IURD anuncia reforma na liderança para reintegrar “reformista angolana”

Sede local da Igreja Universal do Reino de Deus, em Cabinda, Angola (Foto: Wikimedia Commons)

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21 Novembro 2023

Em Angola, a Igreja Universal do Reino Deus prepara-se para restruturar a liderança da IURD, com reintegração da “ala reformista”, no âmbito do acordo conciliatório mediado pelo Estado angolano. A IURD garante que o processo visa devolver a legitimidade da igreja aos fiéis, divididos há mais de três anos.

A reportagem é publicada por Angola 24 horas, 19-11-2023.

Alberto Segunda, o bispo indicado para liderar o processo de restruturação da igreja, faz saber que a conclusão da reforma passa por uma reunião mais alargada, que visa abrir caminhos para o futuro da IURD em Angola.

O prelado garante que, depois do acordo em setembro deste ano, a igreja está a desenvolver um processo interno com antigos membros, para colocar um basta ao conflito que opunha as duas alas.

“Objetivo é unir a igreja, objetivo é unir todos os fiéis e aqueles que quiserem fazer parte da festa não tem problema nenhum. Voltarem como nós temos anunciado, porque a Igreja Universal está aberta desde que, as pessoas não venham para fazer confusão, não venham para fazer vandalismo, venham realmente buscar a Deus como diz a palavra de Deus ”, anunciou o bispo Alberto Segunda.

O bispo Alberto Segunda também relaciona a realização da assembleia da IURD com a devolução da legitimidade da igreja aos fiéis desavindos há quatros anos.

“A legitimidade deve ser devolvida aos fiéis, porque são eles que conhecem que deve os liderar. Então, a assembleia que vai ser realizada vai ser determinante na igreja universal do Reino de Deus porque, quem vai escolher é o próprio povo. É povo que tem a legitimidade de quem vai os liderar e, isso sim, a pessoa que estiver a liderar a igreja universal terá legitimidade para falar em nome do povo”, disse o também representa da ala brasileira.

Em Novembro de 2019, dissidentes da IURD em Angola acusaram a direção brasileira de crimes financeiros, racismo, discriminação e abuso de autoridade, e constituíram uma ala, que acabou sendo reconhecida pelo Governo angolano como representante legítimo da igreja.

Na sequência do conflito, quatro membros da liderança da IURD foram constituídos arguidos e absolvidos em março de 2022, exceto o bispo brasileiro Honorilton Gonçalves, antigo responsável da instituição religiosa em Angola, condenado há três anos de prisão, com pena suspensa, por crime de violência física e psicológica.

Recorde-se que um dos pontos do acordo conciliatório tem a ver com mudança de nome de Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) para Igreja do Reino de Deus de Angola (IRDA).

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