Bätzing pede ao Vaticano que permita que homossexuais sejam ordenados sacerdotes

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21 Setembro 2023

  • Proibir homossexuais de serem padres “leva ao tabu e ao silêncio”.

  • Durante os debates do Caminho Sinodal, a maioria se pronunciou a favor de reformas relativas à moralidade sexual e também em vista de uma reavaliação geral da homossexualidade. Em janeiro deste ano, a Diocese de Limburgo admitiu que “existe uma diversidade de identidades e orientações sexuais” e comprometeu-se a “promover ativamente uma abordagem à diversidade”.

A reportagem é de Jesús Bastante, publicada por Religión Digital, 20-09-2023.

Proibir os homossexuais de serem padres “leva ao tabu e ao silêncio”. O bispo de Limburgo e presidente da Conferência Episcopal Alemã, dom Georg Bätzing, considera “errôneos” os atuais regulamentos da Santa Sé que impedem tanto os homossexuais praticantes como os homens com tendências homossexuais de entrar no seminário ou de serem ordenados, conforme proposto numa entrevista a a estação de rádio Deutschlandfunk.

Na opinião do líder dos bispos alemães, o Vaticano deveria “afastar-se” desta norma. As atuais diretrizes vaticanas afirmam que os “homossexuais praticantes” e os homens que têm “tendências homossexuais profundamente enraizadas” estão excluídos do sacerdócio: Dom Georg Bätzing apela ao abandono desta norma, que ele queria dissociar do celibato ou daqueles que defendem que a homossexualidade pode ser tolerado "no armário".

Celibato e diversidade sexual

“As relações secretas de um candidato dificultam uma vontade séria de esclarecimento das suas decisões profissionais e de vida”, admitiu Bätzing, que esclareceu que isso “independe de alguém ser homossexual ou heterossexual”, pelo que “o decisivo é que uma relação secreta não cabe”. Na decisão de ser ordenado sacerdote", não na orientação sexual.

Em 2016, a Congregação para a Doutrina da Fé (hoje, Dicastério) publicou em 2016 que “homossexuais praticantes” e homens que têm “tendências homossexuais profundamente enraizadas ou apoiam a chamada cultura homossexual” estão excluídos do sacerdócio, algo que é altamente discutido mesmo dentro do próprio Vaticano.

De fato, durante os debates do Caminho Sinodal, uma maioria falou a favor de reformas relativas à moralidade sexual, e também em vista de uma reavaliação geral da homossexualidade. Em janeiro deste ano, a diocese de Limburgo admitiu que “existe uma diversidade de identidades e orientações sexuais” e comprometeu-se a “promover ativamente uma abordagem à diversidade”.

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