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São José, o homem dos sonhos: história de uma longa devoção. Artigo de Giovanni Maria Vian

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19 Março 2024

"A presença de José nos evangelhos concentra-se nos dois primeiros capítulos de Mateus e no segundo de Lucas, isto é, nos relatos do nascimento e da infância de Cristo, que são muito diferentes entre si: os dois evangelistas destacam respectivamente as figuras de José e de Maria", escreve Giovanni Maria Vian, historiador e ex-diretor do L'Osservatore Romano, em artigo publicado por Domani, 17-03-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Uma das figuras mais evanescentes dos evangelhos é a de José, que se acreditava ser o pai de Jesus, como Lucas anota na genealogia de Cristo. É, portanto, um pai aparente, cujo perfil é mal e mal mencionado. Mas justamente por isso é também um personagem fascinante, como o título do romance já sugere – A Sombra do Pai – que lhe foi dedicado há quase meio século pelo polonês Jan Dobraczyński.

Marginal, a figura de José é, no entanto, forte no imaginário coletivo, a ponto de sua data litúrgica de 19 de março atrair - em países de tradição católica como Itália e Espanha - o "dia dos pais", relativamente recente e de origem profana. A festa laica é de fato comemorada nos Estados Unidos desde 1910 para contrabalançar o “Dia das Mães”, iniciado dois anos antes. Comemorada no terceiro domingo de junho e depois espalhada em muitos países, o Dia dos Pais com uma lei assinada por Nixon tornou-se um feriado oficial em 1972.

No entanto, o aniversário litúrgico de São José é suprimido como feriado na Itália desde 1977 e acaba sendo absorvido pelo “Dia dos Pais” de vieses comerciais. As origens da festividade cristã são obviamente muito mais antigas. Nos calendários o pai de Jesus é lembrado em dias diferente, e a data de 19 de março já se encontra em alguns textos do século IX.

História de uma devoção

Mas a plena aceitação de José na cultura popular do Ocidente medieval foi difícil, como reconstruiu Paul Payan. A antiga crença da virgindade de Maria sugere à arte de representá-lo como alguém de idade avançada, sempre subalterno a Maria e a Jesus. Chegando a retratá-lo não apenas como carpinteiro, mas também envolvido em trabalhos domésticos, até mesmo lavando e pendurando roupas: um exemplo muito apreciado nos tempos mais recentes.

Pai especial mesmo nessas tarefas inéditas e guardião de uma família excepcional, José é um modelo de humildade difundido pelos franciscanos, que chamam os superiores dos seus conventos de custódios. Mas noutro aspecto, presumivelmente desaparecido antes da pregação de Jesus, é também o último dos judeus, não raramente pintados no final da Idade Média com os sinais distintivos a eles impostos na realidade.

A devoção difunde-se depois na época moderna, com a festa de preceito decretada em 1621. Depois, em 1870, São José é declarado por Pio IX padroeiro da Igreja Católica, e padroeiro de trabalhadores pelo Papa Pacelli em 1955 - em evidente função anticomunista - e em 1989 é descrito justamente como “o guardião do redentor” por João Paulo II.

Bergoglio o celebra no documento Patris Corde de 2020 como “o homem que passa despercebido, o homem da presença cotidiana, discreta e escondida”. O Papa declarou muitas vezes que reza a ele todos os dias e é seu devoto, tanto que o símbolo heráldico do santo – uma flor de nardo, segundo a tradição hispânica – figura em seu brasão, junto com o sol onde se destaca o monograma do nome de Jesus e da estrela que representa Maria.

Nos evangelhos

A presença de José nos evangelhos concentra-se nos dois primeiros capítulos de Mateus e no segundo de Lucas, isto é, nos relatos do nascimento e da infância de Cristo, que são muito diferentes entre si: os dois evangelistas destacam respectivamente as figuras de José e de Maria.

Simplificando questões debatidas desde a antiguidade, pode-se dizer que expressam pontos de vista complementares dos pais de Jesus. Para ambos os evangelistas, que também relatam genealogias quase inteiramente diferente, José é da linhagem real de Davi. Mas ele nunca fala, e enfrenta acontecimentos inesperados no silêncio.

No relato de Mateus, ele é o homem dos sonhos, como o homônimo patriarca, filho de Jacó, cuja longa história fecha o livro de Gênesis. Em um sonho, um anjo tranquiliza José, "homem justo" transtornado pela gravidez repentina de Maria antes do casamento e que, sem acusá-la, quer repudiá-la em segredo: “O filho que nela há vem do Espírito Santo”.

Num sonho, um anjo ordena-lhe, nascido Jesus em Belém, que "pegue o menino e sua mãe" e fujam para o Egito, após a adoração dos Magos, para escapar do massacre ordenado por Herodes. Em sonho um anjo lhe diz novamente para retornar à terra de Israel, pois já estão mortos "aqueles que procuravam matar a criança". Em sonho, um anjo finalmente o avisa para deixar a Judeia, onde “reinava Arquelau no lugar de seu pai Herodes", e a "sagrada família" se estabelece em Nazaré, na Galileia.

A perspectiva de Lucas é diferente, limita-se a nomear José, originário de Nazaré e que para o censo deve ir até Belém, nas montanhas da Judeia. Aqui ele e Maria acolhem a visita dos pastores que vieram adorar o salvador. Depois de circuncidar o menino, leva-o com Maria ao templo de Jerusalém, onde acontece o encontro com Simeão, “homem justo e piedoso que esperava a consolação de Israel", e com uma idosa mulher, a profetisa Ana.

Por fim, de Nazaré os pais sobem todos os anos para a Páscoa até Jerusalém, onde acreditam tenha se perdido Jesus, então com doze anos. Depois de três dias, o encontram no templo conversando com os mestres: “Seu pai e eu, angustiados, procurávamos você" o repreende Maria. “Vocês não sabiam que eu tinha que cuidar das coisas de meu Pai?” responde o filho. “Mas eles não compreenderam”.

Exceto por essas histórias muito populares, Jesus no Evangelho de João é chamado de "filho de José" duas vezes (1,45 e 6,42). Mas na segunda vez a expressão tem um intuito polêmico em relação ao mestre de Nazaré que acabava de se apresentar como "o pão que desceu do céu" enviado de Deus: “Não é este Jesus, o filho de José? Não conhecemos seu pai e a mãe?" observam seus adversários.

Nos apócrifos

Depois disso, José desaparece dos evangelhos. A integrar as histórias de Mateus e Lucas, iluminando a penumbra que envolve a sua figura, são os apócrifos, que inspiram muita arte. Com o objetivo de reforçar precisamente a crença muito antiga no nascimento milagroso do salvador e explicar a reação dos habitantes de Nazaré narrada pelo Evangelho de Mateus (13,55-56): “não é este o filho do carpinteiro? E sua mãe não se chama Maria? E seus irmãos, Tiago, José, Simão e Judas? E não estão entre nós todas as suas irmãs?

Segundo vários apócrifos, José, já idoso, é apresentado como viúvo que, quando se casa com Maria, já tem filhos e filhas: os irmãos e irmãs de Jesus mencionados nos evangelhos. E na História de José, o Carpinteiro - provavelmente de origem egípcia e datada do século VII - grande espaço é reservado à história da sua morte, semelhante à dos "homens que nasceram nesta terra".

Ao lado do leito do moribundo estão Maria e Jesus, que na história fala na primeira pessoa e segura as mãos de José enquanto este lhe pede que não o abandone. Traduzido do copta e do árabe para o latim, o texto divulga no Ocidente a invocação a São José por uma “boa morte”.

Com uma comparação surpreendente, o Papa Montini fala em 1966 de São José como uma “lâmpada doméstica, que espalha uma luz modesta e tranquila, mas previdente e íntima, e dissipa as trevas da noite, convidando à vigília pensativa e laboriosa, conforta o tédio do silêncio e o medo da solidão, vence o peso do cansaço e do sono, e parece falar com voz calma e confiante sobre o amanhecer que virá”.

A entrevista de Ratzinger

Mas o último a falar sobre São José foi Joseph Ratzinger, que numa entrevista de 2021 ao Tagespost citou “uma das mais conhecidas e belas canções de Natal alemãs”, onde Jesus é apresentado “como uma pequena rosa (Röslein) que nos foi doada pela Virgem Maria na noite santa”. No início desse cântico de Natal, porém, fala-se de uma rosa (Ros) e o Papa emérito explica a mudança lexical com sutileza filológica (e teológica): “Minha suposição pessoal é que originalmente não existia a palavra Ros, mas Reis, isto é, broto”, e a alusão é à profecia messiânica de Isaías (11,1), pois “um broto aparecerá do tronco de Jessé”, o progenitor da dinastia de Davi.

Padroeiro do pai e do filho mais novo, o santo era muito festejado na casa dos Ratzinger: “Bebíamos café moído, de que o meu pai gostava muito, mas que normalmente não podíamos nos permitir.

Por fim, sempre havia uma prímula à mesa em sinal da primavera que São José traz consigo.

E para finalizar a nossa mãe preparava um bolo com cobertura que expressava plenamente a natureza extraordinária da festa". Que Bento XVI, um ano e meio antes da sua “boa morte”, ainda recordava.

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  • José é a presença silenciosa daquele que se fez pai do Deus humano. Entrevista especial com Leonardo Boff
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