23 Outubro 2021
O processo sinodal mundial da Igreja Católica iniciado pelo Papa Francisco também constitui uma preparação para um futuro Concílio: assim escreveu o arcebispo de Praga card. Dominik Duka em uma carta pastoral sobre a abertura do caminho sinodal (17/10), segundo a revista online da diocese alemã de Münster Kirche + Leben.
A reportagem é de Ludovica Eugenio, publicada por Adista, 21-10-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.
Duka lembrou que o Colégio cardinalício havia tratado de "alguns aspectos de uma reforma necessária da vida eclesial" antes do conclave de 2013. Depois do Sínodo sobre a Amazônia, o Papa Francisco "chegou à conclusão de que era necessário preparar a Igreja para algumas mudanças". Duka se referiu também às importantes experiências da “assembleia plenária” tcheca, isto é, do sínodo nacional plurianual da Igreja Católica na República Tcheca na virada do milênio. De 1997 a 2005 foi dado um "passo corajoso e único", para o qual naquela época "não havia nenhum apoio para atividades similares da Igreja em outros países".
Segundo Duka, no atual processo sinodal global, o prazo para deliberações em nível nacional, "praticamente um único semestre", é muito curto e, portanto, requer "um trabalho muito grande e exigente". “As decepções não podem ser excluídas” porque a Igreja e a sua vida estão espalhadas por todo o mundo e não avançam no mesmo ritmo, explicou o arcebispo de Praga.
Um grande problema da "assembleia plenária" na República Tcheca era que, na virada do milênio, o "caminho para a liberdade" ainda não havia sido concluído. No novo processo sinodal mundial, porém, a Igreja está se movendo "para reformar o conceito estrutural e econômico com o qual está se lutando na arquidiocese como nas paróquias", ressaltou o cardeal na carta pastoral, publicada no site da arquidiocese tcheca.
O Sínodo sobre a sinodalidade, escreveu Duka, “é uma espécie de preparação para o futuro concílio. Sabemos que também os concílios não se formaram em uma situação favorável e, muitas vezes, parecia que nem mesmo podiam terminar seus trabalhos, como aconteceu com o Concílio de Trento ou o Concílio Vaticano I. No entanto, eles cumpriram seu papel e estabeleceram determinadas prioridades. e direções". E os documentos resultantes trouxeram mudanças e reformas: “É sempre obra do sopro do Espírito Santo”.
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O Sínodo Mundial é uma preparação para um futuro Concílio, afirma arcebispo de Praga - Instituto Humanitas Unisinos - IHU