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17 Agosto 2022

 

Quando em 1935 Virginia Woolf foi solicitada a fazer algo para evitar a guerra, sua resposta, após a explosão do horrível massacre de 1914-18 e no horizonte de chumbo de uma carnificina mundial iminente, foi meditada, muito articulada, mas seca.

 

O comentário é da historiadora da arte italiana Antonella Cattorini Cattaneo, professora de História e Filosofia no Liceo “Antonio Banfi”, em Vimercate, na Itália. O artigo foi publicado por Settimana News, 16-08-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo.

 

De forma original, mandou para o inferno o real ou suposto interlocutor (e às fileiras dos "homens cultos", antifascistas como ele) e com a elegância própria de uma grande escritora e talentosa intelectual produziu aquela obra-prima intitulada Três Guinés (1938) onde, resumindo ao extremo, ela convida a comunidade político-cultural a evitar perguntas fúteis e abstratas, mas sim a proporcionar estudos para as mulheres e, finalmente, permitir que sua educação seja tal a valorizar a diversidade de gênero.

 

 

Três guinéus

 

Não é por acaso que as mulheres eram estranhas à guerra: "lutar sempre foi um hábito do homem, não das mulheres", "pode-se contar nos dedos de uma mão os seres humanos mortos pelo fuzil de uma mulher" - lê-se no primeiro capítulo. Convidada a assinar uma carta aos jornais ou a tornar-se membro de uma associação pacifista ou a doar dinheiro para tal associação, Virginia opta por escrever e doar poucas, mas importantes, moedas.

 

As únicas que as mulheres - que por muito tempo tiveram o custo de sua educação superior retirado para doar a irmãos e primos do sexo masculino - podem se permitir gastar: um guinéu para ajudar a construção de uma faculdade (naquele tempo não era permitido que as mulheres ensinassem nas escolas secundarias e universidades); o segundo para permitir-lhes o acesso às profissões liberais e um terceiro para criar uma Sociedade das Estranhas - ou seja, uma associação feminina capaz de defender autenticamente a paz, bem como a "Justiça, Igualdade e Liberdade".

 

A escritora estava convencida de que somente assim (“não apenas com ideias, mas com o modo de vida”) tais fins nobres se concretizariam e a guerra seria evitada. No entanto, nem esse investimento foi feito nem a precária paz assinada em Versalhes foi mantida. Logo depois estourou a Segunda Guerra Mundial.

 

Quando por acaso vejo elegantes representações de mulheres lendo e os esplêndidos antecedentes iconográficos de Maria e outras figuras femininas bíblicas com livros nas mãos, a voz de Woolf me parece extremamente atual.

 

A maioria das mulheres que hoje podem se permitir ler não tramam guerras; investem seu tempo refletindo sobre páginas, nas quais mestres e mestras da escrita almejaram por tempos de paz, talvez descrevendo cenários bélicos. Para a leitura, a calma e o sossego são indispensáveis, típicos do tempo de descanso e naturalmente de paz.

 

Então gosto de imaginar algumas das minhas alunas com olhos que examinam textos em papel e virtuais. Não só os textos indicados para leituras de verão pelos professores, mas também aqueles escolhidos pessoalmente. Jornais, revistas, músicas, pinturas e estátuas, filmes, séries de televisão remetem a obras literárias. As indicações chegam até mesmo de jornalistas e repórteres ativos nos terríveis cenários das guerras em curso.

 

Às imagens de leitoras que enriquecem a tradição figurativa oitocentista (basta como exemplo citar La lettrice de Federico Faruffini ou La lecture de August Renoir com duas esplêndidas garotas com o olhar absorto num mesmo texto) é dedicado o livro de Anna Finocchi (Lettrici, 1992) onde a estudiosa aponta que naquele tempo a leitura parece ser a conquista de um exercício intelectual, um modo de ser em que a mulher está cada vez mais concentrada dentro de si mesma.

 

Retrata "o universo da vie interieure". E se esse modus vivendi fotografa e favorece instâncias de independência e defesa do gênero feminino em âmbito sócio-político e artístico, do ponto de vista iconográfico os protótipos se encontram na tradição da arte sacra.

 

Maria e o livro

 

São numerosas as imagens da Virgem com um livro nas mãos, tanto no momento da Anunciação (Antonello de Messina na Annunciata de Mônaco, como naquela um pouco mais tardia de Palermo, coloca o livro da Virgem, como um "núcleo duro", na base das duas pinturas) como em outros momentos de sua vida.

 

Recordo com prazer o Políptico da Assunção (1539-40) de Gaudenzio Ferrari que se encontra na Igreja bramantesca de Santa Maria di Piazza em Busto Arsizio, na província de Varese. Em uma das quatro cenas da obra (talvez obra de um aluno do Mestre) que ilustram episódios da vida de Maria, a jovem mulher é retratada na oficina de Nazaré. Ela está sentada no chão, absorta na leitura de um livro.

 

Ela está encostada num muro, ao pé de uma mesa de carpintaria em que José está trabalhando, seguido pelo olhar atento do menino Jesus. Uma pose mariana não usual que lembra aquela de uma minha aluna que, por ocasião de seus últimos exames do ensino médio, estava sentada no chão do corredor da escola com as pernas cruzadas, perdida entre as páginas de um manual à espera do exame oral. As imagens nos impressionam porque evocam visões interiores entrelaçadas com as experiências da própria história.

 

Concluo indicando uma miniatura representando a Natividade (MS 69 fólio 48r) que se encontra no “Museu Fitzwilliam” em Cambridge. Realizada em têmpera e ouro, retirada de um Livro de Horas composto em Besançon por volta de 1450, retrata Maria que estuda a Torá, enquanto José - a seus pés - embala ternamente o Menino.

 

Escolho-a não só pela importante homenagem às capacidades intelectuais de Maria, como também pela delicadeza de José. Mas também para a localidade em que essa peça iluminada se encontra: aquela Cambridge que foi rica de faculdades para "filhos (do sexo masculino) de homens cultos" e onde em outubro de 1928 Virginia Woolf proferiu duas palestras em um frugal e raro colégio feminino para falar de “Mulheres e narrativa”.

 

Dessas palestras será publicado um livro com um belo título ainda atual: A Room of One’s Own (Um quarto só seu). Há a denúncia de uma ausência, já que ao longo dos séculos as mulheres não tiveram um espaço próprio para ler, escrever ou desenhar, nem conseguiram reconhecimentos por suas habilidades intelectuais e artísticas. Há também o pedido de um espaço que cada mulher saberá recortar para si de acordo com seu desejo. Maria também o fez por sugestão de um livro divino.

 

Leia mais

 

  • Madalena: o mistério e a imagem. Artigo de Antonella Cattorini Cattaneo
  • Maria de Nazaré nas teologias feministas. Outros olhares. Artigo de Margaret Hebblethwaite
  • Maria e o inesperado encontro que subverteu o tempo
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