Ecumenismo e Festa da Criação

Foto: Christoph Schmid | Unsplash

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09 Abril 2024

Seminário ecumênico reunido em Assis, Itália, dias 14 a 16 de março, no Instituto de Pesquisa Laudato Si, da Igreja Católica Romana, teve como foco de reflexão a crise ambiental, constatando que ela forçou as igrejas a pensar e agir de forma mais consciente, “não para romantizar a criação, mas antes para reconhecer as suas limitações e a nossa própria fragilidade e dependência”.

A reportagem é de Edelberto Behs

Igrejas ao redor do mundo começaram a comemorar um Festival da Criação, com início de 1º de setembro, quando ortodoxos celebram o dia em que Deus criou a Terra, culminando em 4 de outubro, dia da festa de São Francisco de Assis.

Perguntas levantadas no seminário “A Festa da Criação e o Mistério da Criação: Ecumenismo, Teologia, Liturgia e Sinais dos Tempos em Diálogo”, indagavam se uma Festa da Criação poderia se tornar uma data importante no calendário litúrgico das igrejas. Poderiam os crentes das diversas denominações cristãs aprender com as tradições uns dos outros para melhor compreender como as histórias bíblicas da Criação se relacionam com a crise ambiental?

O seminário, avaliou o secretário-geral adjunto da Federação Luterana Mundial (FLM), Dirk Lange, foi importante para examinar com mais detalhes como os irmãos e irmãs católicos romanos, ortodoxos e reformados desenvolveram uma teologia da Criação, ou, às vezes, simplesmente falharam em avançar tal teologia.

O professor da Escola Luterana de Teologia, Benjamin Steward, de Chicago, justificou que a celebração do Festival da Criação no equinócio de outono, quando a luz do sol alcança na mesma medida os hemisférios Norte e Sul, se incluído no calendário litúrgico, “poderia ser uma oportunidade para expandir liturgicamente a incorporar uma teologia e espiritualidade trinitária de uma forma que acomoda uma variedade de escolas de pensamento”, informou o serviço de imprensa da FLM.

Steward mirou a celebração dos 1.700 anos do Concílio de Niceia, em 2025, que formulou a teologia da Trindade. Ele argumentou que uma celebração da Criação poderia ajudar a expandir e aprofundar “nossa espiritualidade trinitária”.

Participaram do seminário em Assis líderes religiosos, teólogos, especialistas litúrgicos representando o Conselho Mundial de Igrejas, o Conselho Mundial de Igrejas Metodistas, a Comunhão Anglicana, Organização Mundial das Igrejas Reformadas, Igreja Católica e FLM.

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