23 Dezembro 2021
“A história do Natal fascina, desperta curiosidade e desafios”, escreve o secretário executivo do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), pastor Dr. Ioan Sauca em mensagem dirigida às congregações das igrejas filiadas ao organismo ecumênico internacional.
A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.
A história do Natal é fascinante “porque a revelação de Deus” por meio de Jesus Cristo é transmitida em que os atores principais “não são os poderosos que vivem em grandes palácios, mas os humilhados, humildes e socialmente marginalizados”.
A história do Natal remete a “um casal humilde enfrentando dificuldades, a uma criança vulnerável cuja vida está ameaçada pela crueldade de um rei; a uma mulher grávida” sem uma estalagem para dar à luz; a pastores no campo.
A história do Natal, escreve Sauca, “nos convida a refletir sobre a vida cristã em nosso mundo de hoje”. Ele frisa que não é possível receber o pão celestial, “a menos que também nos empenhemos ativamente na solidariedade” por todos aqueles que não podem receber o pão terreno.
Sauca convida: enquanto nos preparamos para receber Aquele que revelou o Deus da viúva, do estrangeiro e do órfão, “não sigamos o espírito de ganância de nossos tempos”. Ele chama ao arrependimento e à prática de novas formas de vivência que expressem “nossa preocupação com as gerações futuras”.
Natal é tempo de alegria e de paz. “No entanto, é difícil sentir alegria e paz neste tempo incerto, quando novas variantes do coronavírus estão lançando novas sombras sobre nossas tão esperadas festas e celebrações”, analisou o presidente da Federação Luterana Mundial (FLM), arcebispo Dr. Pani Filibus Meba, em carta pastoral remetida às igrejas.
“É difícil ser feliz – prosseguiu - quando há empregos em jogo e a subsistência em risco. É difícil encontrar paz no coração quando somos repetidamente confrontados com violência e destruição, quando nossos pensamentos estão cheios de inquietação e preocupação com o que vai o futuro vai trazer”.
Ainda assim, ele conclama as pessoas a não se deixarem levar por situações sombrias. O apóstolo Paulo, ao escrever aos cristãos de Roma, que também viviam tempos difíceis, proclamou que Deus é a fonte de toda esperança e que o Espírito Santo é o poder da transformação, lembrou Musa.
Nessa época natalina, “quando nos reunimos para testemunhar o nascimento de um bebê em Belém, somos lembrados que a crianças deitada na manjedoura também é o Deus da Esperança e o Príncipe da Paz”. Que neste Natal “confiemos novamente no poder e na força de Deus Criador, que veio à terra para estar entre nós como ser humano”, encorajou Musa.
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A história de Natal aponta para os humildes e humilhados, diz Sauca - Instituto Humanitas Unisinos - IHU