06 Junho 2024
- “Estou impressionado ao ver o envolvimento de toda a comunidade eclesial neste processo de discernimento”, afirma o Cardeal Mario Grech.
- “A Igreja Sinodal não é um sonho a realizar, mas uma realidade viva que gera criatividade e novos modelos relacionais dentro da mesma comunidade local ou entre diferentes igrejas ou grupos eclesiais”.
- O grupo de teólogos analisará todo este material.
A reportagem é de Secretaria Geral do Sínodo, publicada por Religión Digital, 05-06-2024.
Com o documento Rumo a Outubro de 2024, enviado em dezembro passado aos bispos do mundo inteiro, a Secretaria Geral do Sínodo pediu às Igrejas locais e aos grupos de Igrejas que se aprofundassem em alguns aspectos do Relatório de Síntese que são fundamentais para o tema do Sínodo, partindo de uma questão norteadora de todo o processo sinodal: "COMO ser uma Igreja sinodal em missão?"
Nos últimos meses, as diferentes Igrejas locais realizaram o seu trabalho enviando as suas contribuições via Conferências Episcopais, Igrejas Orientais Católicas e encontros internacionais das Conferências Episcopais.
“Estou especialmente impressionado ao ver o envolvimento de toda a comunidade eclesial neste longo processo de discernimento”, afirma o Cardeal Mario Grech, secretário-geral do Sínodo. Além das reflexões decorrentes do trabalho do Relatório Síntese da Primeira Sessão, o material recebido acrescenta muitas vezes testemunhos reais sobre como as igrejas particulares não apenas entendem a sinodalidade, mas já a estão colocando em prática. A Igreja Sinodal não é um sonho a realizar, mas sim uma realidade viva que gera criatividade e novos modelos relacionais dentro da mesma comunidade local ou entre diferentes igrejas ou grupos eclesiais.
A Secretaria Geral do Sínodo também recebeu contribuições da USG-UISG e um número consistente de comentários de realidades internacionais, faculdades universitárias, associações de fiéis ou comunidades individuais e privadas. Outra importante fonte de reflexão serão os relatórios apresentados pelos párocos na sessão de trabalho de três dias do recente encontro dos párocos para o Sínodo.
A partir de terça-feira, 04-06-2024, o grupo de teólogos, especialistas em diversas disciplinas (dogmática, eclesiologia, teologia pastoral, direito canônico, etc.), analisará todo este material. "Não vamos deixar nada ao acaso. Cada documento deve ser lido atentamente com o objetivo de propor no fim do processo um texto que reflita o trabalho, as perguntas e as intuições recebidas das bases", afirma Grech.
Por sua vez, Pe. Giacomo Costa, secretário especial da XVI Assembleia, especifica: "Não se trata ainda de redigir o Instrumentum laboris para a Segunda Sessão do Sínodo sobre a Sinodalidade, mas sim de fazer uma primeira análise dos relatórios e boas práticas implementadas pelas comunidades locais, e um discernimento comum, sobre questões e reflexões teológicas, a fim de preparar o caminho para a própria escrita do Instrumentum laboris".
O trabalho desta equipe internacional, feito a portas fechadas, começou com um retiro espiritual de meio dia e prolonga-se até 13 de junho. Os dias serão marcados por diferentes momentos de trabalho (individual, em sessão plenária e em grupo). A celebração diária da Eucaristia e os momentos de oração pessoal garantirão que o trabalho se realize no clima necessário ao discernimento.
O processo de redação do Instrumentum Laboris continuará com outras etapas: uma vez identificada a estrutura do futuro documento através da articulação do material recebido dos teólogos, o Conselho Ordinário realizará um primeiro discernimento do que foi escrito. As fases de elaboração do próprio documento e um sistema de verificação extensiva continuarão até que o Conselho Ordinário aprove o documento que será apresentado ao Santo Padre para aprovação final.
A publicação do texto está prevista para a primeira década de julho.
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Vinte teólogos chegam a Roma para trabalhar na segunda parte do Instrumentum Laboris do Sínodo - Instituto Humanitas Unisinos - IHU