21 Junho 2024
Rio de Janeiro possui 2.547.183 domicílios com algum tipo de inadequação, em termos absolutos, ocupando o segundo lugar no ranking dos estados com o maior número de moradias que possuem alguma característica que prejudica a qualidade de vida dos moradores. A informação é da Fundação João Pinheiro, instituição responsável pelo cálculo do déficit habitacional do Brasil em parceria com a Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades. A atualização dos dados para o ano de 2022 teve como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE e o Cadastro Único para programas sociais, o CadÚnico.
A reportagem é publicada por EcoDebate, 19-06-2024.
Aponta, portanto, para a demanda de melhorias na habitação sem, necessariamente, sua substituição, e é formado por três componentes: inadequação de infraestrutura urbana (energia elétrica, abastecimento de água, esgotamento sanitário e coleta de lixo); inadequação edilícia (ausência de banheiro exclusivo, número de cômodos servindo de dormitório e armazenamento de água, piso e cobertura inadequados) e inadequação fundiária.
Em números absolutos, o Rio de Janeiro também fica em segundo lugar na inadequação de estrutura urbana, com 1.806.611 moradias nessa situação, ficando atrás apenas de Pernambuco, com 1.812.201.
Em termos relativos, os maiores números do componente inadequação fundiária urbana foram registrados para os estados do Amapá (13,0%) e Rio de Janeiro (8,3%). Esses indicadores demonstram a quantidade de habitações incapazes de atender o direito de acesso a uma habitação minimamente adequada, configurando o déficit habitacional no Brasil, que totalizou 6.215.313 de domicílios, em 2022.
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Rio de Janeiro: 2,5 milhões de moradias em situação precária - Instituto Humanitas Unisinos - IHU