O presidente dos bispos alemães afirma que “a crise migratória bielorrussa ameaça a paz mundial”

Refugiados e migrantes acampados na fronteira da Bielorrússia. Foto: NHCR/Katsiaryna Golubeva

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03 Dezembro 2021

 

“A Igreja Católica tem responsabilidade com estes pobres que agora apenas podem sobreviver na Bielorrússia no frio do inverno”, afirmou o prelado.

 

A reportagem é publicada por Vida Nueva Digital, 01-12-2021. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

 

“Esta crise migratória não apenas ameaça a nação polonesa, mas afeta toda a Europa”. Com estas palavras expressou o presidente dos bispos alemães, Georg Bätzing, sua preocupação pela situação migratória na fronteira entre Polônia e Bielorrússia. “A paz global está em perigo”, asseverou.

 

Não obstante, com estas palavras, recolhidas por Katholisch, Bätzing não aponta para uma crise gerada pelos migrantes, chegados em sua maioria da África e Oriente Médio, mas aponta ao presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, de quem criticou que use os refugiados “como brinquedos políticos” que “enganados ou não, meteram-se em uma situação que ninguém deveria querer”.

 

Concretamente, Bätzing fazia referência à tática da Bielorrússia de exercer pressão nas fronteiras. Pois, durante 2020, as autoridades bielorrussas simplificaram os requisitos para o visto de entrada no país a 76 Estado entre os que se encontram alguns nos quais existam conflitos armados ativos, como é o caso da Síria, Líbia, Iraque e Afeganistão. Ao fazer isto, os migrantes podem acessar ao país no avião.

 

Responsabilidade com os migrantes

 

Contudo, estes migrantes não permanecem na Bielorrússia em sua maioria, mas sim, tal como denunciaram as autoridades poloneses e testemunhas do ocorrido, depois são trasladadas às fronteiras, desde onde acessam, do modo que podem, a Polônia. Ainda que se desconheça aqueles que organizam estas viagens, apesar de se pressupor que se trata de máfias de tráfico de pessoas, conhecedores de que os migrantes que chegam, em sua maioria têm familiares e conhecidos em outros países da Europa, como Alemanha.

 

Tudo isto foi explicado a Bätzing por parte do presidente do episcopado polaco, Stanislaw Gadecki, com quem se reuniu ontem na Polônia. Ainda assim, Bätzing recordou que a Igreja Católica tem “uma responsabilidade com estes pobres que agora podem sobreviver na Bielorrússia no frio do inverno”.

 

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