Relações entre universidades e Big Oil atrasam transição energética

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06 Setembro 2024

Em estratégia adaptada da indústria do fumo, indústria de combustíveis fósseis amarra grandes universidades do mundo com doações, financiamento à pesquisa e participação em conselhos.

A informação é publicada por ClimaInfo, 06-09-2024.

Mesmo com pressão de estudantes e ativistas para se desvincular de empresas de combustíveis fósseis, muitas das universidades mais prestigiosas do mundo continuam cultivando relacionamentos com o setor. Um novo estudo explorou como essas relações geram conflitos de interesses que podem prejudicar a integridade científica dessas instituições.

Os autores analisaram milhares de artigos acadêmicos sobre o financiamento de pesquisas por indústrias nas últimas duas décadas. De um total de 14 mil trabalhos analisados, apenas sete mencionaram o setor fóssil. Ao mesmo tempo em que o reconhecimento dessa questão é relativamente baixo, o que não faltam são casos de interação entre instituições acadêmicas e empresas de combustíveis fósseis no desenvolvimento de pesquisas sobre clima e energia.

O estudo identificou centenas de situações nos EUA, Reino Unido, Canadá e Austrália, em que representantes e empresas do setor de óleo e gás investiram em pesquisas sobre clima e energia enquanto participavam de conselhos consultivos, financiavam projetos científicos e bolsas de estudo ou influenciavam as universidades de alguma outra forma.

Um dos objetivos dessa atuação, de acordo com a análise, é interferir em pesquisas científicas relacionadas a energias renováveis e transição energética. A tática foi empregada também pela indústria do cigarro, em uma estratégia de negação por décadas dos malefícios do fumo.

“Isso fornece alguma explicação para o motivo pelo qual a sociedade tem sido ineficaz e inadequada em nossas respostas à crise climática”, explicou Jennie Stephens, professora da Maynooth University (Irlanda) e coautora do estudo, ao Guardian. A pesquisa foi publicada na revista WIREs Climate Change. DeSmog e Financial Times também repercutiram suas conclusões.

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