Francisco, na Mongólia, onde descansará o dia inteiro depois da longa viagem

Ulaanbaatar, Mongólia. (Foto: duku. photography | Unsplash)

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01 Setembro 2023

  • Ao chegar ao Aeroporto Internacional Chinggis Khaan, o Papa foi recebido pelo ministro das Relações Exteriores, Battsetseg Batmunkh, e por uma jovem que lhe ofereceu iogurte seco, costume típico do país.

  • 2 de setembro será dedicado a compromissos institucionais.

  • O Papa Francisco se reunirá com o clero na Catedral de São Pedro e São Paulo, construída no século XX com uma estrutura que lembra yurts.

  • Em 4 de setembro, último dia da viagem, Francisco inaugurará a Casa de Caridade, local para abrigar e ajudar os mais necessitados do país.

A reportagem é publicada por Religión Digital/EFE, 01-09-2023.

O Papa Francisco chegou hoje à Mongólia, sendo assim o primeiro pontífice a visitar este país com o objetivo de animar a pequena comunidade católica de cerca de 1.400 pessoas, e irá descansar ao longo do dia para recuperar-se do voo de 9 horas e meia e do fuso horário.

Ao chegar ao Aeroporto Internacional Chinggis Khaan, o líder católico foi recebido pelo ministro das Relações Exteriores, Battsetseg Batmunkh, e por uma jovem que lhe ofereceu iogurte seco, costume típico do país. Em seguida, eles se encontraram por alguns minutos em um saguão do aeroporto, pois a cerimônia oficial de boas-vindas será realizada amanhã.

Depois Francisco irá descansar na prefeitura, residência do prefeito de Ulaanbaatar, na presença do cardeal Giorgio Marengo, já que o Vaticano não possui nunciatura (embaixada) no país.

Durante a viagem, o Papa sublinhou que veio visitar um povo pequeno que vive num vasto território, um povo pequeno “mas com uma grande cultura” e pediu para refletir sobre o silêncio das estepes porque disse que “a Mongólia se compreende com os sentidos".

O dia 2 de setembro será dedicado aos compromissos institucionais: pela manhã com as autoridades civis, incluindo o presidente e o primeiro-ministro, e à tarde com bispos, padres, missionários consagrados, cerca de 80 em todo o país, onde existem apenas 9 paróquias, 4 delas na capital, cidade que concentra 40% da população do país, um dos mais despovoados do mundo.

Francisco se reunirá com o clero na Catedral de São Pedro e São Paulo, construída no século XX com uma estrutura que lembra os yurts, as típicas tendas circulares da Ásia Central construídas assim para se refugiarem do frio e dos ventos fortes das estepes, e onde há uma estátua da Virgem encontrada por uma mulher no lixo anos atrás, mais tarde entronizada e venerada como Mãe do Céu.

O papa também celebrará uma missa na tarde de 3 de setembro na Steppe Arena para os 1.500 fiéis residentes na Mongólia, 90% vivem na capital, mas também se juntarão outros mil fiéis de vários países vizinhos como Rússia, China, Tailândia, Cazaquistão, Quirguistão, Azerbaijão e Vietnã.

No domingo ele presidirá um evento ecumênico e inter-religioso no Teatro Hun, no qual participarão representantes do xamanismo, do xintoísmo, do budismo, do islamismo, do judaísmo, do hinduísmo e de outras denominações.

Em 4 de setembro, último dia da viagem, Francisco inaugurará a Casa da Caridade, local para abrigar e ajudar os mais necessitados do país, onde 36% da população vive abaixo da linha da pobreza.

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