Lula anuncia criação da Autoridade Climática, promessa de campanha

Foto: Ricardo Stuckert / PR | FotosPúblicas

Mais Lidos

  • O economista Branko Milanovic é um dos críticos mais incisivos da desigualdade global. Ele conversou com Jacobin sobre como o declínio da globalização neoliberal está exacerbando suas tendências mais destrutivas

    “Quando o neoliberalismo entra em colapso, destrói mais ainda”. Entrevista com Branko Milanovic

    LER MAIS
  • Abin aponta Terceiro Comando Puro, facção com símbolos evangélicos, como terceira força do crime no país

    LER MAIS
  • A farsa democrática. Artigo de Frei Betto

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

12 Setembro 2024

A escalada dos incêndios acabou por “ressuscitar” a proposta apresentada na campanha presidencial em 2022, mas o governo não deu detalhes sobre metas e prazos.

A reportagem é publicada por ClimaInfo, 12-09-2024.

O presidente Lula confirmou na última 3ª feira (10/9) que o governo federal finalmente criará a Autoridade Climática Nacional para auxiliar no enfrentamento da crise climática no Brasil. De acordo com o presidente, a nova Autoridade contará também com um comitê técnico-científico para apoiar e articular a implementação das ações do governo federal.

“O nosso objetivo é estabelecer as condições para ampliar e acelerar as políticas públicas a partir do Plano Nacional de Enfrentamento aos Riscos Climáticos Extremos. Nosso foco precisa ser adaptação e preparação para o enfrentamento a esses fenômenos”, comentou Lula durante uma reunião com prefeitos amazônicos em Manaus (AM).

A proposta foi um dos principais carros-chefes ambientais da campanha de Lula nas eleições de 2022, mas tinha sido escanteada em Brasília por conta das dificuldades políticas do governo no Congresso Nacional. O drama vivido pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) durante a reestruturação ministerial, com o risco de esvaziamento quase total pelos parlamentares, acabou brecando os planos para criação da Autoridade.

Outro obstáculo para a proposta foi a divisão interna do próprio governo sobre as atribuições da nova Autoridade e seu posicionamento dentro do organograma em Brasília. O tema causou embates dentro da equipe de transição, no final de 2022, e nunca foi propriamente resolvido por Lula.

O Palácio do Planalto “ressuscitou” a proposta como uma resposta à crise do fogo que assola boa parte do Brasil, em especial a Amazônia e o Pantanal. Mas o presidente não deu mais detalhes sobre como e quando a nova Autoridade Climática será criada e quais serão suas atribuições e responsabilidades.

“Neste momento, o que está colocado é [qual será] o melhor desenho, a melhor estrutura, a melhor política para o enfrentamento”, disse a ministra Marina Silva, citada pelo Valor. Segundo ela, o governo quer uma Autoridade Climática resiliente às mudanças de governo e “suficientemente robusta”. A ministra despistou sobre possíveis nomes para chefiar o novo órgão.

Além da Autoridade Climática, o governo federal também confirmou que apresentará, por meio de medida provisória, o Estatuto da Emergência Climática. A proposta difere da decretação de emergência ao criar a figura da emergência permanente, o que permitirá a ação continuada do poder público nos municípios mais vulneráveis às mudanças climáticas. Míriam Leitão explicou melhor n’O Globo.

Leia mais