13 Julho 2023
"As bombas de fragmentação são tudo menos uma arma de defesa", escreve Tonio Dell’Olio, padre, jornalista e presidente da associação Pro Civitate Christiana, em artigo publicado por Mosaico di Pace, 10-07-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.
Muitas considerações importantes foram feitas sobre as bombas de fragmentação que o presidente dos Estados Unidos prometeu às forças armadas ucranianas. Acima de tudo, são importantes as observações segundo as quais esse tipo de bomba não discrimina o alvo e atinge prevalentemente civis.
Sabemos disso porque, infelizmente, tivemos que constatá-lo em tantos conflitos armados. Admitindo que possa existir uma arma que tenha legitimidade moral própria, as bombas de fragmentação que são "verdadeiras minas", e já proibidas por uma moratória internacional, são ainda mais imorais por essas e outras razões. Entre as outras, os dispositivos contidos no corpo do projétil possuem um potencial explosivo capaz de ferir e não causar diretamente a morte das pessoas que entram em contato com a arma. Esses dispositivos foram perversamente estudados justamente para serem assim, porque tratar um ferido custa mais do que enterrar um morto e, além disso, deprime muito mais o moral do "inimigo".
Uma coisa é certa: as bombas de fragmentação são tudo menos uma arma de defesa. Portanto, mesmo segundo o direito internacional e todas as convenções que pretendem regular um conflito armado, as bombas de fragmentação são totalmente fora da lei e, caso ainda houvesse necessidade, sancionam definitivamente o envolvimento e a corresponsabilidade dos países ocidentais na guerra.
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Bombas de fragmentação. Artigo de Tonio Dell'Olio - Instituto Humanitas Unisinos - IHU