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Criticamos a guerra como um mal em si. Artigo de Mario Giro

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11 Agosto 2022

 

"A prova mais contundente contra a natureza da guerra como um mal em si (e não um meio como qualquer outro) é que a guerra não é controlável pelo ser humano: possui uma sua lógica interna que arrasta os homens para onde quer; sempre tem consequências não calculadas; tende a se tornar permanente e é contagiosa."

 

O artigo é de Mario Giro, cientista político italiano, professor de Relações Internacionais na Universidade para Estrangeiros de Perugia, membro da Comunidade de Santo Egídio e ex-vice-ministro italiano das Relações Internacionais, publicado por Domani, 10-08-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo. 

 

Qual o motivo pelo qual Paolo Ghezzi – como escreve no Il Foglio de 5 de agosto – não consegue compreender o diretor do Avvenire, Marco Tarquinio, no tema da guerra? Ghezzi analisa as razões daqueles que combatem, daqueles que resistem na Ucrânia; isto é, olha para quem faz a guerra em reação à agressão. Em vez disso, Tarquinio olha para a guerra em si, para a sua natureza. São duas maneiras muito diferentes de se confrontar com a mesma tragédia.

 

Católicos e o massacre inútil

 

A posição católica sobre a guerra foi se modificando durante o 1900, depois de ter permanecido substancialmente inalterada por séculos, ancorada à teologia de Santo Agostinho - a guerra é legítima sob certas condições - apesar de muitas vozes diferentes como a de São Francisco. A mudança acontece no papado de Roma e começa com a Primeira Guerra Mundial ("o massacre inútil"), que Bento XV considerava como uma guerra civil entre católicos, um terreno impossível para a Igreja.

 

O papado romano aprofundou progressivamente essa rejeição da guerra como instrumento em si, passando por todos os papas do século XX que, pouco a pouco (e não de uma só vez, como Ghezzi também denota, citando Pio XII), começaram a demolir a teologia anterior, até chegar a ideia de que a guerra representa o mal em si e por isso deve ser condenada e rejeitada em qualquer caso.

 

Ghezzi se pergunta: portanto, todas as guerras são iguais? Nem mesmo a guerra de resistência pode ser justificada? Certamente não do ponto de vista de quem a faz ou de quem a sofre: ou seja, parece haver um direito à autodefesa (mesmo que - como sabemos sobre a autodefesa - existem opiniões muito diferentes...).

 

No entanto, se olharmos mais profundamente para a guerra em sua essência, descobrimos que ela é um mal em si e a resposta muda. De acordo com essa visão, a guerra prescinde de quem a faz ou a sofre, ignora suas razões; tende a se tornar autônoma de quem a faz ou a sofre - prova disso é que não é fácil terminá-la; tem um poder maligno sobre o ser humano que deturpa, o transformando.

 

A guerra nunca é uma reação natural do ser humano e por isso deve ser rejeitada como um todo. É um discurso religioso que olha para a essência do mal e seu poder sobre os seres humanos - talvez seja esse o cerne do mal-entendido de Ghezzi com Tarquinio.

 

Uma perspectiva iluminista

 

No entanto, esse raciocínio também tem uma tradução secular. Immanuel Kant dizia isso de forma convincente: "A guerra é má por originar mais homens maus do que aqueles que mata." Ponto. Em outras palavras: também aqueles que fazem a guerra porque são obrigados a se defender são transformados para pior, tornando-se também um instrumento do mal em si. A guerra é, portanto, o verdadeiro inimigo.

 

Ao se olhar para as razões, pode-se objetar; mas ao se olhar para a natureza da guerra, a situação muda. Trata-se de uma realidade incontornável: a guerra transforma o ser humano que luta para pior, também aqueles que são obrigados a fazê-la para resistir. Segundo a Igreja Católica Romana, a guerra se torna como era antigamente a escravidão ou ainda hoje a pena de morte: algo que deve ser eliminado da história, como defendia Luigi Sturzo.

 

A Igreja sabe que ainda não há consenso sobre isso, nem mesmo entre suas fileiras e sabe que sua posição pode parecer ingênua ou, às vezes, injusta: o mesmo aconteceu com a escravidão e acontece hoje com a pena de morte. Mas a igreja também sabe que um mundo sem guerra é possível.

 

A prova mais contundente contra a natureza da guerra como um mal em si (e não um meio como qualquer outro) é que a guerra não é controlável pelo ser humano: possui uma sua lógica interna que arrasta os homens para onde quer; sempre tem consequências não calculadas; tende a se tornar permanente e é contagiosa.

 

Pandemia bélica

 

Olhemos ao redor: guerra chama guerra - a "guerra mundial em pedaços" do Papa Francisco - e um clima de guerra está se expandindo, acendendo muitos focos já extintos, como o vírus de uma pandemia. Infelizmente, mesmo aqueles forçados à guerra para se defender acabam sendo infectados.

 

Há uma maneira pragmática de entender a visão da Igreja sobre a guerra: todas as guerras das últimas décadas deram péssima prova de si, mesmo as mais "justas" ou as mais "justificadas". Nenhuma delas resolveu os problemas para os quais foi iniciada, nem mesmo na Bósnia, onde de fato ameaça recomeçar.

 

Ao mesmo tempo, os crimes e massacres (de Srebrenica a Bucha) cometidos não são negados: o tema é como garantir que eles não se repitam porque a guerra sempre esconde os piores crimes, como o massacre dos armênios ou o Holocausto.

 

O método para resolver ou reagir às disputas não pode ser a própria guerra, que se torna uma engrenagem que esmaga toda vontade, mesmo aquela de quem se defende. A guerra como um mal em si é mais forte do que as razões invocadas para a travar; sempre desvia do caminho; no final não funciona.

 

Agora está claro que todo agressor, mesmo que a princípio pareça vitorioso, acaba perdendo a cara e a honra, como vimos em todos os continentes. Tarquínio quer simplesmente constatar o fracasso do instrumento: a guerra - portanto toda guerra - parece ser um meio obsoleto, ultrapassado e ineficaz. No final, resta apenas sua malignidade: seu transformar tudo em um dispositivo maligno que arrasta os povos como se fossem marionetes, para onde não gostariam de ir.

 

Para a Igreja Católica, a guerra na Ucrânia é sobretudo uma guerra entre cristãos que escandaliza os crentes. Isso, entre outras coisas, destrói o cenário do choque entre civilizações: como vemos, as guerras são travadas dentro das civilizações.

 

Por fim, uma observação sobre a comparação com a Segunda Guerra Mundial: não é mais sustentável desde 6 de agosto de 1945, ou seja, a partir da explosão da bomba atômica. Depois daquela data, a história muda e também a guerra. O conflito na Ucrânia envolve uma potência nuclear: pensar em arriscar aquele tipo de guerra é realmente uma aposta que o mal não pode nos convencer a fazer.

 

Em todo caso, resta a resposta que Gandhi deu ao jornalista que lhe perguntou o que ele teria feito se tivesse sido confrontado com o nazismo: ele teria usado a mesma tática da não-violência? O Mahatma respondeu: "Certamente sim, mesmo que à custa de enorme sofrimento."

 

Como conclusão provisória, só se pode acrescentar que discutir paz e guerra é sempre útil, mas deve ser feito de forma não polêmica. Trata-se de um tema importante demais para o destino do homem para ser tratado com o gosto da controvérsia. 

 

Leia mais

 

  • A Ucrânia e uma guerra que atualiza conceitos e nos faz repensar sobre a globalização no século XXI
  • Sem perceber a solidão nos tornamos uma sociedade madrasta. Artigo de Mario Giro
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  • O conflito na Ucrânia estende o século breve. Artigo de Mario Giro
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  • Eis de volta a “guerra justa” de Michael Walzer
  • Quando a guerra não é mais justa. As interpretações da Igreja durante a história. Artigo de Daniele Menozzi
  • “Vamos nos concentrar em impedir a guerra nuclear, em vez de debater sobre a ‘guerra justa’”. Entrevista com Noam Chomsky
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