#Simplicidade

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17 Fevereiro 2022

 

O espírito de nossa época despreza o que é simples. Não acredita mais que a simplicidade possa corresponder à profundidade. Apenas se compraz do que é complicado e o considera profundo.

 

O comentário é do cardeal italiano Gianfranco Ravasi, prefeito do Pontifício Conselho para a Cultura, publicado por Il Sole 24 Ore, 13-02-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis uma doença do nosso tempo: amar o que é complicado e considerar como profundo o discurso confuso e indecifrável. Para contrastar essa síndrome, da qual muitas vezes se orgulham cientistas, filósofos, escritores e teólogos, está o Dr. Albert Schweitzer, que muitos conhecem como grande filantropo: ele, de fato, escolheu viver a última parte de sua existência entre os portadores de Hanseníase na África, onde morreu aos 90 anos em 1965. Na realidade, ele era - além de médico - um importante teólogo e um refinado musicólogo e organista. Conhecia, portanto, todos os caminhos da pesquisa, do estudo e da crítica histórico-literária.

No entanto, em 1947, no texto Respeito pela vida, ele inseriu a afirmação que citamos, convidando a redescobrir aquela simplicidade que pode tornar-se sinal não só do gênio, mas também da pessoa que ama doar a todos a sua sabedoria. É a capacidade de divulgar, sem se entrincheirar na fortaleza elevada do saber altivo, ciente é claro que às vezes está se simplificando, mas que se abre a muitos a possibilidade de conhecer, compreender, julgar. Um poeta dilacerado interiormente, a ponto de desmoronar no suicídio como Sergej Esenin, no entanto, deixou este maravilhoso dístico:

"Mostrar-se simples e sorridentes / é a arte suprema do mundo" (L’uomo nero, obra póstuma 1926).

 

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