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Católicos tradicionalistas estão sendo investigados pelo FBI? Artigo de Thomas Reese

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08 Março 2023

Um recente memorando do FBI, vazado pela imprensa, não acusa nenhum católico ou organização católica de ser terrorista. O que preocupa a agência é o interesse demonstrado por extremistas violentos motivados por questões raciais ou étnicas pela ideologia católica radical-tradicionalista.

O comentário é do jesuíta estadunidense Thomas J. Reese, ex-editor-chefe da revista America, dos jesuítas dos Estados Unidos, de 1998 a 2005, e autor de “O Vaticano por dentro” (Ed. Edusc, 1998), em artigo publicado por National Catholic Reporter, 03-03-2023. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

O escritório do FBI em Richmond, Virgínia, nos Estados Unidos, está preocupado com o interesse que extremistas violentos com motivações raciais ou étnicas têm pelos católicos radical-tradicionalistas, de acordo com um memorando vazado e datado de 23 de janeiro [imagens do documento estão disponíveis aqui].

Recentemente, a agência priorizou lidar com o terrorismo doméstico, especialmente de nacionalistas brancos, e aparentemente está preocupado com o fato de extremistas violentos estarem buscando alianças com esse segmento de extrema direita do catolicismo conservador.

O memorando foi condenado por Barry Knestout, bispo católico de Richmond, e outros como uma ameaça ao “livre exercício da religião constitucionalmente protegido”. Os católicos conservadores viram isso como mais uma evidência do antagonismo do governo Biden em relação à religião em geral e à Igreja Católica em particular.

Vinte procuradores-gerais estaduais republicanos, incluindo o da Virgínia, escreveram ao procurador-geral dos Estados Unidos, Merrick Garland, e ao diretor do FBI, Christopher Wray, dizendo: “O fanatismo anticatólico parece estar apodrecendo o FBI, e o Bureau está tratando os católicos como terroristas em potencial devido a suas crenças”.

Pensar no FBI como anticatólico é irônico

“A grande maioria dos agentes do FBI ao longo do tempo tem sido católica”, relata Kathleen McChesney, que era a autoridade número três no FBI quando saiu para trabalhar para a Conferência dos Bispos dos Estados Unidos. “O recrutamento era alto no Canisius, no Seton Hall e em outras faculdades católicas. A maioria dos candidatos ao FBI não eram e/ou não são membros da Ivy League [grupo das oito principais universidades privadas estadunidenses], mas sim de graduados da classe média de primeira geração.”

O memorando, que era de uso interno para a orientação dos agentes, foi rapidamente retirado pela agência, que disse à Catholic News Agency que “não atende aos exigentes padrões do FBI”. O memorando foi descrito como “aterrorizante” por Garland em depoimento ao Congresso no dia 1º de março.

O cardeal de Nova York, Timothy Dolan, presidente da Comissão sobre Liberdade Religiosa dos bispos dos Estados Unidos, endossou os comentários de Knestout. Condenando o racismo e a violência, Dolan disse que “o memorando vazado é ‘perturbador e ofensivo’ em vários aspectos – como em seu perfil religioso e em sua confiança em fontes duvidosas –, e estou feliz pelo fato de ele ter sido retirado”.

Ele encorajou as autoridades policiais federais “a tomarem as medidas cabíveis para garantir que os aspectos problemáticos do memorando não se repitam em nenhum dos trabalhos de suas agências daqui para a frente”.

Qual a gravidade do memorando?

O memorando não acusa nenhum católico ou organização católica de ser terrorista. O que o preocupa é o interesse demonstrado por extremistas violentos motivados por questões raciais ou étnicas (RMVEs, na sigla em inglês) pela ideologia católica radical-tradicionalista (RTC, na sigla em inglês). Os autores temem que extremistas violentos possam tentar infiltrar sua mensagem violenta na ideologia católica radical-tradicionalista e recrutar seguidores de organizações que a defendem.

Como afirma o memorando, “os RMVEs continuarão achando a ideologia RTC atraente e continuarão tentando se conectar com os adeptos da RTC, tanto virtualmente por meio das mídias sociais quanto pessoalmente nos locais de culto”.

O memorando relata que “os RMVEs já procuraram e frequentaram locais de culto católicos tradicionalistas, assim como usaram linguagem indicativa de adesão à ideologia RTC em postagens nas mídias sociais”.

Nenhuma evidência é fornecida para embasar essas afirmações, mas grandes trechos do memorando estão apagados onde as evidências podem ter sido apresentadas.

Pode-se facilmente imaginar a substituição da palavra “católico” por “islâmico” nesse memorando, caso no qual o FBI se preocuparia com o fato de o Estado Islâmico ou a al-Qaeda estarem recrutando seguidores do Islã “radical-tradicionalista”. Muitos daqueles que criticam o memorando atual teriam achado bastante razoáveis as preocupações do FBI sobre grupos muçulmanos radical-tradicionalistas.

Depois do 11 de setembro, o FBI cometeu vários erros em sua abordagem a grupos islâmicos nos Estados Unidos e acabou descobrindo que o diálogo e a transparência com esses grupos funcionavam melhor do que espiões infiltrados. Esperançosamente, o FBI não terá que passar pelo mesmo processo de aprendizagem ao lidar com os católicos tradicionalistas.

Hoje, “não haveria operações secretas em organizações religiosas”, explica McChesney. “Isso é uma violação das diretrizes do procurador-geral e basicamente algo inconstitucional e ilegal.”

Por outro lado, “se pessoas de uma determinada religião estiverem ameaçando, planejando ou cometendo crimes”, diz McChesney, “elas serão perseguidas como indivíduos, e não por suas crenças, mas sim por aquilo que estão ameaçando, planejando ou fazendo”.

O memorando do FBI focou-se apenas em uma pequena porção do catolicismo. De fato, é questionável se os católicos radical-tradicionalistas podem se chamar legitimamente de católicos.

De acordo com o FBI, quem são esses católicos radical-tradicionalistas?

Uma nota de rodapé na página 1 do memorando afirma: “Os RTCs são tipicamente caracterizados pela rejeição ao Concílio Vaticano II (Vaticano II); pelo desprezo pela maioria dos papas eleitos desde o Vaticano II, particularmente o Papa Francisco e o Papa João Paulo II; e pela frequente adesão à ideologia antissemita, anti-imigrante, anti-LGBTQ e supremacista branca”.

O memorando distingue esses grupos daqueles que chama de “‘católicos tradicionalistas’ que preferem a missa tradicional em latim e os ensinamentos e as tradições pré-Vaticano II, mas sem as crenças ideológicas mais extremistas e a retórica violenta”. Alguns repórteres e comentaristas acusaram falsamente o FBI de estar perseguindo tais tradicionalistas, embora o memorando os exclua claramente.

Em outra nota de rodapé, na página 2, o memorando descreve a Fraternidade São Pio X e a Fraternidade Sacerdotal de São Pedro, mas não as identifica como organizações católicas radical-tradicionalistas. O contexto dessa nota de rodapé não está claro, porque o texto onde se encontra a referência à nota de rodapé está apagado. No entanto, é seguro presumir a partir do restante do memorando que o FBI considera essas organizações como católicas “tradicionalistas”, e não “radical-tradicionalistas”.

Uma nota de rodapé na página 3 refere-se à Legio Christi, apenas para dizer que ela não está associada aos Legionários de Cristo. Quase toda a página está apagada, de modo que não há nenhuma outra informação sobre o grupo.

Por fim, o memorando passa a cita alguns nomes, referenciando o Southern Poverty Law Center (SPLC), que identifica nove grupos de ódio católicos radical-tradicionalistas [disponível em inglês aqui]:

1. Catholic Apologetics International (Greencastle, Pensilvânia);
2. Catholic Family News/Catholic Family Ministries Inc. (Niagara Falls, Nova York);
3. Christ or Chaos (Corsicana, Texas);
4. Culture Wars/Fidelity Press (South Bend, Indiana);
5. The Fatima Crusaders/International Fatima Rosary Crusade (Buffalo, Nova York);
6. In the Spirit of Chartres Committee (Glenelg, Maryland);
7. The Remnant/The Remnant Press (Forest Lake, Minnesota);
8. Slaves of the Immaculate Heart of Mary (Town of Richmond, New Hampshire);
9. Tradition in Action (Los Angeles).

O memorando não dá nenhuma informação que evidencie que esses grupos são grupos de ódio, mas simplesmente cita o testemunho do Southern Poverty Law Center. Por sua vez, o centro documenta a natureza antissemita desses grupos, mas não os acusa de violência de fato [disponível em inglês aqui].

É problemático que o FBI dependa de uma organização externa para classificar as organizações como grupos de ódio.

“O SPLC produziu algumas informações excelentes no passado”, diz McChesney. “No entanto, o FBI deveria usar seus próprios dados e informações a partir de fontes humanas e outras.”

Em depoimento perante o Congresso, Garland concordou que o FBI “não deveria confiar em nenhuma organização individual sem fazer seu próprio trabalho”.

Como endosso à sua alegação de que há uma “sobreposição crescente entre o movimento nacionalista branco de extrema direita e os RTCs”, o memorando aponta para “a crescente colaboração da organização midiática católica de extrema direita Church Militant (e sua ala ativista, a rede Resistance) com o movimento America First/groyper”.

Uma nota de rodapé explica que o termo “groyper se refere aos seguidores do movimento alt-right ‘America First’ de Nick Fuentes, que se caracteriza por sua plataforma de nacionalismo cristão branco”. Fuentes, que se identifica como católico, foi expulso do Twitter duas vezes por publicar inúmeras obscenidades noturnas e reflexões conspiratórias e antissemitas.

O memorando do FBI realmente sai dos trilhos quando cita um aumento na “hostilidade contra os defensores do direito ao aborto nas mídias sociais” como uma evidência da “convergência contínua entre o movimento nacionalista branco de extrema direita e os RTCs”.

A menos que essa “hostilidade” envolva ameaças de violência, o FBI está muito errado aqui.

“Não é um bom relatório”, conclui McChesney. “Não é algo típico do FBI como eu o conhecia, e acho que posso me arriscar a dizer que provavelmente não é algo típico agora.”

McChesney reflete: “Foi um momento horrível para o FBI. Isso exigirá retreinamento, melhor supervisão e um ou dois novos processos para superá-lo.”

Por outro lado, ela não acha que o memorando seja uma ameaça à liberdade religiosa, “mas pode ser percebido dessa forma”. Como resultado, ela sugere que “o FBI precisa ir ao encontro face a face das lideranças católicas locais e nacionais e explicar qual era o objetivo. E eles também podem aprender com os bispos”.

Ao mesmo tempo, “seríamos ingênuos em pensar que algumas pessoas que se dizem católicas não hesitam em adotar uma abordagem ilegal para alcançar seus objetivos”, diz McChesney. “Pensemos nos tiroteios contra instituições provedoras de aborto. Esses criminosos não têm um passe livre simplesmente porque dizem ou pensam que a Igreja Católica gostaria que eles fizessem isso.”

O memorando do FBI foi um erro grave que o Bureau precisa resolver, especialmente diante do péssimo histórico de vigilância de grupos religiosos por parte da agência. Por outro lado, aqueles que acham que o FBI está atrás dos católicos tradicionais estão sendo paranoicos.

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