01 Dezembro 2022
Ramzan Kadyrov, chefe da república interna da Chechênia na Rússia, respondeu às observações feitas pelo Papa Francisco, que disse há alguns dias que as tropas mais cruéis durante a operação especial russa na Ucrânia são aquelas que "são não da tradição russa", como os chechenos e os buriates.
A reportagem é publicada por Interfax, 30-11-2022.
Na quarta-feira, Kadyrov observou em seu canal no Telegram que "não iniciamos nenhuma batalha sem antes sugerir a paz". "E desde o início da operação militar especial, provavelmente fizemos isso dezenas de vezes. Os próprios soldados ucranianos que estavam em nosso cativeiro contarão a você sobre o tratamento dos chechenos aos cativos - seja cruel ou não", escreveu Kadyrov.
Não há um único alcoólatra ou viciado em drogas entre as tropas chechenas, mas "todo soldado é profundamente religioso e todo soldado sabe que, mesmo durante uma guerra, não se deve esquecer a honra, a dignidade e o respeito, mesmo pelo inimigo", disse Kadyrov.
"E, de um modo geral, como é possível definir no campo de batalha se o adversário é alegre, sombrio, sentimental ou cruel? Além disso, como é possível determinar pela vista a etnia de um militar russo dentro de uma força mista, porque nosso país é o lar de mais de 190 grupos étnicos? O chefe do Vaticano não pode responder a esta pergunta, é claro. Ele simplesmente se tornou uma vítima da propaganda e insistência vinda da mídia estrangeira", disse Kadyrov.
O líder espiritual dos budistas russos, Pandito Hambo Lama Damba Ayusheyev, por sua vez, também descreveu as acusações do Papa Francisco como injustas.
"Acho que os católicos romanos europeus não entendem que a vida na fria Sibéria e no Extremo Oriente torna as pessoas mais resilientes, pacientes e resistentes a várias adversidades. É por isso que nosso povo não é cruel, mas simplesmente tem que defender mais uma vez sua pátria do fascismo com dignidade, como fizeram nossos avós e bisavós", disse Ayusheyev no Telegram.
O centro espiritual da comunidade budista russa está localizado na Buriácia.
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Kadyrov e o chefe dos budistas russos criticam as declarações do Papa sobre a guerra na Ucrânia - Instituto Humanitas Unisinos - IHU