28 Junho 2022
“Os protestos desses dias, que surgiram das comunidades e províncias e cresceram em nível nacional, mostram o profundo descontentamento não só dos povos e nacionalidades indígenas como protagonistas, mas do conjunto do povo equatoriano que sofre os golpes de uma política econômica excludente e desumana”, manifestam-se intelectuais e artistas do Equador.
O manifesto é publicado por Rebelión, 27-06-2022. A tradução é do Cepat.
Nós, escritores, poetas, artistas, jornalistas, atores, atrizes, profissionais, trabalhadores e trabalhadoras de diferentes áreas da cultura, preocupados e preocupadas com as violações de Direitos Humanos que estão sendo registradas no Equador, diante das justas mobilizações de protesto iniciadas pelas organizações indígenas e sociais, declaramos que:
Os povos e nacionalidades indígenas constituem uma força social, fundamento de nossa história, cujos imaginários e formas artísticas permeiam as práticas culturais de amplos setores do povo equatoriano e são um fator decisivo na preservação das identidades e do futuro do Equador.
Os protestos desses dias, que surgiram das comunidades e províncias e cresceram em nível nacional, mostram o profundo descontentamento não só dos povos e nacionalidades indígenas como protagonistas, mas do conjunto do povo equatoriano que sofre os golpes de uma política econômica excludente e desumana.
Nos últimos dias, fomos testemunhas de uma repressão a organizações indígenas e a diversos setores sociais. Violência que já provocou várias mortes, dezenas de feridos, alguns de suma gravidade, crianças atacadas com gás lacrimogêneo e centenas de presos arbitrariamente.
Dentro dessa repressão, as forças policiais invadiram a Casa da Cultura Equatoriana em mais uma ação ditatorial que rejeitamos.
A ação policial e militar lembra aquela realizada pelas forças repressivas do Cone Sul, durante as ditaduras militares.
Os crimes contra a humanidade não prescrevem, portanto, no futuro, os violadores de direitos humanos serão julgados por seus crimes.
A posição de setores do governo e das câmaras empresariais, meios de comunicação, polícia e Forças Armadas estimulou a violência e a discriminação nas comunidades, regiões e províncias.
A falta de legitimidade de um presidente e de um governo, de um Estado e de um sistema que não quer ouvir e dar respostas ao povo equatoriano, fica evidente na rejeição de grande parte da população.
Hoje, é fundamental construir caminhos para propiciar uma democracia que responda às necessidades desse povo.
24 de junho de 2022
Alejandro Moreano, escritor
Kintto Lucas, escritor
Iván Égüez, escritor
María Luisa González, coreógrafa
Sandra Araya, escritora
Ana Cristina Franco Varea, cineasta e escritora
Daniela Alcívar, escritora, crítica, editora
Luis Zúñiga, escritor
Edgar Allan García, escritor
Pavel Égüez, artista
Abdón Ubidia, escritor
Santiago Rivadeneira Aguirre, escritor
Pablo Salgado J., comunicador
Iván Morales, diretor de teatro
Adrián De La Torre, gestor cultural
Raúl Pérez Torres, escritor
Xavier León Borja , docente UCE
Cristhian Viteri, docente UCE
Carlos Pesantes, docente UCE
Mónica Ayala Esparza, docente UCE
Luis Nawel, músico
Beatriz Tarazona, docente UCE
José Manuel Pelegrin, docente UCE
Enrique Estuardo Álvarez C., artista
Gerardo Machado, artista
Felipe Vega de la Cuadra, escritor
Mariuxi Navarrete, músico
Marta Armijos, artista
Paúl Trujillo, artista
Luis Supliguicha Cárdenas, ator-comunicador
Leonardo Parrini, comunicador
Raúl Moncada, docente UCE
Ixca Nazim Flores Hernández, Frente de Artistas e Gestores
Mao Moreno, artista
Ramiro Acosta, músico
Oscar Naranjo Huera, artista plástico
Rosendo Yugcha Changoluisa, gestor cultural
Jorge Salazar Rentería, Coordenação de Artistas Progressistas Eloy Alfaro
Ela Zambrano, comunicadora
Fernanda Arboleda, comunicadora
Milton Cerda, docente UPS
René Unda, docente UPS
Daniel Llanos, docente UPS
Ricardo Carrillo, docente UPS
Sofía Chávez, docente UPS
Juan José Rodinás, poeta
Cecilia Venegas docente-pesquisadora, Universidade de Bolívar
Christian Arteaga, docente-pesquisador
Raúl Arias, escritor, poeta.
Pedro Iván Moreno, docente UCE
Raúl Serrano, escritor, docente
Yanita Tamby, pesquisadora
Marco Villarroel, professor universitário
Carlos Martínez, diretor de teatro, dramaturgo
Manuela Villafuerte Merino, pesquisadora
Wilma Granda, pesquisadora de cinema, teatro e música
Mario Unda, docente-pesquisador universitário
María Augusta Espín, vice-reitora da UCE, bailarina e coreógrafa
Melissa Moreano, docente-pesquisadora UASB
Xavier Oquendo Troncoso, escritor
Ana Rosa Valdez, curadora, crítica e historiadora de arte
Roy Sigüenza, escritor e poeta
Valeria Coronel, pesquisadora, docente FLACSO
Gerónimo Moreano, pesquisador cultural
Sandino Burbano, cineasta
Julieta Logroño, docente-pesquisador UCE
Wilson Burbano, cineasta
Gustavo Xavier Ayala, docente
Ana Zabala, pesquisadora
Alicia Ortega Caicedo, docente, pesquisadora
Ale Soriano, narradora
Amanda Páez Moreno, pesquisadora
Cristina Jarrín Chalons, comunicadora social
Rosa Ponce, gestora cultural
Jorge Jurado, pesquisador
Patricio Vallejo Aristizábal, dramaturgo
José Unda, artista
Amaranta Pico, pesquisadora
David Suárez, comunicador
Rossana Iturralde, atriz
Verónica Chávez Gómez, gestora cultural e docente
Cristian Leon, docente-pesquisador UASB
Sabina Paredes, artista
Floresmilo Simbaña, escritor
María Aveiga, poeta
Julia Erazo Delgado, poeta
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Equador. Os povos e nacionalidades indígenas são uma força social, fundamento de nossa história - Instituto Humanitas Unisinos - IHU