18 Mai 2024
"Para Eduardo Leite, como expressou no caso dos donativos, o importante é o negócio, que gere impostos. Negócios acima da solidariedade e da vida", escreve Edelberto Behs, jornalista.
Em entrevista para a BandNews na terça-feira, 14, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, disse que estava agradecido pelos donativos que chegavam ao Estado de todas as partes do Brasil, mas lembrou, com todas as letras, que esse volume de entregas inibia o comércio, que precisa se reerguer. Ele receava o impacto que isso teria no mercado local!
No dia seguinte, talvez ciente da tolice que disse e a repercussão que teve nas redes sociais, Eduardo Leite foi para as redes sociais pedir escusas, alegou que confundiu as coisas, e que de modo algum quis desprezar as doações. Ele nem sequer se deu conta que grande parte das casas comerciais nas cidades atingidas pelas cheias tinham sido invadidas pelas águas! Então, comprar onde?
Vestido invariavelmente com colete, como se fosse um herói da Defesa Civil, Eduardo Leite tem cobrado tudo da esfera federal, mas não é capaz de reconhecer isso publicamente. Ele fala em Plano Marshall para o Rio Grande do Sul, estima a conta em 19 bilhões de reais, recebe, entre todos os benefícios prometidos pelo governo federal, 51 bilhões de reais. Apenas dois dias depois da terceira visita do presidente Lula ao Rio Grande do Sul, o governador finalmente anunciou as medidas do governo estadual padra mitigar os prejuízos que a cheia causou a pessoas, instituições e empresas.
Para Eduardo Leite, como expressou no caso dos donativos, o importante é o negócio, que gere impostos. Negócios acima da solidariedade e da vida.
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A truncada mensagem do governador Eduardo Leite. Artigo de Edelberto Behs - Instituto Humanitas Unisinos - IHU