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Julio Croda: “É uma revolução no cenário epidemiológico ter a vacina da dengue disponível no SUS”

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23 Janeiro 2024

“Ter, do ponto de vista da tecnologia, uma vacina disponível no SUS, que pode não só prevenir casos graves da dengue, como reduzir hospitalizações e demais casos da doença, é uma revolução no cenário epidemiológico”, avalia, em entrevista ao blog do CEE-Fiocruz, o infectologista Julio Croda.

A reportagem é de Daiane Batista, publicada por Centro de Estudos Estratégicos Fiocruz, 18-01-2023.

Coordenador, na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), de estudo em parceria com o laboratório japonês Takeda, fabricante da mais nova vacina contra a dengue, a Qdenga, incorporada ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), Julio Croda observa que o Brasil é o país que mais notifica dengue no mundo e tem a maior carga da doença. Dados do Ministério da Saúde revelam que somente em 2023, o país bateu recorde de mortes, sendo registradas mais de mil mortes pela doença.

A vacina Qdenga foi incorporada ao SUS pelo Ministério da Saúde, em 21/12/2023, e tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com indicação para prevenção de dengue causada por qualquer sorotipo do vírus. Com isso, o Brasil tornou-se o primeiro país do mundo a oferecer a vacina no sistema público universal.

Julio Croda explica que, ao longo dos anos, ambientes como comunidades carentes, onde a água e a coleta de lixo não chegam de forma satisfatória, favoreceram muito a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Para ele, a nova tecnologia traz possibilidades diferentes no controle da doença. “Ano após ano, sempre foi muito difícil implementar soluções no nível da saúde pública. Tentamos sem sucesso acabar com o vetor, o mosquito, que transmite dengue, zika e chikungunya. A vacina Qdenga, nos ensaios clínicos, com duas doses, em intervalo de três meses, registrou eficácia geral de 80% contra a dengue assintomática e redução de 90% no número de hospitalizações”, pontua.

Julio explica que, embora essa seja uma tecnologia revolucionária, muito provavelmente, não teremos grande impacto no cenário, já para 2024, porque “em termos de saúde pública, no que diz respeito à redução do número de casos, hospitalização e óbitos, a oferta do imunizante ainda é bastante limitada”.

Conforme salienta o pesquisador, para este primeiro momento, a previsão é que o laboratório Takeda entregue ao Brasil, aproximadamente, 5 milhões de doses. A essa quantidade deverão ser acrescidas doses por doação da empresa, totalizando cerca de 7 milhões. “Isso dará para vacinar, no máximo 3,5 milhões de pessoas (tendo em vista que serão aplicadas duas doses), o que é muito pouco, do ponto de vista programático, para se ter algum tipo de impacto em termos de saúde pública”, avalia.

De qualquer forma, considera, a vacinação será fundamental, pois aquele que estiver vacinado terá sua proteção individual para a doença, em termos de hospitalização e óbito, principalmente.

Outras iniciativas

O pesquisador destaca também outras ações importantes na corrida pelo combate à dengue e aponta que está em fase final de desenvolvimento mais uma vacina, pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos e o Instituto Butantan. “Pode ser que esteja disponível a partir de 2025, e utiliza a mesma tecnologia de vírus atenuado, abrangendo os quatro sorotipos. Com a vantagem muito importante de ser uma vacina de dose única”, relata. “Esse e todos os esforços de produção de vacinas, na quantidade necessária para toda a população, serão bastante importantes”.

O pesquisador também cita outras iniciativas relevantes no controle da doença, como o método Wolbachia, liderado pela Fiocruz, que estabelece uma nova população de mosquitos, portando a bactéria Wolbachia e não transmitindo doenças. “É um método bastante interessante de controle vetorial, porque de alguma forma, reduz a carga da doença não só para dengue, pois se mostrou bastante efetivo para zika e chikungunya”.

De acordo com Julio, o Governo Federal está comprometido com a expansão desse programa, e fez um investimento de mais de R$ 100 milhões para ampliar a produção desses mosquitos com a Wolbachia, atendendo uma população, neste momento, de quase 7 milhões de pessoas com a inovação. “Temos epidemias da dengue na cidade do Rio de Janeiro e não observamos esse mesmo padrão na cidade de Niterói, onde a proteção é garantida pela Wolbachia”, exemplifica.

Condições climáticas e sociais

Tanto a vacina contra a dengue, quanto o método Wolbachia, observa Julio, são importantes inovações, “revolucionárias” no controle da doença. “Nos últimos vinte anos, nossa principal medida era o controle vetorial da doença, a eliminação dos focos que se concentram principalmente dentro dos domicílios”, destaca, mais uma vez, o pesquisador, alertando, de qualquer forma, para necessidade de mudanças nas condições estruturais de habitação, saneamento e oferta de água da população. “Temos eventualmente, outros países que apresentam as mesmas condições climáticas favoráveis à replicação do vetor, mas não apresentam carga tão elevada da doença. As nossas condições de habitação, de acesso à água, esgoto e coleta de lixo favorecem realmente essa alta carga”.

Segundo Julio Croda, as arboviroses são uma das principais doenças associadas às mudanças climáticas. Já se observa, diz, a expansão da dengue em regiões como o Sul do Brasil, claramente sob a influência das alterações no clima e do aumento da temperatura. “Em 2023, com o efeito do El Niño, houve expansão da dengue no Sul do país, e em países como Uruguai e norte da Argentina”.

Conforme destaca Julio, essas são regiões não eram acometidas pela doença e agora sofrem, por conta das mudanças climáticas. “Nosso inverno de 2023 foi bastante atípico no que diz respeito ao número de casos, bastante elevado, se comparado aos outros anos. Nesse sentido, o aumento da temperatura global, pode levar ao aumento da incidência dessas arboviroses”, alerta.

Vacina e soberania

Julio é otimista em relação ao cenário futuro, tendo em vista as duas grandes instituições de Saúde do país – Fiocruz e Butantan – que, futuramente, poderão ampliar a produção local da vacina da dengue, em prol da prevenção e redução da carga da doença. “O Brasil pode ser líder mundial, no que diz respeito à produção de vacina da dengue, não só ofertando essa vacina para a população brasileira, reduzindo o impacto econômico da doença, mas como exportador dessa vacina”.

Para ele, é necessário liderarmos o processo de produção de insumos estratégicos para o Sul global, uma vez que essas doenças afetam também as populações dos demais países dessas regiões. “Ano a ano, temos 1,5 milhão de casos de dengue, e a perspectiva para 2024 está entre 1 milhão e 5 milhões, muita morbidade para uma doença só. Ter a vacina da dengue é ter um produto tecnológico que pode ser exportado para outros países, assim como exportamos a vacina da febre amarela”, destaca.

O pesquisador aponta, ainda, o impacto econômico da vacina. “Ao reduzir a carga da doença, também gera renda e emprego para o país”.

A incorporação do imunizante e o público-alvo

O município de Dourados, em Mato Grosso do Sul, é o primeiro do país a iniciar a vacinação em massa contra a dengue com o imunizante Qdenga, que deve ser aplicado em 150 mil douradenses, com idades entre quatro e 59 anos, em duas doses, com intervalo de três meses entre elas.

“O Centro-Oeste é a região do país com maior carga da doença e no qual ocorreu o maior número de casos nos últimos dez anos. Em 2023, Dourados teve 3,4 mil casos, sendo 1,7 mil confirmados laboratorialmente. Além disso, a cidade apresentou um cenário de vigilância bastante interessante, do ponto de vista da confirmação laboratorial, com boa cobertura de Estratégia Saúde da Família – 33 unidades”, analisa Julio.

De acordo com o pesquisador, tendo em vista que a empresa Takeda previa entregar aproximadamente 5 milhões de doses em 2024, foi preciso escolher uma cidade que atendesse esse quantitativo de vacinação, com o principal objetivo de avaliar o impacto da imunização, do ponto de vista da redução de casos, hospitalização e óbito. Dourados foi, então, designada para essa finalidade, como “cidade interessante”, do ponto de vista da carga da doença, da vigilância epidemiológica e da qualidade das unidades de atenção primária. “Com elevada cobertura vacinal, acreditamos numa redução da transmissão, porque a vacina tem proteção para doenças sintomáticas, com impacto inclusive, em pessoas não vacinadas”, explica.

O pesquisador celebra o início do processo de vacinação. “Abrimos o calendário e em menos de 15 dias, vacinamos aproximadamente 10 mil pessoas. Seguiremos vacinando até chegar a 150 mil, nosso o objetivo primário”.

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