Os bispos franceses também endossam bênçãos para casais em “situação irregular”

Foto: Vatican Media

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11 Janeiro 2024

  • Um incentivo aos pastores abençoarem generosamente as pessoas que se aproximam deles pedindo humildemente a ajuda de Deus.

  • Os bispos franceses consideram que, com estas bênçãos, acompanham estes casais no seu caminho de fé para que descubram o chamado de Deus na sua própria vida e lhe respondam concretamente.

  • Pede aos sacerdotes que manifestem este acolhimento amplo e incondicional através de orações de bênção, pronunciadas espontaneamente, não ritualizadas, sem qualquer sinal que possa ser equiparado à celebração do casamento.

A reportagem é de Jesús Bastante, publicada por Religión Digital, 11-01-2024.

Enquanto os bispos espanhóis (com exceção dos cardeais Cobo ou Omella ou do arcebispo de Toledo) continuam sem se pronunciar coletivamente, o episcopado francês juntou-se ao nosso outro vizinho, os portugueses, para endossar a declaração Fiducia suplicans que permite a bênção dos casais em situação "irregular", bem como as uniões entre pessoas do mesmo sexo.

Num comunicado, a Comissão Permanente dos bispos franceses vê na declaração da Doutrina da Fé, endossada pelo Papa, “um incentivo aos pastores para abençoarem generosamente as pessoas que se aproximam deles pedindo humildemente a ajuda de Deus”.

Assim, embora admitam que o texto “teve um certo impacto na opinião pública” pelas “questões delicadas que aborda”, os bispos franceses consideram que, com estas bênçãos, acompanham estes casais no seu caminho de fé para que eles descobrem o chamado de Deus em suas próprias vidas e respondem a ele concretamente.

Neste sentido, a nota recorda a doutrina católica sobre o matrimônio, que não é modificada pela Fiducia supplicans, e afirma que “recebemos também de Jesus Cristo o apelo a um acolhimento incondicional e misericordioso, uma vez que Jesus ‘não veio chamar o justos, mas para os pecadores', o que todos nós somos". Assim, acrescenta que “aqueles que não estão em condições de se comprometer com o sacramento do matrimônio não estão excluídos do amor de Deus ou da sua Igreja” e pede aos sacerdotes que “manifestem este acolhimento amplo e incondicional, particularmente através de orações de bênção, pronunciada espontaneamente, não ritualizada, sem qualquer sinal que possa ser equiparado à celebração do casamento”.

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