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20 Março 2024

"O percurso temático não é nada simples, e para o deixar claro quero retomar uma afirmação de John W. O'Malley [1927-2022], a quem todos nós, estudiosos, temos uma dívida de gratidão, graças ao seu pioneiro livro Os primeiros jesuítas [1993]", escreve Claudio Ferlan, historiador italiano e pesquisador do Instituto Histórico Ítalo-Germânico da Fundação Bruno Kessler, em Trento, Itália. Em português, é autor de “Os jesuítas” (Loyola, 2018), entre outros livros. A tradução é de Luisa Rabolini.

Segundo ele "O'Malley argumentou que podemos reconhecer cinco diferentes fundações da Companhia de Jesus, marcadas, justamente, por continuidade e descontinuidade."

Eis o artigo.

Após a morte de João Paulo II [1978-2005], os cardeais escolheram Joseph Ratzinger [Bento XVI, 2005-2013] como seu sucessor; era 19 de abril de 2005. Entre os fiéis reunidos para saudar o novo Papa na Praça de São Pedro, em Roma, um grupo decepcionado levantou uma faixa com as palavras “No Martini, No Party”. Para o observador italiano, o jogo de palavras era imediatamente reconhecível e remetia para a campanha publicitária de um conhecido aperitivo. O apoio ao cardeal Carlo Maria Martini [1927-2012] era particularmente forte na época por parte daquele segmento da Igreja que se propunha como inovador, aberto ao diálogo inter-religioso e intercultural, aos desafios do mundo contemporâneo e que não se reconhecia no recém-eleito Bento XVI, mas sim no jesuíta Martini, ex-arcebispo de Milão.

Após a renúncia de Bento XVI [2013], os cardeais elegeram realmente um papa jesuíta, o argentino Jorge Mario Bergoglio [1936], que assumiu o nome de Francisco, com referência explícita a São Francisco de Assis [1181/82 -1226]. Assim como aconteceu com Martini, aos olhos de muitos fiéis Bergoglio representa uma parte da Igreja muito diferente daquela testemunhada pelo antecessor Ratzinger. Um Jesuíta visto como símbolo de uma nova Igreja: é uma novidade? O livro “The Jesuits. A Thematic History” pretende responder a essa pergunta e por isso centra-se na identidade da Companhia de Jesus: como foi construída, como mudou e resistiu à passagem do tempo, como foi e é representada, como é foi e é percebida.

Ao pensar no projeto para a escrita de uma renovada história dos Jesuítas, e ao estudar para poder fazer isso, percebi que para pensar sobre a identidade poderia, talvez deveria, escolher um caminho alternativo ao cronológico. A ênfase nas continuidades ao longo dos séculos, em vez das descontinuidades, levava-me a organizar o pensamento enfatizando os temas mais importantes e atuais da história dos jesuítas, a preferir uma orientação temática a uma orientação cronológica e tradicional. Essa escolha não significa de forma alguma ignorar as descontinuidades – primeira entre todas a supressão da Companhia de Jesus [1773] - mas, ao contrário, pede para pintar um quadro completo, com a consciência de que existem rupturas. Nem mesmo significa perder de vista a cronologia; continua a ser fundamental para reconstruir o modo de proceder dos jesuítas, um agir caracterizado por modificações e adaptações a tempos e lugares muito diferentes.

Estou convencido, contudo, de que a mudança de perspectiva possa ajudar o observador a descobrir coisas novas e a compreender melhor outras. A cronologia serve como uma bússola para se orientar. Uma vez encontrada a orientação, é possível transitar entre diferentes períodos, ilustrando as continuidades graças a temáticas transversais. As conexões entre pensamentos, entre ações e entre pensamentos e ações nem sempre respeitam o progresso do tempo. Em vez disso, se movem para frente e para trás entre acelerações impetuosas e desacelerações improvisas.

O percurso temático não é nada simples, e para o deixar claro quero retomar uma afirmação de John W. O'Malley [1927-2022], a quem todos nós, estudiosos, temos uma dívida de gratidão, graças ao seu pioneiro livro Os primeiros jesuítas [1993]. O'Malley argumentou que podemos reconhecer cinco diferentes fundações da Companhia de Jesus, marcadas, justamente, por continuidade e descontinuidade. A primeira fundação aconteceu em Paris, em 1534, quando sete companheiros liderados pelo fundador Inácio de Loyola [1491-1556] fizeram um voto comum. A segunda [Roma, 1540] foi a aprovação oficial e a terceira datada de dez anos depois, quando os jesuítas decidiram empenhar-se no mundo da educação, transformando assim a ideia original da sua ordem e reservando para si um lugar na primeira fila na história da Europa moderna. A quarta fundação foi a restauração de 1814, após a supressão oficial de 1773, sancionada por um breve pontifício, assinado por Clemente XIV [1769-74]. A quinta foi o generalato de Pedro Arrupe [no cargo 1965-83], eleito durante a última fase do Concílio Vaticano II [1962-65].

Outros estudiosos se perguntaram se seria apropriado falar de duas Companhias, uma fundada em 1540 ("antiga") e outra reconstituída em 1814 ("nova"). Essa reconstrução não me convence. A cronologia, nesse caso, corre o risco de identificar uma ruptura demasiado decisiva na história jesuíta. Traçar uma distinção entre os jesuítas de 1773 e aqueles de 1814, de fato, correria o risco de fazer esquecer as experiências dos sobreviventes, as tentativas de continuação que se manifestaram de diferentes maneiras durante os quarenta anos de supressão e as repetidas referências à tradição.

A “nova” Companhia de Jesus não começou do zero. Os testemunhos vindos da Companhia de Jesus, as fontes que são o pão de cada dia para nós, historiadores, corroboram essa consideração. São inequívocas ao relembrar a memória institucional antes da supressão, por vezes exagerando ao ponto de mitificá-la. Depois cresceu lentamente, tanto que cinquenta anos depois a restauração tinha atingido apenas um terço do tamanho que tinha em 1773, com menos recursos e menos ligações políticas. Mas havia continuado a trilhar o seu próprio caminho, um caminho que certamente não está concluído e que avança por etapas, a última das quais estará inevitavelmente sob o olhar das historiadoras e dos historiadores do futuro. Como escrevo na conclusão do livro, de fato: “Não há dúvida de que a eleição de Francisco representou o início de um novo capítulo na história da Companhia de Jesus”.

Existe, em última análise, uma única Companhia de Jesus, aprovada por Paulo III [verbalmente em 1539, oficialmente em 1540], suprimida por Clemente XIV e gradualmente restabelecida por Pio VII [1800-23], transformada pelo generalato de Arrupe e provavelmente destinada a uma nova história após o pontificado de Bergoglio. Por que então dar crédito aos textos de O'Malley? Para que possam coexistir múltiplas fundações para uma mesma instituição, como acontece, por exemplo, para uma cidade, que na sua história pode sofrer diversas mudanças, até mesmo a destruição, mesmo permanecendo sempre a mesma cidade. Ou, como acontece nas nossas biografias, quando percebemos que no meio do caminho da nossa vida (expressão de Dante Alighieri tão amada por nós, italianos), somos pessoas diferentes daquelas que éramos antes e que seremos depois.

Leia mais

  • Companhia de Jesus. Da Supressão à Restauração. Revista IHU On-Line, Nº. 458
  • Antônio Vieira. Imperador da língua portuguesa. Revista IHU On-Line, Nº. 244
  • A Globalização e os Jesuítas. Revista IHU On-Line, Nº 196
  • Jesuítas e a América Latina. Revista IHU On-Line, Nº 25
  • Jesuítas. Quem são?. Revista IHU On-Line, Nº 186
  • A contribuição de Anchieta e Nóbrega para a história do Brasil. Entrevista especial com Nicolás Tapia. Revista IHU On-Line, Nº 196
  • A literatura jesuítica sobre o Brasil do século XVI
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  • 09 de junho de 1597
  • Maria de Nazaré à luz da Mariologia desenvolvida a partir do Concílio Vaticano II
  • O Papa Francisco presidirá a missa de ação de graças pela canonização do Padre Anchieta
  • O apostolado da Companhia de Jesus entre os escravizados no final do século XVI ao século XVIII. Artigo de Felipe de Assunção Soriano

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