal", no Augustinianum, e os outros dois, também à mesma hora, às 18 horas, do dia 16 de outubro, sobre " As relações mútuas entre a Igreja local e a Igreja universal" , na Sala da Cúria do jesuítas, e sobre “O exercício do primado e o Sínodo dos Bispos”, no Augustinianum”, nota o Vatican News.
Cada um destes fóruns “terá a participação de teólogos, canonistas, bispos, pessoas também envolvidas nas assembleias de bispos, com quem se poderá dialogar” e, como referido, estes fóruns estarão disponíveis online mediante pedido, para que “a assembleia abre-se para o exterior sabendo que os temas também interessam a quem quer ter informação, não só sobre a dinâmica e o que acontece na Sessão, mas também sobre o que se trata".
Quanto à metodologia, foi explicado que a segunda sessão desta segunda fase deverá “indicar os passos a seguir” em relação aos temas propostos pelo Instrumentum laboris, mas com base em “cinco Módulos, cada um dos quais terá sessões alternadas na Assembleia Plenária (denominadas Congregações Gerais) e nos Grupos de Trabalho (Circuli minores)”.
Quanto aos participantes com direito a voto, são 368, que formarão 36 grupos de trabalho divididos em cinco Mesas Linguísticas; Em relação à primeira sessão, houve 26 alterações, a maioria substituições a pedido dos próprios participantes: “Alguns por motivos de saúde, outros decidiram não regressar, em nenhum caso o Papa excluiu ninguém”, observou o Cardeal Grech.
Neste sentido, e como novidade, devemos também notar que os chamados ‘delegados fraternos’ participantes nesta assembleia sinodal passaram de 12 para 16: “O Papa Francisco permitiu-nos aumentar o seu número dado o grande interesse que a irmã As Igrejas mostraram-se neste caminho sinodal”, destacou o secretário-geral do Sínodo.
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As 26 ‘baixas’ do Sínodo: “Alguns decidiram não voltar, o Papa não excluiu ninguém” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU