• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Na batalha contra o Aedes Aegypti, o Brasil sai derrotado. Entrevista especial com Carlos Henrique Nery Costa

Mais Lidos

  • As tensões surgiram pela primeira vez na véspera do conclave: o decano não mencionou Francisco na homilia e parabenizou Parolin no final

    LER MAIS
  • Esquerdas governamentais, conciliatórias e apaziguadoras reduziram-se a “salvar o capitalismo dele mesmo” e não conseguem canalizar inconformidade e indignação, tarefa que o fascismo desejado e reivindicado pelas massas tomou para si com sucesso

    A internacional fascista como modo de vida. Entrevista especial com Augusto Jobim do Amaral

    LER MAIS
  • Prevost, eleito Papa Leão XIV: o cardeal americano cosmopolita e tímido

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 4º domingo de Páscoa – Ano C – A missão de cuidar da vida e cuidar da humanidade

close

FECHAR

Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

Por: Lara Ely | Edição: Ricardo Machado | 30 Janeiro 2018

O ciclo de retorno de doenças vetoriais, como a febre amarela, é, certa maneira, algo previsto no ambiente de floresta ou áreas silvestres, circulando majoritariamente entre animais. A questão mais sensível, no entanto, são os mosquitos transmissores da doença entre os humanos. O maior risco, no entanto, não são as doenças em si, mas nossa falta de controle sobre os mosquitos. “Todos nós temos o receio de haver o início da transmissão (de febre amarela) pelo Aedes Aegyptie isso seria rigorosamente uma catástrofe”, pondera o médico, professor e pesquisador Carlos Henrique Nery Costa, em entrevista por telefone à IHU On-Line.

O Aedes Aegypti é um inseto totalmente fora de controle

“O Aedes Aegypti é um inseto totalmente fora de controle, nada do que nós fazemos é capaz de interromper a transmissão dessas doenças, seja com a dengue, com o zika vírus, com a febre chikungunya ou mesmo com a febre amarela, que ameaça novamente”, destaca. Nesse cenário, a vacinação continua sendo a medida mais eficaz de controle de uma epidemia. “Embora haja uma limitação para a produção de vacinas para populações muito densas, como a do Sudeste do Brasil, essa ideia de fracionar a dose é bastante segura, mas não sabemos o quanto a seguridade vai perdurar”, analisa.

Contudo, nosso maior dilema, em termos de saúde coletiva e controle epidemiológico, continua sendo a multiplicação de insetos transmissores desses vírus. “O calcanhar de aquiles que a ciência tem é não ter oferecido um método de controle desse inseto, apesar dos diversos esforços. Nós perdemos a batalha para o Aedes Aegypti”, complementa.

Carlos Henrique Nery Costa | Foto: FM Imperial 

Carlos Henrique Nery Costa é médico, formado pela Universidade de Brasília – UnB, mestre em Medicina Tropical e doutor em Saúde Pública Tropical pela Harvard University. É professor da Universidade Federal do Piauí, médico do Instituto de Medicina Tropical Natan Portella, e Presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical.

Confira a entrevista.

IHU On-Line – O que explica o aumento de casos de febre amarela no Brasil nos últimos anos, especialmente nas áreas urbanas?

Carlos Henrique Nery Costa – A presença urbana da febre amarela é mediada por mosquitos que são os vetores de contaminação. A doença, porém, ainda é eminentemente silvestre, obedece a um ciclo exótico, circulando, principalmente, entre animais. Então esses surtos ocorrem, periodicamente, por razões ecológicas e eventualmente podem acometer pessoas em contato com a floresta ou área silvestre onde os casos estão ocorrendo. Agora, por que isso tudo está ocorrendo nas áreas do Sudeste, como o Rio de Janeiro, nós ainda não sabemos. Se a origem é a falta de investimento pluvial ou relações ecológicas mais complexas, ainda não sabemos e é uma questão de muito debate.

IHU On-Line – Qual seria a gravidade dos atuais episódios de surto de febre amarela?

Carlos Henrique Nery Costa – Todos nós temos o receio de haver o início da transmissão pelo Aedes Aegypti e isso seria rigorosamente uma catástrofe. O Aedes Aegypti é um inseto totalmente fora de controle, nada do que nós fazemos é capaz de interromper a transmissão dessas doenças, seja com a dengue, com o zika vírus, com a febre chikungunya ou mesmo com a febre amarela, que ameaça novamente. Felizmente, também por razões que não compreendemos, não há casos de transmissão pelo Aedes Aegypti há décadas. A última vez que foi registrado foi em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia.

IHU On-Line – Qual o risco do surto de febre amarela se transformar em epidemia?

Carlos Henrique Nery Costa – Na verdade, o surpreendente é não ter se transformado ainda. Uma hipótese que eventualmente tem sido explorada é uma espécie de imunização do vírus da febre amarela em contato com outros vírus, como o da dengue, nos hospedeiros. É uma possibilidade ainda não demonstrada de que as populações urbanas estejam protegidas por experiências estéreis com dengue. Isso, reitero, não é uma explicação aceita e consolidada, apenas uma hipótese.

Por isso a surpresa é não ter se tornado epidemia, porque tem tudo para ser epidemia, porque tem todo dia pessoas indo e vindo da floresta. Trata-se de uma doença epidêmica, qualquer mosquito transmissor pode pegar o vírus e passar para outras pessoas.

IHU On-Line – Tem havido dificuldade para fazer o diagnóstico dos casos?

Carlos Henrique Nery Costa – Não. O diagnóstico é um protocolo feito por uma série de institutos de referência, dentre eles a Fundação Oswaldo Cruz - Fiocruz e o Instituto Evandro Chagas, que têm dinâmicas próprias de análises. O problema é que a sorologia pode ser confundida com a da dengue, por isso não devem ser feitos estes testes mais rápidos, mais convencionais. Por isso a necessidade de se abrirem protocolos para verificar se realmente é febre amarela, mas isso pode levar alguns dias.

IHU On-Line – Como os órgãos de saúde têm agido, no Brasil, em relação aos casos de febre amarela?

A medida mais eficaz para o controle é a vacinação

Carlos Henrique Nery Costa – A medida mais eficaz para o controle é a vacinação, uma das ações mais eficientes que existe. Embora haja uma limitação para a produção de vacinas para populações muito densas, como a do Sudeste do Brasil, essa ideia de fracionar a dose é bastante segura, mas não sabemos o quanto a seguridade vai perdurar. Em uma situação emergencial, as declarações do Ministério da Saúde, de que o problema é a dificuldade de controle do Aedes Aegypti, estão corretas. O calcanhar de aquiles que a ciência tem é não ter oferecido um método de controle desse inseto, apesar dos diversos esforços. Nós perdemos a batalha para o Aedes Aegypti.

IHU On-Line – Quais têm sido os desafios para manter as doenças vetoriais sob controle?

O calcanhar de aquiles que a ciência tem é não ter oferecido um método de controle desse inseto, apesar dos diversos esforços

Carlos Henrique Nery Costa – O que tem vacina dá para manter sob controle. O que não tem vacina, como chikungunya, vai passar pelo controle. Dengue tem uma vacina de eficácia muito limitada, cujos resultados não foram aquilo que se esperava, então o problema do Aedes, que é o grande desafio, permanece. Isso não é mais um problema somente dos países tropicais, pois o mosquito está se expandindo para outras regiões, devido aos eventos climáticos extremos causados pelo aquecimento global. O mosquito ameaça invadir a Europa, já está no Sul dos Estados Unidos e na Ásia. Se esse aquecimento global está alterando o comportamento do hospedeiro nas regiões de mata, ainda é uma questão em aberto.

IHU On-Line – Que projeção poderia ser feita sobre a questão das doenças vetoriais?

O mosquito está se expandindo para outras regiões, devido aos eventos climáticos extremos causados pelo aquecimento global

Carlos Henrique Nery Costa – O que nós temos que fazer, por enquanto, é vacinar para controlar algumas crises e a população mais vulnerável, as pessoas mais expostas, e esperar que epizootia acabe, mas para isso não tem previsibilidade nenhuma, pois se trata de um fenômeno totalmente silvestre sem capacidade de controle dos insetos transmissores e das populações de animais que habitam a copa das árvores.

IHU On-Line – Deseja acrescentar algo?

O Brasil continua muito vulnerável à emergência de novas doenças tropicais

Carlos Henrique Nery Costa – Nós temos que, realmente, investir pesado em termos científicos no controle do Aedes Aegypti. Nossa capacidade de resposta a casos emergentes é razoável, como fizemos no caso do zika vírus, mas é preciso muito mais, porque a febre amarela não é a última epidemia, assim como o zika nem o chikungunya não foram as últimas doenças de emergência. O Brasil continua, também por estar nos trópicos, muito vulnerável à emergência de novas doenças tropicais.

Leia mais

  • O fracasso do saneamento básico e a emergência de doenças vetoriais. Revista IHU On-Line, N° 481
  • Pandemia de zika vírus. Perdemos a guerra para o Aedes aegypti? Entrevista especial com Carlos Henrique Nery Costa
  • O desafio de superar as doenças tropicais. Entrevista especial com Carlos Henrique Nery Costa
  • O retorno de doenças vetoriais é sintoma de políticas públicas não integradas. Entrevista especial com Marcia Chame
  • Surto de Febre Amarela está diretamente ligado à perda de biodiversidade. Entrevista especial com Marcia Chame
  • Para bióloga, surto de febre amarela pode ter relação com tragédia de Mariana
  • Brasil está sentado em 'bomba-relógio', diz especialista sobre febre amarela
  • Surto de febre amarela pode estar ligado à tragédia de Mariana, alerta bióloga
  • Fixada no litoral, febre amarela volta no tempo e traz novo desafio ao país
  • Brasil está sentado em 'bomba-relógio', diz especialista sobre febre amarela
  • Febre amarela, do século XIX a 2018: o que Oswaldo Cruz faria nos dias de hoje?
  • Casos de febre amarela alertam para o desmatamento
  • "Torna-se assustadora a possibilidade de haver uma epidemia urbana da Febre Amarela"
  • Há 30 anos sem erradicar a dengue, Brasil enfrenta epidemia de chikungunya e zika vírus. Entrevista especial com Rivaldo Venâncio da Cunha
  • Vigilância ambiental e o controle de doenças. Entrevista especial com Jáder da Cruz Cardoso
  • Combate ao Aedes aegypti pode ser mais nocivo ao humano do que ao mosquito. Entrevista especial com Lia Giraldo da Silva Augusto
  • Pernilongo comum pode fazer parte do ciclo de transmissão do Zika vírus. Entrevista especial com Constância Ayres Lopes
  • Febre amarela no Rio Grande do Sul. Entrevista especial com Paulo Sabroza
  • Estudo da Fiocruz alerta para risco de reintrodução do vírus da febre amarela no ambiente urbano no Brasil
  • O estado da saúde no RS: a presença da dengue e da febre amarela. Entrevista especial com Airton Fischmann
  • Febre amarela entre nós
  • Especialistas investigam relação entre o surto de febre amarela e a degradação ambiental
  • Infectologista questiona fracionamento da vacina contra febre amarela
  • Mosquitos vetores de doenças se expandem com redução de áreas verdes em São Paulo
  • Pulverização aérea para conter mosquito Aedes aegypti é inconstitucional, diz PGR
  • Aedes aegypti: a proliferação do mosquito e a falta de saneamento básico no país. Entrevista especial com Jáder da Cruz Cardoso
  • Mosquito transgênico: jogar os insetos nos ecossistemas não resolve casos de zika e dengue. Entrevista especial com Silvia Ribeiro
  • Zika: ‘foco do controle da doença não deve ser apenas o mosquito’
  • Um ano após epidemia global, Nordeste 'pode ter outro surto grande de Zika'
  • Tamanho da epidemia de Zika é subestimado, indica estudo

Notícias relacionadas

  • Cientistas da Fiocruz concluem que pernilongo comum não transmite vírus Zika

    LER MAIS
  • As fronteiras da zika: 'Só atentaremos à epidemia quando chegar a grandes centros', diz antropóloga

    LER MAIS
  • Em entrevista, especialista do INI/Fiocruz esclarece sobre chikungunya

    LER MAIS
  • Pulverização aérea para conter mosquito Aedes aegypti é inconstitucional, diz PGR

    A pulverização de substâncias químicas por aeronaves para conter doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti é inconstituc[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados