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Louvor a Ester, mulher símbolo de coragem. Artigo de Scialom Bahbout

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09 Março 2023

"Quem ler a Bíblia com atenção descobrirá que muitas vezes as decisões mais inovadoras e corajosas são tomadas justamente pelas mulheres", escreve Scialom Bahbout, rabino, que já foi professor no Colégio Rabínico Italiano e é professor emérito de Física na Faculdade de Medicina da Sapienza de Roma, em artigo publicado por La Repubblica, 08-03-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Nos dias de hoje, em todo o mundo judaico, celebra-se o Purim, uma espécie de carnaval hebraico, que relembra a primeira tentativa fracassada de "solução final" programada pelo governo do Império da Pérsia há 2.400 anos. Mais de uma vez os judeus tiveram que se esconder ou se disfarçar assumindo outras vestimentas que mais agradassem ao inimigo: Purim significa destino: uma mudança de destino, uma passagem da morte para a vida, que só pode ser conseguida tomando decisões difíceis, por serem cheias de perigos, mas que se revelam clarividentes.

Vejamos como leria a história de Ester Anton Pavlovich Chekhov, um dos protagonistas da literatura do século XIX. Chekhov escreve: "Se uma arma aparecer na história, mais cedo ou mais tarde ela disparará": os personagens, os conflitos, os ambientes, as informações inseridas na história devem ter uma função e não ser supérfluos. Analisemos a história narrada no livro bíblico de Ester à luz deste princípio: se algum elemento é apresentado na escritura (justamente como uma arma), em determinado momento deve encontrar uma razão de ser (no caso da arma, precisamente, disparar).

Não se trata de uma regra válida apenas para objetos, mas também para os sujeitos e os eventos narrados. Logo no início da história são narrados dois episódios: a recusa de Vasti, esposa do rei, em se mostrar em toda a sua beleza diante dos príncipes das nações e, sobretudo, a tentativa de golpe de estado perpetrado por dois dignitários, Bigtã e Teres, que é descoberto pelo judeu Mordecai, enquanto estava no portão do Palácio Real. Esses episódios, e em particular o segundo que parece totalmente casual, parecem completamente estranhos à história. Ainda mais estranho é que a rainha Ester, escolhida logo após a eliminação de Vasti, rainha rebelde feminista já em seu tempo, não assumiu o crédito pela descoberta, mas a denunciou em nome de Mordecai.

No desenvolvimento da história descobrimos que, quando é emitido o edito para a eliminação de todos os judeus do reino persa, a rainha Ester decide revelar a sua identidade: na verdade, apesar de ser judia, ela poderia ter se salvado porque vivia no palácio, “mascarada” como primeira marrana da história. Apresentando-se ao Rei, revelando a sua identidade, arrisca a morte, infringindo o protocolo que proibia apresentar-se ao Rei sem convite explícito. Os destinos mudam devido a um cruzamento de vários fatores: a ocorrência "casual" da insônia do Rei, que ao ler a sua agenda descobre que Mordecai, que o salvou da morte, não havia sido dada nenhuma honraria; a visita simultânea ao Rei do ministro Aman, artífice do projeto da "solução final", que foi até o Rei para pedir o enforcamento de Mordecai, e finalmente forçado pelo Rei a honrar o odiado judeu Mordecai pelas ruas do capital Susa; a decisão consciente de Ester de ir ao Rei convidá-lo para um banquete, junto com o ministro Aman, para defender a causa de seu povo.

Durante o banquete, numa cena verdadeiramente hilária, o próprio Aman deitado na cama da rainha para pedir misericórdia, é questionado pelo rei, que pensa que o ministro queira ganhar as "graças" da Rainha. Neste ponto, os destinos se invertem: Aman será enforcado e Mordecai assumirá seu papel e salvará os judeus da eliminação.

Mordecai parece ser o diretor de todo o caso: ele sugere que Ester se candidate ao papel de Rainha e sugere que ela não revele de onde vem no início, mas a verdadeira protagonista da história é uma mulher, e por isso mesmo o livro assume o nome de Livro de Ester, mas não de Mordecai. O sentido geral dessa história é que se por um lado existem algumas coisas que parecem ditadas pelo acaso, por outro lado a história toma um rumo diferente devido a uma escolha precisa feita por Ester.

A decisão de Ester de arriscar sua vida visitando o rei, bem como a de revelar a conspiração em nome de Mordecai, prepararam o terreno para a decisão do rei de honrar Mordecai. Sobre este último detalhe escrevem os Mestres de Israel: “Quem denuncia uma coisa em nome de quem o disse traz a redenção – a libertação - ao mundo". A "arma de Chekhov" que parecia fora de contexto finalmente disparou.

Pode ser interessante analisar essa história em paralelo com a de Rute, outra mulher, protagonista de um livro bíblico a ela dedicado, progenitora do rei Davi: as suas escolhas são o verdadeiro motor da história e os homens são apenas espectadores, muitas vezes incapazes de fazer as escolhas certas na hora certa. Até mesmo Mordecai suspeita que a ascensão de Ester ao trono não se deveu ao acaso, mas a um projeto superior que lhe escapa. Há acontecimentos que parecem casuais, mas que na verdade devem ser vistos como "oportunidades" que o homem é chamado a aproveitar para fazer as próprias escolhas todos os dias.

Quem ler a Bíblia com atenção descobrirá que muitas vezes as decisões mais inovadoras e corajosas são tomadas justamente pelas mulheres.

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